04/09/2014

Reabilitação urbana/Eixo Prioritário das Avenidas Novas/Apêlo ao Sr. Vereador Urbanismo


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.C. PCML, AML, DGPC, JFAv.Novas e JFSto.António e Media

Na sequência das declarações de V. Exa. à imprensa, em Julho passado, dando conta de que "são precisos oito mil milhões para reabilitar e conservar Lisboa", sendo, na sua perspectiva, e bem, as Avenidas Novas como uma das áreas críticas, área onde se estima terem desaparecido 40% a 60% do seu património de finais do século XIX, princípios do XX (a arquitectura ameaçada que foi objecto da nossa conferência “Lisboa Entre Séculos”, de Abril passado), solicitamos o melhor interesse de V. Exa. para a necessidade urgente da CML em proceder à intimação de obras de conservação e recuperação nos seguintes edifícios emblemáticos das Avenidas Novas, todos eles inventariados na Carta do Património anexa ao PDM de Lisboa e que se encontram em mau estado de conservação:

1. Edifício da Praça do Saldanha, 28-30/Av. República, 1 (1906)
2. Edifício da Av. República, 49 - Autor: Arq. Porfírio Pardal Monteiro (1920) e Prémio Valmor (1923)
3. Edifício da Av. República, 55-B/D – Autor: Arq. Manuel Norte Júnior (1929)
4. Edifício da Av. República, 71-73 – Autor: Arq. Manuel Norte Júnior (1933)
5. Edifício da Av. República, 89 – Autor: José Luís Prieto (1909) e Imóvel de Interesse Público
6. Edifício da Av. República, 95-99 – Autor: Joaquim dos Santos (1909) e Monumento de Interesse Público
7. Edifício da Avenida Barbosa do Bocage, 109 - Autor: Arq. Manuel Norte Júnior
8. Vila Santos, Campo Pequeno, 75 - Autor: Arq. Francisco dos Santos (1930)
9. Edifícios da Avenida Elias Garcia, 120 a 130 (1919)
10. Edifícios da Avenida Elias Garcia, 107 a 115 (1925)
11. Edifício da Rua do Arco do Cego, 73 (1929)
12. Edifício da Avenida Barbosa du Bocage, 19 (1931)
13. Avenida Duque de Loulé, 98 (1914)
14. Avenida Duque de Loulé, 70 (1911)
15. Avenida Duque de Loulé, 79 (1921)
16. Avenida Duque de Loulé, 91 (1913)
17. Avenida Duque d’Ávila, 65 a 69 (1910)
18. Avenida Defensores de Chaves, 37 (1908)
19. Avenida Defensores de Chaves, 5
20. Rua Viriato, 6 (1921)
21. Rua Camilo Castelo-Branco, 25 (1925)
Chamamos a atenção de V. Exa. para a necessidade da CML acompanhar de perto a evolução dos prédios que, não estando em mau estado, podem vir a estar muito em breve, por força de estarem devolutos ou em processo recente de venda, como sejam o Palacete Valmor (antigo Clube dos Empresários e da autoria do Arq. Ventura Terra, Imóvel de Interesse Público e Prémio Valmor), na Avenida da República, a moradia apalaçada do Saldanha, 12 (autoria do Arq. Norte Júnior, 1912), o edifício na Av. Praia da Vitória, 57 (1915) e os edifícios da Rua Dona Estefânia, 185-189 (1888) e 173-175 (1889), e para casos de "pintura de fachada", como o verificado recente e escandalosamente com o edifício da Casa Xangai, na Av. República, 19 em que o interior do edifício e as traseiras estão num estado lastimável.

Nunca será demais realçar a evidente mais-valia que tal recuperação significará para a cidade, até pelo "simples" factor de rentabilidade que edifícios deste género representação uma vez restaurados/reabilitados salvaguardando os seus interiores, pelo que propomos a V. Exa. a efectivação de um Plano de Salvaguarda alargado a toda a cidade para este edificado, que permita inventariar decentemente os edifícios e conjuntos de edifícios de valor para a cidade, e regulamentar um plano de recuperação e reabilitação compatível.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Lopes, Nuno de Castro Paiva, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge Lima, José Filipe Soares, Miguel Lopes Oliveira; Alexandre Marques da Cruz, Beatriz Empis, Pedro Henrique Aparício, José Morais Arnaud e Jorge Pinto

2 comentários:

Anónimo disse...

Qual o pior JIHADISTA, o que mostra uma decisão para muitos horrível, mas que para eles está correto.
Ou o JIHADISTA do Casino Estoril, que num despedimento coletivo ilegal afirma substituir uns por outros a recibo verde e que diz à boca cheia quem é que manda em mim. Mais utiliza os traficantes de influências, para estes golpes de destruição de centenas de famílias, onde tem até agora tem tido ajudas da justiça provocando atraso de um processo contra este despedimento elaborado pelos JIHADISTAS do Casino Estoril.
Um grande negócio da CHINA.

Anónimo disse...

Isso é tudo para ir abaixo ou levar um bonito capacete cinzento escuro.

Ai, se era no tempo dos outros, o "pessoal da cultura" que apoia o Costa escandalizava-se todo e chegava a passar-se dos carretos...