25/08/2011

Aqueduto em obras para que estalactites com quase um metro sejam removidas

In Diário de Notícias (25/8/2011)
Por Inês Banha

«Terceira fase de recuperação das arcarias incide sobre os seis dos 35 arcos do troço de Alcântara. São os únicos que faltam

São estalactites que têm, na sua maioria, entre 10 e20 centímetros, mas que chegam a atingir os 40, 50 e até 80 centímetros. O perigo é que, em caso de tremor de terra, as formações de gelo que pendem da parte interior dos arcos do Aqueduto das Águas livres, em Lisboa, caiam sobre quem passa por baixo deles. A eventualidade é suficiente para a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) proceder à sua remoção, na terceira fase de um projecto mais alargado de recuperação da estrutura centenária que começou em 2005.

Quem passa no Vale de Alcântara, em Lisboa, já se habituou aos arcos imponentes que sobre eles se erguem. Mas no seu intradorso - ou seja, na face interior e côncava dos arcos - acumulam-se as estalactites resultantes de cerca de 250 anos de bolsas de água. A maior delas tem "cerca de 80 centímetros e é pontiaguda" explicou ao DN o director de comunicação e imagem da EPAL. José Manuel Zenha adiantou ainda que a maioria das formações de gelo tem entre 10 e 20 centímetros, embora algumas atinjam os 40 e 50 centímetros. Agora, vão ser removidas.

A intervenção - com um custo de cerca de 150 mil euros e uma duração de "um ou dois meses" - incide sobre os últimos seis dos 35 arcos que constituem o troço principal do aqueduto e é já a terceira fase de um projecto de recuperação da estrutura que contempla ainda trabalhos de consolidação de diversos blocos de pedra.

Tudo começou em 2005. Na altura, a EPAL procedeu, de acordo com José Manuel Zenha, a "um levantamento topográfico e fotográfico dos arcos", catalogando à volta de 75 mil pedras e detectando "sérias mazelas". Na sequência, foi iniciado um projecto de recuperação do Aqueduto que vai na sua terceira fase. Com intervenção mais recente, as obras "urgentes" ficam concluídas, tendo sido suspensos, por questões de contenção orçamental, outros projectos.

Exemplo disso é a recuperação que estava prevista do interior de uma conduta desactivada em 2009 e que visava fazer retomar o espaço à sua condição original.

"Neste momento, não há outros trabalhos marcados", concluiu o responsável de comunicação.»

1 comentário:

Anónimo disse...

estalactites, formações de gelo? mais um falhanço de jornaleiros