07/12/2012

Rua do Jasmim, 21

«Bom dia,

Na sequência do e-mail enviado ontem, junto mais duas fotografias que comprovam a caída de pedras do edifício no tejadilho de um carro estacionado.

Espero a actuação da CML, ou da Protecção Civil, organismo ao qual farei chegar esta comunicação mais objectiva.

Cumprimentos,

Mónica A»



Chegado por e-mail:

«Boa noite,

No R/C deste prédio com o interior a desabar sobre a rua (ver fotografias), vive uma senhora bastante idosa.

Além do perigo óbvio que constitui a "rampa de lançamento" de destroços vindos das profundezas do último andar, detritos vários a desaguarem na via pública (embora as fotos fiquem muito aquém da realidade, consegue-se perceber), em dias de chuva faz doer a alma observar casualmente o despejo de grandes baldes cheios de água escura... directamente para a rua. A idosa senhora deve ter improvisado um "esquema" de baldes no 1º andar, para não lhe chover directamente em cima da enxerga.

Este imóvel - já não digo por incrível que pareça, pois nada, já nada parece incrível - está localizado na Rua do Jasmim, nº 21, em pleno Príncipe Real e, se lá passarem, lembrem-se de proteger a cabeça ou atravessar a rua para o passeio oposto.

Imagino que esta possa ser uma das consequências da brilhante lei dos arrendamentos a que todos fomos sujeitos durante as gerações passadas e, muito provavelmente, seremos ainda nas gerações futuras, uma vez que a tão badalada nova lei não passa de um fogacho confuso só revestida da roupagem da mudança e da coisa importante. Como quase sempre no nosso país, é a montanha a parir o rato.

A "colossal" perda foi e vai continuar a ser para a própria cidade, que no passado não conseguiu renovar e infelizmente é previsível que vá agonizar ainda por muito mais tempo.

Resumindo:

A cidade está podre e apodrecida, os seus habitantes velhos, pobres, decadentes e conformados, os proprietários empobrecidos.

O Estado está de parabéns pelos grotescos resultados obtidos a vários níveis; pessoalmente, tenho critérios diametralmente opostos de justiça social e resolução de problemas.

Ficam as imagens e a esperança de que a CML tenha seguro para transeuntes menos afortunados e/ou mais distraídos.

Cumprimentos,
Mónica A

(ao fundo vê-se a Embaixada dos Emirates Árabes e, à direita, o Palacete da Fundação Bragança que também precisa de manutenção e da limpeza do jardim)»

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