06/12/2012

Escadas rolantes da estação de Alcântara Mar avariadas há meses.



Mas ... chamam a "isto" ... esta indigna, sinistra, perigosa ... esta ameaçadora e assustadora armadilha ... este  trilho urbano ... "Passagem Inferior da Estação Alcântara- Mar" ?!?
António Sérgio Rosa de Carvalho.
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Escadas rolantes da estação de Alcântara Mar avariadas há meses
Por Carlos Cipriano in Público
 Refer participou na Linha de Cascais em iniciativa do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, mas tem escadas rolantes de Alcântara Mar avariadas. Duas estão assim há mais de um ano e outra há quatro meses
A Refer diz que gasta 50 mil euros por ano em reparações motivadas por actos de vandalismo nas escadas e tapetes rolantesA passagem sob a linha é da responsabilidade da Câmara de Lisboa.
As três escadas rolantes da estação de Alcântara Mar estão avariadas há vários meses, impedindo o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, mas isso não inibiu a Refer de participar na passada segunda-feira - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - numa iniciativa de sensibilização para o tema com colagem de autocolantes nas estações e comboios da Linha de Cascais.
A passagem inferior de Alcântara Mar que liga as avenidas da Índia e de Brasília, e permite o acesso à estação dos comboios, tem as três escadas rolantes avariadas, duas das quais há mais de um ano. Trata-se de uma das estações com mais movimento da Linha de Cascais e uma das que registam maior movimento de turistas, mas encontra-se suja, grafitada e mal iluminada, podendo ser observadas infiltrações de água e cabos eléctricos pendurados.
Contactada pelo PÚBLICO, a Refer diz que "a passagem inferior de Alcântara, sendo um atravessamento urbano, é da responsabilidade da Câmara de Lisboa", mas que, apesar das escadas rolantes avariadas, a estação é acessível a pessoas com mobilidade condicionada a partir das rampas de acesso à estação pelas avenidas da Índia e de Brasília.
A mesma fonte oficial da empresa explica ainda que, das três escadas rolantes, duas são da responsabilidade da Refer só desde Abril deste ano, pois até essa data todas as estações ferroviárias da rede suburbana de Lisboa estavam concessionadas à CP. "Ora nós já herdámos da CP as escadas avariadas", disse.
Quanto à terceira, esta esteve a funcionar até Agosto, altura em que rebentou uma conduta da EPAL que inundou a passagem inferior e avariou os mecanismos da escada.
A Refer não tem qualquer previsão sobre quando voltarão a estar as escadas rolantes operacionais e diz que "está a decorrer um estudo com o desenvolvimento de uma solução alternativa", sem precisar, contudo, que tipo de solução pode ser alternativa às escadas rolantes.
A empresa não vê qualquer contradição entre esta situação e o facto de se ter associado a uma acção de sensibilização na Linha de Cascais, relacionada com o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A iniciativa foi organizada pela Comissão para a Pessoa com Deficiência do Concelho de Cascais (CPD), no âmbito do município local, que incluiu distribuição de autocolantes e a actuação na estação daquela vila de dois grupos musicais compostos por utentes de instituições que acolhem pessoas com deficiência.
A empresa gestora de infra-estruturas ferroviárias é responsável, só na área de Lisboa, pela manutenção de 227 equipamentos electromecânicos. Trata-se de elevadores, escadas e tapetes rolantes "que visam também garantir a mobilidade e o acesso a pessoas com mobilidade condicionada às estações ferroviárias", diz a mesma fonte, que lamenta a má utilização que muitas pessoas dão a estes equipamentos, sujeitos frequentemente a actos de vandalismo e de furto. Por causa disso, a Refer gasta uma média de 50 mil euros por ano em acções de manutenção correctiva, isto é, destinadas a reparar o que foi vandalizado.
No caso da Linha de Cascais, ao contrário das de Sintra e Azambuja, que foram alvo de modernização recente, a empresa mantém várias estações sem equipamentos electromecânicos adequados porque se aguarda desde há alguns anos a execução de um grande projecto de modernização desta infra-estrutura. A instalação, por ora, de escadas rolantes e elevadores poderia ser vista como despropositada, uma vez que as estações deverão vir a ser alvo de grandes alterações.

2 comentários:

Anónimo disse...

É apenas usada pela maioria dos que visitam a cidade de cruzeiro. E se as escadas fossem o único problema... faltou fotografar a urina e o cheiro.

Anónimo disse...

Só?
E quem passa diariamente para sair e entrar no comboio da linha do Cais do Sodré.
A questão de fundo é:
O interface que há longos anos já deveria estar concluido, ainda gatinhamos para uma solução.
O viaduto quando foi construido, dizia-se que seria provisório.
Em 1876 houve a ideia de ligar as 2margens. Em 1966 finalmente a inauguração.
Será que em 2076 teremos a nova ponte que não se saberá bem como será, se rodo, ferro, ou em túnel?
Será para a Trafaria?
Sairá do interface de Alcântara ou de Algés?
Somos assim.
Pobres e perdulários depois da entrada da "Democracia".
O que queremos da Refer?
Era interessante dar notícias sobre os trabalhos e estudos que alguns cidadãos têm desenvolvido para resolver o nó de Alcântara.
Entretanto Alcântara Mar continuará com a sua degradação.
Já dissemos algo.
Será que um dia o caneiro vai revoltar-se?
Seria bom ouvir Ribeiro Teles sobre a Ribeira de Alcântara.