31/05/2011

Assim Se Condena Uma Árvore à Morte



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«Caro Paulo,


Temo que Lisboa esteja prestes a perder uma das suas mais antigas habitantes sem razão válida para tal (ver aqui). Se achar boa ideia, peço-lhe que publique uma chamada de atenção sobre o assunto no Cidadania LX. Se preferir eu mesmo posso escrever algo sobre o assunto.
Atenciosamente
Rosa Casimiro»

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas de que serve classificar o que quer que seja neste país, seja árvore ou edifício, se quando querem eles passam por cima das classificações. Que tipo de penalização vai advir deste acto ignóbil? Quem vai ser responsabilizado?
Ainda falam no 25 de Abril, a tal revolução que se destinava a fundar um estado de Direito! Somente se for o direito personalizado da exceção! Quem sabe alguma coisa de Direito sabe que este esta feito como uma armadilha para o incauto e cheia de "saídas de emergência" para ilibar quem sabe se mover nos seus meandros.

A.lourenço disse...

As áreas classificadas em Portugal apenas o são até haver qualquer coisa mais interessante para lá colocar, são imensos os exemplos disso e assim continua a ser. Em Lisboa a bipolaridade com que os espaços verdes são geridos é extremamente preocupante, de vez em quando até se faz bem mas logo ao lado são capazes do pior.
Deixo aqui, com a devida vénia, o comentário feito por Rosa nas árvores de Portugal:

"Não é fácil, hoje em dia, ser árvore em Lisboa. Esta ideia de que as árvores de grande porte constituem um perigo para a segurança pública é uma ideia perigosa e totalmente despropositada quando vem, precisamente, de quem tem a obrigação de as proteger. Os plátanos do Campo Pequeno, os choupos e as robínias no Príncipe Real, os pinheiros em Monsanto e no Parque Eduardo VII, os lódãos da Estefânia, a Bela-sombra do Jardim da Estrela e as sophoras do jardim do burro, as 23 árvores do Jardim da Luz, os lódãos da Rua Marquês de Fronteira, as árvores inclinadas do Jardim das Amoreiras, os pinheiros mansos no Campo grande… São só alguns exemplos de árvores de grande porte que foram abatidas quando precisavam apenas de manutenção e cuidados. O Zé tem licença para matar."