09/05/2013

Protesto pelo que se está a passar em Monsanto!


Exmo. Senhor Presidente
Dr. António Costa


É de facto lamentável a perspectiva de termos novo atentado ao Parque Florestal de Monsanto, com a anunciada festa (?) da 'semana académica', em relação à qual a Plataforma por Monsanto, de que fazemos parte, já se pronunciou na altura e no modo oportunos.

Nunca é demais realçar a importância de Monsanto para Lisboa, enquanto oásis em todo o caos que continua a grassar por Lisboa (urbanístico, sujidade, buracos, espaço público, abate de árvores, intervenções de gosto duvidoso, alterações regulamentares, etc.); isto independentemente de quem está à frente dos destinos da CML, o que é confrangedor, convenhamos.

Mais confrangedor se torna e nos revolta quando sabemos que as decisões da hierarquia são muitas vezes tomadas, como no caso em apreço, em contradição clara e inequívoca com as opiniões dos técnicos - e basta andarmos pelo Parque para disso nos darmos conta.

Repudiamos, portanto, o que se está a passar novamente em Monsanto, onde a vegetação já foi cortada e, por exemplo, os ninhos das perdizes destruídos. Foi cortada uma área ainda maior do que a previsto inicialmente para efeitos da 'festa' e foram também cortadas, certamente 'por engano', árvores recentemente plantadas pelas associações de ambientalistas de amigos do Parque.

Até quando, Senhor Presidente?

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Luís Marques da Silva

Foto: Nuno Ferreira Santos (Público)

4 comentários:

Anónimo disse...

Tantos Planeadores,Urbanistas, Arquitectos, um sem fim de entendidos e não conseguem descobrir Espaços, terrenos, áreas, onde se possa realizar eventos sem prejudicar o Ambiente, incomodar ou fazer ruídos a terceiros?
Já não existem esses poucos hectares livres?
É triste, esta intelectualidade vergada a interesses mercantilistas.
Por exemplo, não se consegue descobrir um espaço onde se possa realizar e permanecer uma Feira Popular, talvez também um pouco menos rafeira daquela de Entrecampos?
Alguém se lembra da Feira, quando se realizava, nos terrenos hoje Gulbenkian?
Não estava tão saturada como a de Entrecampos e tinha mais verde.
Será que não se consegue descobrir soluções pela Europa?
Aqui ao lado em Espanha, encontraram soluções.
Deixem Monsanto em paz e procurem melhorar a sua biodiversidade e fruição.
Como se faz?
Lisboa merece muito mais.
Não queiram eleitos que passem horas na televisão falando de tudo e pouco da Cidade.

Anónimo disse...

O terreno da Matínha, tal como o da Infante Santo e o da Boavista tinham de reverter para a CML quando deixassem de servir para a função para o que foram cedidas á antiga ex-crge. Para além do roubo da infante santo que ainda está parte em terreno do domínio privado da CML, o crime da EDP na Boavista, temos o futuro novo crime mais grave de todos e perpetado para dar dinheiro á máfia que gravita em torno do Bes, para além de terreno de aterro, junto ao Tejo (tsunamis, inundações, etc.) está altamente contaminado e nem nos próximos 100 anos com toda a lixiviação possível ficará ou será próprio para o projecto megalómano começado pelo próprio Manuel Salgado, agora continuado pelo seu filho e cujas assinaturas em reuniões de CML são feitas pelo sr. Presidente. Pretendem criar 15000 novos fogos, edifícios altos na zona destinada à 3a travessia e mais do mesmo que Portugal não precisa. Neste terreno cuja história industrial deveria ser mantida, poder-se-ia fazer um "Luna Park" -feira popular que tirasse partido da proximidade do rio e da memória do local. É claro que precisariamos de verdadeiros paisagistas antigos e não dos pseudo arquitectos frustados com gostos maneiristas e amaricados que só sabem criar espaços que não respeitam o ambiente e não apetecem lá estar. Resumindo, lutem para que a Matinha sirva para Luna Park e festivais, actividades Náuticas, etc, tudo menos habitação. A menos que queiram contribuir permitir que essa zona se torne uma fábrica de doentes para bes saúde, Mellos e Champalimaud. Já basta o pseudo projecto Jardins Braço de prata, aqui já haverá drama q.b. Só num país que chega a permitir que se equacione museus dos coches novos desastrosos ou centro cultural duma fundação edp em zonas como as de Belém é que é fácil passar todas estas Monstruosidades e atestados de estupidez ao povo de Lisboa e ao país e até humanidade.

Anónimo disse...

Já destruiram o oarque da Bela Vista e a encosta da quinta da noiva com a treta do rock &rio, agora não vão parar, preferem estupidificar o povo, do que protegê-lo, mas o povo gosta e tem o que merece em regra geral, pois pactua com quem lhes destrói a vida. Não sei porque se dá o nome de sindroma de Estolcomo e não de Lisboa? A propósito da Suécia, e da Dinamarca, poderiamos ter um jardim Tivoli (bes já que ficou com terrenos da Matinha que deveriam ser da CML) ao menos poderia prevaricar menos e fazer um Luna park ( tipo os tivolis) que faria o serviço público de entreter as massas, a longo prazo ganhariam mais dinheiro e era. Menos desonesto ambientalmente, social e económicamente.

Anónimo disse...

Boa ideia, quem tem poder para "obrigar" a CML a pelo menos cumprir a Lei. Se não conseguirem "obrigar" à reversão do terreno e ou pagamento do dinheiro devido, então lutem pela construção de um parque lúdico, tipo Feira Popular que mantenha as estruturas existentes com interesse.

Aí pode haver festivais, semanas Académicas e o que quiserem. Depois de o terreno ser tratado.

Em Inglaterra a cidade olímpica foi construída por cima deste tipo de terrenos, depois de terem sido chumbados vários projectos para epeculação imobiliária ( habitação).