04/03/2013

É preciso ATENÇÃO E RESPEITO pelo Troço da muralha do Castelo de S. Jorge na R. do Chão da Feira

Resposta da EGEAC:

Exmos. Senhores

Acusamos a receção do Vosso email datado de 24 de Julho do corrente ano no qual nos dão conta da ocupação e dos danos realizados junto à muralha do Castelo de São Jorge, pelo qual transmitimos o nosso agradecimento.

Nesse âmbito gostaríamos de informar V. Exas. que também esta empresa municipal, EGEAC, entidade que gere o supracitado equipamento cultural, já tinha reportado a situação junto dos serviços competentes da CML, considerando os danos registados na muralha.

Mais informamos que tendo por particular objectivo a salvaguarda do património (na sua componente visual e material) iremos solicitar que em termos futuros os serviços da CML solicitem parecer desta empresa municipal relativamente a este tipo de pedidos de ocupação de espaço público, permitindo desta forma o acompanhamento dos processos e respetiva articulação de fiscalização com a CML para evitar a poluição visual desta zona histórica, bem como os danos provocados pela má conduta e utilização do espaço público.

Transmitindo uma vez mais o nosso agradecimento

Apresentamos os nossos melhores e mais sinceros cumprimentos,

O Presidente do Conselho de Administração da EGEAC

Miguel Honrado ...

Exma. Gestora do Castelo de S. Jorge

Dra. Teresa Oliveira,

C.c. PCML, Vereador Espaço Público, AML, JF, ATL, Media

Vimos manifestar junto de V. Exª a nossa preocupação pelos abusos e utilização inadequada de que continuam a padecer todos os anos, durante as Festas de Lisboa (e não só), a entrada do Castelo e o troço da muralha do mesmo na Rua do Chão da Feira.

Como é do V/conhecimento, CML autoriza anualmente a instalação de vários quiosques de uma marca de cerveja (patrocinador principal das festas) junto desta muralha e mesmo à entrada do Castelo (ver imagens em anexo). O impacto negativo destes quiosques, de plástico e cobertos de publicidade, tem levado a numerosos protestos por parte da sociedade civil, bem divulgados nos Media e nas redes sociais. No entanto, a CML emite anualmente licenças para os quiosques, colocando os interesses de uma empresa privada acima da salvaguarda de um bem cultural classificado como de interesse nacional como é o Castelo de S. Jorge. Temos também dúvidas se a implantação destes quisoques recebe o devido parecer da tutela do património cultural (IGESPAR).

Para além do óbvio caracter intrusivo destes quiosques, estes equipamentos acabam por atrair comportamentos menos cívicos. A título de exemplo, e apenas a alguns metros do local de implantação dos quiosques de cerveja, foi realizada a 12/13 de Junho uma fogueira encostada à muralha classificada como Monumento Nacional. A muralha ficou danificada naquela zona desde essa data (ver foto em anexo).

Face ao exposto, vimos solicitar a V. Exª que faça ver ao Pelouro do Ambinte Urbano da CML que, de futuro e em nome da boa conservação deste monumento, se deve abster de autorizar a implantação de quiosques junto à entrada do Castelo e ao longo do troço da muralha na Rua do Chão da Feira.

Certos de que partilha da nossa preocupação, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Júlio Amorim e Virgílio Marques

1 comentário:

Cidadão Anónimo disse...

Estes quiosques, comparados com outros da cidade, não me parecem nada intrusivos no seu aspecto visual. Relativamente a atrair comportamentos menos cívicos, concordo, mas pelo facto de servirem bebidas a altas horas, não pela sua cor ou integração local.
Em relação ao destaque da marca também concordo, mas lembro que não é muito diferente do destaque que tem um eléctrico da carris a percorrer locais históricos da cidade. Será que se passarem 50 anos com os quiosques ali alguém um dia vai dizer que são património a proteger?
Gostava de deixar aqui uma pergunta: o que pensam daquele quiosque em forma de carro antigo que em tempos existiu (não sei se ainda existe) na Rua do Carmo onde se vendiam discos de fado?