12/09/2012

Francisco José Viegas deverá sair do governo na próxima remodelação.



Cultura/ Património
Francisco José Viegas deverá sair do governo na próxima remodelação
Por Ana Sá Lopes, publicado em 12 Set 2012 in (Jornal) i online
Problemas de saúde poderão afastar o secretário de Estado da Cultura do cargo quando o primeiro-ministro decidir remodelar governo
Será uma saída inesperada na equipa de Pedro Passos Coelho. O DN noticiou ontem que o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, já teve uma conversa com o primeiro-ministro sobre a possibilidade de sair do governo na sequência dos seus problemas de saúde.

...Ao que apurou o i, há um mês a perspectiva da saída de Francisco José Viegas do governo estava fora de questão, mas o agravamento de alguns problemas de saúde (que serão de solução mais fácil se não estiver sujeito à pressão do cargo de secretário de Estado) favoreceram o cenário de abandono do executivo num futuro próximo.

O gabinete do secretário de Estado recusa comentar a notícia do DN sobre a iminente saída do governo, limitando-se a informar que Francisco José Viegas “não apresentou a demissão”.

Viegas pode assim juntar-se aos secretários de Estado cuja saída do governo já estava pré-anunciada, uma vez que deverão ser candidatos a várias autarquias. São os casos de Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social, que irá substituir Luís Filipe Menezes como candidato do PSD à Câmara de Vila Nova de Gaia. Almeida Henriques, secretário de Estado adjunto da Economia, deverá encabeçar a lista social-democrata à Câmara de Viseu e Daniel Campelo (que integra o Ministério de Assunção Cristas como secretário de Estado das Florestas) e deverá ser o candidato centrista a Viana do Castelo. Até aqui, o período pós-aprovação do Orçamento do Estado tem sido admitido como o mais provável para mexidas no governo.

Marcelo Rebelo de Sousa, ex-líder do PSD, pediu no seu comentário habitual de domingo na TVI “uma remodelação governamental urgente”. O alvo principal foi a Presidência do Conselho de Ministros, tutelada por Miguel Relvas. “Passos Coelho não teve a noção do impacto que isto tinha nos portugueses. Aqui também há um problema dos conselheiros dele”, disse Marcelo, para quem a intervenção do primeiro-ministro na sexta-feira passada se traduziu “numa pré-ruptura do país” com o primeiro-ministro.

A demissão de Miguel Relvas (na sequência do caso da ligação com o ex-espião Jorge Silva Carvalho e da licenciatura da Universidade Independente) tem sido defendida por vários sectores da coligação, mas Relvas sempre garantiu que ficaria no governo até ao encerramento do dossiê RTP. Álvaro Santos Pereira, que está em “pousio” desde a famosa retirada de poderes sobre o QREN e é muito contestado internamente, deverá sair.

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