22/10/2010

Artista expõe piscina no Terreiro do Paço para "questionar" o país


In Público (22/10/2010)
Por Nuno P. Chorão

«Obra de Joana Vasconcelos homenageia a relação de Portugal com o mar e pretende fazer pensar

Está na Praça do Comércio e tem a assinatura de Joana Vasconcelos. Portugal a Banhos é a obra mais recente da artista sediada em Lisboa. Tem a forma de um mapa de Portugal mas é uma piscina.

A ideia, diz a artista, "já tinha algum tempo", mas acabou por encontrar nas comemorações do centenário da República o cenário "ideal" para ser mostrada ao público - uma oportunidade de "questionar o presente para se perspectivar o futuro".

A localização, conta ao PÚBLICO, "era determinante". "Tinha de ter uma relação com o mar e com o país", afirma. A escolha acabou por ser o Cais das Colunas, de onde partiram as caravelas dos Descobrimentos. Além disso, refere, "somos o país com a maior costa da Europa, e Lisboa a única capital europeia com praia, e portanto a obra também vai no sentido de apelar à preservação da nossa costa".

Com dez metros de altura, a obra "tem o tamanho de uma piscina intermédia, das que se podem pôr numa casa, para consumo imediato. Joana Vasconcelos também pretende pôr o público a pensar sobre este imediatismo e consumismo. "Portugal não pode deixar-se tornar numa piscina: cuidado, não nos deixemos afundar", avisa a artista, que não encara a obra com pessimismo: "Não quero criticar o país nem fechar o discurso da obra - que é directo e conceptual -, tenho descoberto que permite uma multiplicidade de opiniões e interpretações, consoante quem a vê."

Na rua, ouvem-se reacções diversas. Uns dizem que "por estar à beira-mar, suponho que tenha alguma coisa a ver com o mar", ao passo que outros afirmam tratar-se de "um monstro que não indica nada, nem serve para nada". Até há quem confesse nunca ter reparado que o formato da piscina é o mapa de Portugal, mesmo já tendo contado aos amigos que "está uma piscina bonita" no Terreiro do Paço. Um casal de turistas suecos, ouvido pelo PÚBLICO, ficou-se pelo meio termo: "Não é bonita, mas faz pensar." A peça estará à vista até 4 de Novembro.»

...

Escolheu o Terreiro do Paço e, pronto, está escolhido. Se o objectivo é mostrar o estado do país, então já bastavam os cabos soltos, os vários tipos de candeeiro, o piso já revolto, e demais parafernália que o pobre do Terreiro do Paço tem que aguentar. Estou, portanto, desejoso que chegue dia 4 de Novembro.

P.S. Já agora, se alguém quiser montar uma sanita e um autoclismo gigantescos no Terreiro do Paço, também pode?

14 comentários:

A.lourenço disse...

acho que pode caro Paulo.
Basta que tenha algum nome ou seja uma empresa que pague bem .Em Lisboa, no espaço publico, tudo é possível.

Julio Amorim disse...

Não foi há uns anitos que alguma organização doou uma escultura à cidade e escolheu o sítio....na Av. da Liberdade?

pvb disse...

Isto é o resultado de um país de pirosos e de pacóvios que comem tudo o que lhes dizem ser arte. Quanto á sanita acho que sim...porque o cheiro já lá está.

Anónimo disse...

Um monte de jornais a arder por debaixo daquela trampa não resolveria o problema?

É apenas uma sugestão.

Anónimo disse...

Isto é o que se chama o país a meter água!
Gosto muito do suporte parabéns pela iniciativa.
Sugestão à artista: não é possível fazer uma com o concelho de Lisboa?

Anónimo disse...

"A escolha acabou por ser o Cais das Colunas, de onde partiram as caravelas dos Descobrimentos."

Eu a pensar que tinha sido de Belém.
Com os artistas portugueses estamos sempre a aprender. Bem hajam.

Anónimo disse...

"Portugal não pode deixar-se tornar numa piscina: cuidado, não nos deixemos afundar".

Mas que raio de sentido fazem estas palavras?

As piscinas afundam-se?

As pessoas que nadam nas piscinas afundam-se?

Quer-me parecer que vai por ali uma funda idiotice.

Xico205 disse...

A piscina já cá tinha sido publicada! Acho que parte dos colaboradores deste blog sofrem de autismo, tal é quantidade de vezes que publicam a mesma coisa.

Claro que se pode pôr sanitas no T. do Paço. Aliás uma marca de sanitários ofereceu uma escultura em formato de sanita à Cidade de Alverca como forma de homenagear a cidade que acolhe a referida empresa, e à altura da inauguração do monumento pela admnistração da empresa e autarquia de VFX, já lá havia presentes dentro. Houve quem se aliviasse antes da inauguração.

Anónimo disse...

LOBO VILLA
Será possível á "artista" fazer uma piscina com a cara do Costa no seu riso alvar ...?
(Esta Joana é "vê-la e abatê-la"...)

miguel LX disse...

infelizmente a cidadania lx está pejada de anormais. Inclusive o autor deste post.
em Londres já acha graça a arte urbana não?

Anónimo disse...

x i q u i n h o n ã o é a u t i s m o é p e d a g o g i a p a r a o t e u c é r e b r o p e q u e n i n o

Xico205 disse...

Anónimo disse...
x i q u i n h o n ã o é a u t i s m o é p e d a g o g i a p a r a o t e u c é r e b r o p e q u e n i n o

6:37 PM

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Eu tenho um cerebro pequenino, mas o pessoal daqui é que acha uma coisa do outro mundo um monumento feito à quase 10 anos numa cidade a 13kms de Lisboa e que pelos vistos desconheciam por completo... Quem não sabe o que se passa na cidade do lado terá um cerebro de que tamanho?!!!
A comparar com muita gente que para aqui escreve, tenho um cerebro bem grande.

Julio Amorim disse...

A artista não tem culpa nenhuma disto. Ela coloca a sua arte num sítio com bastante exposição..como todos nós faríamos !?

Anónimo disse...

Julgo que a artista enganou-se deveria ter colocado umas bóias ou mesmo umas braçadeiras, mais consentâneas com o país que se encontra a afundar...