12/09/2011

Carris não quer pagar remoção de linhas de eléctrico

In Público (11/9/2011)

«Em Lisboa há sete quilómetros desactivados

Carris não quer pagar remoção de linhas de eléctrico

A cidade de Lisboa tem, actualmente, cerca de sete quilómetros de carril de eléctrico que não estão em funcionamento, disse à Lusa o secretário-geral da Carris, que remete para a Câmara de Lisboa a responsabilidade de remover os troços desactivados.

Os conhecidos "amarelos" viram a sua importância decrescer ao longo da segunda metade do século passado e dos percursos inaugurados entre 1901 e 1991 apenas cinco se mantêm em funcionamento. Este transporte emblemático da capital comemora este mês 110 anos.

Questionado sobre a necessidade de remover os troços desactivados, para diminuir os riscos de acidentes, o secretário-geral da Carris considerou que o risco é igual ao que existe noutras linhas. "Estes troços têm características idênticas aos que estão em utilização, não havendo, por isso, qualquer risco adicional de acidente", afirmou Luís Vale, sublinhando que compete à Câmara de Lisboa remover aquelas linhas de carril.

"Os troços de carril abandonados têm sido gradualmente retirados, ou cobertos por tapetes de betuminoso, na sequência das obras que a câmara promove nesses eixos viários", sustentou o gestor da Carris.

A discussão foi lançada pelo PCP em Maio de 2010, quando o partido apresentou uma proposta à Câmara de Lisboa para remover as linhas de carril desactivados. Uma proposta que, disse o vereador comunista Ruben de Carvalho, "até hoje ainda não teve nenhum desenvolvimento". "A Carris diz que é responsabilidade da câmara, o que é um disparate, porque a responsabilidade é da Carris. Enquanto isso, isto vai-se arrastando há anos, com perigo para os automobilistas e motociclistas que têm, assim, um maior risco de acidente", considerou o vereador.

Ruben de Carvalho disse ainda que os carris, mesmo com camada de betuminoso para os tapar, não permitem que as obras nas vias sejam bem feitas e que o melhor seria retirá-los. Perante o não assumir de responsabilidades, o autarca comunista vê apenas uma solução: "Receio que a única forma de resolver esta situação é indo para tribunal." A Lusa tentou contactar o vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Nunes da Silva, mas não obteve resposta.

A frota da rede de eléctricos da Carris é constituída por 65 carros eléctricos, três ascensores (com seis veículos) e o Elevador de Santa Justa (com duas cabines), servindo anualmente 20 milhões de pessoas. Lusa»

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Certamente que nos tais 7km, RCarvalho não considera os referentes ao E-24, pois não? Claro que não.

4 comentários:

Anónimo disse...

espero que não arranquem. sempre fica a esperança de que as linhas sejam reactivadas um dia...

Xico205 disse...

Algumas têm troços enterrados.

André Santos disse...

Os quilómetros da E-24 - enquanto a Carris não arranja solução para o serviço comercial normal, devido à falta de veículos - bem que podiam ir sendo explorados pela CarrisTur, com os eléctricos de turismo. Dois circuitos diferentes pelas colinas de Lisboa, está tudo lá!

Xico205 disse...

A E24 não volta porque simplesmente não faz falta. Todo o percurso é feito pelas cªs 758 e 202 e parcialmente pelas 713 e 790. Posto isto parem de pedir coisas ridiculas que não fazem falta.