26/11/2012

O Património entregue ao discurso arbitrário e interpretativo de mentes obcecadas pela assinatura "criadora", redutora e pessoal ... por António Sérgio Rosa de Carvalho.


 Não é a primeira vez que me refiro à Igreja de São Julião ... nem aos  graves efeitos e consequências da intervenção de Gonçalo Byrne em "equipe" com a aprovação de Manuel Salgado e António Costa ...
já o fiz em - A "marca fétiche" pessoal e a orgulhosa e arbitrária assinatura do Arquitecto Criador no Património de todos nós http://cidadanialx.blogspot.nl/2012/10/a-marca-fetiche-pessoal-e-orgulhosa-e.html
Agora deixo-vos com as imagens do seu impacto na envolvente da Baixa durante a noite ... onde a abstração e a redução das originalmente  janelas de guilhotina, reina e domina.
Janelas agora reduzidas e transformadas em aberturas cavernosas de luz gritante que se impõem no tecido urbano que se pretende candidatar a Património Mundial.
 (Iluminação triunfante e utilizada como pré-anúncio de "Obra" para o periodo Eleitoral que se avizinha, enquanto os Bairros históricos apodrecem)
Claro que tudo isto é possível porque o Património, na ausência da existência de verdadeiros Arquitectos e Ensino Académico de Restauro, é entregue através de "networks" profissionais que dominam o exercício da Arquitectura e o mundo Docente Académico ... a Arquitectos "Criadores", que interpretam, modificam, alteram e "assinam" impunemente e a seu bel-prazer ...
Basta olharmos para outro exemplo típico de Byrne no Museu de Machado de Castro ... para ficarmos informados ... as imagens dispensam comentários ...
E onde estão os Historiadores de Arte perante a gravidade de tais intervenções ?
Pois, o País é pequeno e o Mundo Académico também ...  







Museu Machado de Castro. Coimbra












9 comentários:

Julio Amorim disse...

Este arquitecto está a voar alto demais....e as asas vão derreter.
Brutalidade e arrogância são os seus melhores talentos....

Anónimo disse...

Já fui ver estes projectos e pareceram-me muito bons. Sinceramente não estou a ver as catástrofes referidas neste artigo. Dá para entender que o sr. do artigo deve ter alguma coisa mal resolvida com este arquitecto.
Deve ser a antiga guerra entre historiadores e arquitectos. Uns têm a visão da reconstrução, outros têm a visão da conservação.
Eu gosto quando as duas se juntam.

Anónimo disse...

Que bela borrada....

Aconselho os responsáveis por este projecto a editarem um livro com o titulo: Como descaracterizar edifícios e envolventes em zonas históricas, caracterizadas como Património com o intuito de internacionalizar o PseudoIntelectuo dos autores e ainda lucrar com o CRIME!

Julio Amorim disse...

Diga-se que a culpa não é do dele, mas de quem lhe empresta património comum para ele brincar. Quanto a conservação e restauro, este sr. é um absoluto ignorante....

Anónimo disse...

Em que rua foi tirada a 1ª foto?

Anónimo disse...

Que vardadeiras aberrações que este homem tem criado nadas nossas cidades. Há que ser feita alguma coisa!

Anónimo disse...

Já alguém os chamou os arquitontos.
Gostos não se discutem.
Nós achamos que se discutem.
Quantas MODAS transformam as nossas cabeças e as influenciam de formas negativas.
Temos nos pés 26 ossos, mais de 33 articulações e os 100 tendões que os unem, a par de músculos, vasos sanguíneos e nervos.
Leonard Da Vinci teria descrito como a mais perfeita articulação do ser humano.
O que a Moda faz dos nossos pés?
Os arquitectos deixam-nos parvos.
Somos peloa Paisagistas.
Os arquitectos paisagistas devem ficar envergonhados dos seus "irmãos".

Anónimo disse...

vergonha...no museu de arte antiga vão realizar uma exposição destes cromos, Siza, Souto Moura, Aires Mateus, Carrilho estes arquitectos não respeitam o nosso patrimonio, e estão ao serviço do seu proprio umbigo.
Mas nem todos os arquitectos são iguais os outros, estão desempregados!
Como me disse um siciliano, há dois tipos de arquitectos na sicilia, os ricos e os mortos.
Triste

Anónimo disse...

Acho muito triste quando pessoas sem motivações mais profundas do que uma falta de compreensão, fazem testemunhos depreciativos a profissionais sobre os quais não têm o mais pequeno conhecimento, nem tão pouco da disciplina de Arquitectura.
Qualquer um dos dois projectos em questão foi antecedido por pesquisas históricas profundas, colaboração com historiadores, e também, no caso do Banco de Portugal, por intervenções arqueológicas aquando da obra.
Nem vale a pena alargar-me sobre o comentário acerca de arquitectos como Álvaro Siza e Souto de Moura, arquitectos esses especialmente congratulados por intervenções sobre património, em obras como a reconstrução do Chiado (A.Siza), o Museu Grão Vasco (S.Moura)ou o Mosteiro de Santa Maria do Bouro (S.Moura).