05/05/2011

Suspenso plano de pormenor do antigo Hotel Miramar

Presidente da Câmara de Cascais diz que estão a ser avaliadas “todas as opções possíveis” e que solução será analisada com moradores do Monte Estoril (por Luis Filipe Sebastiao in Publico)

O presidente da Câmara de Cascais suspendeu o processo do plano de pormenor para a reestruturação urbanística do terreno do Hotel Miramar, que prevê a construção de uma nova unidade hoteleira com uma centena quartos. A decisão foi conhecida após o lançamento de uma petição, que ontem tinha 1771 subscritores, contra o projecto.

A petição, promovida pela associação de moradores do Monte Estoril, conta com o apoio de personalidades da política, da cultura e do ambiente como Marcelo Rebelo de Sousa, Raquel Henriques da Silva, Carlos Pimenta, Eugénio Sequeira e Filipe Soares Franco. Os peticionários defendem o arquivamento do plano e a construção de um novo hotel, mas “de dimensão média, de estética e volumetria compatíveis com a história e as características do Monte Estoril”.
“Apanhei esse plano de pormenor na fase final, mas estou a tentar encontrar uma solução”, afirmou ao PÚBLICO o presidente da câmara. E acrescentou: “Não tenho dúvidas de que, a levar por diante o que está no plano de pormenor, será muito melhor que o que lá está, em ruína.”

Carlos Carreiras conta que assumiu o processo “recentemente e já numa fase muito adiantada do mesmo – depois de emitidos pareceres, ouvidas as entidades públicas e feita a consulta pública”. O autarca – que era vice-presidente e substituiu, em Fevereiro, António Capucho na presidência, depois de este último ter suspendido o seu mandato – confirmou que o processo foi interrompido “antes da sua apreciação em sede de reunião de câmara”.

O social-democrata espera “encontrar uma solução para um local que se encontra profundamente degradado” e que “possa levar em linha de conta as preocupações dos moradores e os interesses” dos habitantes de Cascais. Neste momento, estão a ser avaliadas “todas as opções possíveis” e a solução será analisada com os moradores. Por seu lado, a associação de moradores congratulou-se com a decisão e mostrou-se disponível para encontrar “uma solução que dignifique o Monte Estoril e o próprio concelho”.

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