28/09/2012

Onde Pára a Polícia?

Quem vive em Lisboa ou à cidade se desloca todos os dias para trabalhar deve reconhecer a tremenda sorte que tem na conveniente permissividade das autoridades responsáveis pela regulação do trânsito que decidiram não estar presentes numa série de artérias, nem quando alertadas por cidadãos (isolados, com certeza, da maioria) para os casos gritantes e constantes de estacionamento e paragem ilegal.
Assim, inspirado por esse fenómeno que é a demissão de funções por parte de quem tem atribuições constitucionais e legais, trago aqui alguns casos.

Começando em Arroios, na Rua Carlos Mardel, a presença de vários supermercados e de um mercado municipal deram a autorização tácita por inação das autoridades, a que se estacionasse em cima de passadeiras, passeios ou em segunda fila. Podem imaginar a sinfonia constante de buzinadelas de pessoas que querem sair mas estão bloqueadas.

Repare-se que para circular é necessário passar o traço contínuo e entrar na faixa de sentido contrário destinada a transportes públicos

Ao virar da esquina encontram-se duas ruas também muito curiosas. Na primeira, Rua Eduardo Brasão o estacionamento em segunda fila provoca grandes dificuldades de passagem do autocarro, que não poucas vezes fica bloqueado. A passadeira, no início, também não tem melhor historial.


Esta é a situação diária e constante nesta rua






Na rua Ferreira da Silva, este é o uso dado à passadeira:

Os peões esperam em plena rua a mudança do semáforo!

Um dos clássicos de Lisboa, pelo atrevimento e bravura, é a situação que se passa em frente do cinema Londres e de uma conhecida marca de comida rápida, na Avenida de Roma. À revelia dos inúmeros sinais de proibição de parar e estacionar, os clientes dos referidos negócios ( e porventura dos dois bancos), não só estacionam as suas viaturas ilegalmente como as deixam em plena faixa de rodagem em segunda fila! E isto numa Avenida com a tipologia de trânsito como a Avenida de Roma. A polícia municipal passa várias vezes por lá, e nem um arrepio sente em memória das suas funções!

A fotografia é noturna para contrariar o argumento de que as irregularidades são da autoria de trabalhadores e não moradores. Neste caso são dos clientes dos negócios. Esta situação foi referenciada várias vezes e é do total conhecimento das autoridades.




Descendo um pouco mais a rua, e já nem referindo a paragem e estacionamento ilegal pela Avenida João XXI, chegamos ao Campo Pequeno. Imaginem que estas viaturas estão estacionadas nos acessos ao estacionamento subterrâneo! E reparem como a seta pintada no chão nos leva a conhecer que ali é uma via, ainda por cima de mudança de direção. Este é de um requinte desconcertante...




Para terminar, por agora, vamos ver algumas situações nas imediações da Avenida da República, com destaque para a Avenida Defensores de Chaves e Duque de Ávila cujos arranjos recentes não demovem o estacionamento ilegal.
Estas situações revestem-se de bastante atualidade, numa altura em que se discute sobre a circulação e estacionamento nas Avenidas Novas, onde aparentemente vivem pessoas com poderes de desmaterialização de pessoas (aqui) e onde, nas palavras do presidente da associação que defende os interesses dos seus moradores, o problema não é o estacionamento, mas de obras.

Duque de Ávila

Nesta seção da Avenida Defensores de Chaves é proibido parar e estacionar junto ao passeio à direita em toda a extensão entre a Avenida Duque de Ávila e a Avenida João Crisóstomo. Fotografias noturnas propositadas. Esta é uma situação constante e duradoura.

Via lateral à Avenida da República

Trarei mais casos em momento posterior de forma a fazer uma lista compreensiva onde estacionar ilegalmente, sem risco de consequência maior.
Como a cidade está coberta de casos semelhantes, deixe aqui mais algumas situações. Os automobilistas agradecerão!

2 comentários:

Julio Amorim disse...

A polícia PASSEIA na Rua das Garridas !

Anónimo disse...

Isto é um escândalo e a policia que temos em Lisboa é uma verdadeira vergonha.