25/10/2011

Muito Obrigado, João Appleton pelos seus importantes esclarecimentos ...

Muito Obrigado, João Appleton pelos seus importantes esclarecimentos ...
Tal como as suas palavras ilustram ... "Tratou-se sim de uma reabilitação, feita com grande empenho de todos os intervenientes - projectistas, dono de obra e empreiteiro; Por tudo parece-me especialmente grave a forma como os novos proprietários fizeram a alteração (licenciaram-na?) - que eu saiba, era um dos poucos edifícios da baixa que conservava a caixilharia original;" ...o caso é de uma grande gravidade e ilustrativo ...
O seu comentário é publicado na íntegra ...
António Sérgio Rosa de Carvalho



João Appleton disse...
Só algumas correcções em relação ao 'artigo' e aos comentários:
1. O promotor do edifício começou por ser a EPUL mas durante a obra já pertencia à SRU da Baixa que posteriormente o vendeu;
2. A caixilharia de guilhotina não era nova. Era a caixilharia original do Séc. XVIII e tinha uma qualidade excepcional pois chegou aos nossos dias em condições de ser recuperada. Pelo interior, e por questões de acústica, a caixilharia foi duplicada com outra caixilharia de madeira, essa sim nova, equipada com molas encomendadas especificamente para facilitar a manobra;
3. Considero que não foi seguida a cartilha das unidades de projecto até porque a opção por restaurar a caixilharia partiu da avaliação e posterior decisão dos projectistas. Tratou-se sim de uma reabilitação, feita com grande empenho de todos os intervenientes - projectistas, dono de obra e empreiteiro;
4. Por tudo parece-me especialmente grave a forma como os novos proprietários fizeram a alteração (licenciaram-na?) - que eu saiba, era um dos poucos edifícios da baixa que conservava a caixilharia original;
5. Quando soubemos da alteração, enviámos um mail para a CML, mas não sabemos com que resultado;
6. O edifício é da autoria da Appleton e Domingos e para quem tiver interesse em perceber o processo de reabilitação e especificamente os pormenores da caixilharia poderá consultá-los no livro 'Biografia de um Pombalino'.

4 comentários:

Julio Amorim disse...

Tudo o que está no ponto 2 é o que PRIMEIRO se deveria ponderar em qualquer reabilitação deste tipo. Uma intervenção em acordo com as boas práticas de conservação e restauro deitada ao lixo desta maneira!? É obra srs. incompetentes !

Anónimo disse...

"Pelo interior, e por questões de acústica, a caixilharia foi duplicada com outra caixilharia de madeira, essa sim nova, equipada com molas encomendadas especificamente para facilitar a manobra"

E, já agora, a manobra da exterior, como é que é facilitada?

Paulo Ferrero disse...

Visitei demoradamente esse edifício, pouco tempo depois de reabilitado e posso comprovar que realmente se tratou de um excelente reabilitação, por dentro e por fora. Que disso não restem dúvidas.

Anónimo disse...

"6. O edifício é da autoria da Appleton e Domingos..."

Não será antes "a intervenção de recuperação/reabilitação é da autoria da Appleton e Domingos!"... é que o edifício já lá estava e a autoria suponho será da Aula do Risco uns bons 200 anos antes.

cumps.
F