26/10/2010

Grandes obras alteram visual do Vasco da Gama

In Jornal de Notícias (26/10/2010)
Telma Roque

«O Centro Comercial Vasco da Gama, que foi a principal porta de entrada para a Expo"98, e um dos espaços com mais visitantes da capital e do país, está a remodelar toda a área da restauração. A empreitada está orçada em cerca de 4,5 milhões de euros.

"Mais confortável do que nunca" é o slogan que está a ser utilizado pela Sonae Sierra para cativar mais público agora que estão na recta final as obras de renovação da zona da restauração, que inclui a instalação de mais cinco máquinas de ar condicionado, uma nova esplanada no piso 3 e a criação de uma política organizada de separação de resíduos.

De acordo com Luís Mendonça, que há nove anos dirige o Vasco da Gama, falta apenas instalar mais algum mobiliário e alterar o design dos quiosques. "Conseguimos ter mais 22% de lugares (atingiram-se os 1200 lugares sentados), há mais luz natural e pé direito, o que permitiu reduzir o ruído", explicou o responsável, acrescentando que, até final do ano, todas as instalações sanitárias serão também remodeladas.

Após a inauguração oficial, em Abril de 1999, estas são as obras de maior visibilidade para o público até agora feitas no centro, embora há dois anos a Sonae Sierra tenha feito um investimento ainda maior para instalar uma loja da Fnac, reduzindo o número de salas de cinema, de dez para seis.

A leveza da arquitectura do edifício - todo ele inspirado no mar - a luminosidade natural, a dimensão mediana que lhe dá um toque acolhedor e a localização geográfica são os grandes trunfos do Vasco da Gama, que tem, em média, 22 milhões de visitantes por ano.

Em Lisboa, só o Centro Colombo tem mais visitantes, mas o Vasco da Gama difere de todos os outros centros por não ter picos de gente, mas sim públicos diferenciados. Nos dias de semana, juntam-se ali alguns dos funcionários das mais de 300 empresas fixadas no Parque das Nações, residentes e clientela jovem. Aos fins-de-semana são os turistas, nacionais e estrangeiros, que aparecem em maior número. Como está a cinco minutos do aeroporto, acaba também por ser um espaço de compasso de espera para os voos.

Luís Mendonça revela que o centro tem uma taxa de ocupação de 100% desde que abriu as portas. Tem, inclusive, uma lista de espera para todas as áreas de negócio, "por ser um bom produto e ter uma localização ímpar".

O director refere-se ao facto de o Vasco da Gama ter, mesmo à porta, o metro, os autocarros da Gare do Oriente e, no futuro, os comboios de alta velocidade (já tem os comboios convencionais) e os shuttles de ligação ao futuro aeroporto internacional de Lisboa, na outra margem do Tejo.

O centro tem ainda a vantagem de estar inserido numa zona de habitação de luxo onde o poder de compra está acima da media nacional.»

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