14/09/2010

Baixa vs. Bruxelas


Ao que parece, a Baixa vai ser zona para transitar de automóvel a 40 km/h. Mas era para ser 30 km/h, se bem me lembro. Aliás, o que faz sentido é ser a 30 km/h, mesmo que todos saibamos de antemão que isto não passa de uma medida simbólica pois o português nada costuma cumprir. Mas, seja como for, devia ser 30 km/h.

Até pelo simples facto da Baixa, com os seus escassos 0,25 km2, ser uma zona claramente receptiva a este limite. Basta pensarmos em Bruxelas, por exemplo, que numa decisão surpreendente (ou nem por isso) acabou de anunciar que passará a ter todo o centro da cidade como zona de 30 km/h; Bruxelas que tem 4,6 km2 de área...

Aqui ficam dois links elucidativos da distância de anos-luz que medeia entre Lisboa e a outra Europa:

* http://www.streetfilms.org/copenhagens-car-free-streets-and-slow-speed-zones/

* http://www.eltis.org/show_news.phtml?mx_trk=1&mx_id=0178951584859012281699411&newsid=1985&mainID=461&Id=1

20 comentários:

ElsaR disse...

Bélgica... :D onde os autocarros vão surpreendemente calmos atrás dos ciclistas :D sem stress, sem buzinas :D

disse...

o futuro mais próximo ou mais longínquo da Baixa é ser uma área sem trânsito, ou de trânsito limitadíssimo (não em termos de velocidades, mas de acessos).

tudo o que for feito até lá são experiências, ainda que compreensíveis.

lmm disse...

Acho fantástico como neste blog se insiste em comparar a realidade nórdica com a nacional. Não faz sentido absolutamente nenhum usar como referência uma cultura completamente diferente da nossa, como se os hábitos se mudassem por decreto. Concordo que devemos desejar aquilo que consideramos o ideal, mas usar esse ideal para um constante bota abaixismo já me parece ridículo.

Porque não comparar com uma cidade importante de um país do G8....tipo Nápoles? Seria uma comparação interessante.

Luís Marques

Xico205 disse...

Eles aqui sabem lá o que é o G8!! A Suecia nem faz parte disso, logo o G8 não tem importancia nenhuma para os palhacinhos do costume que aqui vomitam barbaridades.

Tambem ainda não viram o obvio, que com o limite de circulação a 30 ou 40 kms/h, que vai dar ao mesmo; numa zona com o tráfego intenso da Baixa, vai significar estar tudo parado. Mas já na actualidade sem limites de velocidade está tudo parado, por isso não vai fazer diferença nenhuma! Medidas politicas sem efeitos praticos que os politicos tanto gostam.

Para quem diz que as pessoas, não vão cumprir, basta dizer a esse ser, que se os semáforos ficarem vermelhos com velocidades superiores, acha mesmo que as pessoas não vão cumprir? DAH!!

Anónimo disse...

Luis, se te ajuda ao ego continua a comparares-te com Nápoles, mas acho muito legítimo ser mais ambicioso que tal.
Claro que há diferenças culturais entre Lisboa e Copenhaga, e mesmo geográficas e climáticas, mas muitas das boas práticas da segunda são aplicáveis em Lisboa.
Se usássemos o teu argumento cegamente, Lisboa hoje não teria metro - é uma ideia que roubámos de cidades culturalmente opostas a nós.

Xico205 disse...

É, o metro foi roubado de Atenas e de Roma, que culturalmente têm muito mais história que nós.

Anónimo disse...

Este último comentário é a prova que o Xico205 não sabe realmente ler nas entrelinhas e, desconfio nem nas linhas!

Xico205 disse...

Ou secalhar não quer ir atras de provincianismos estupidos. se os outros têm isto eu tambem tenho que ter!....

Lisboa ao crescer chegou a uma altura que necessitava de metro, assim como hoje Luanda necessita. Não tem a ver que este tem ou aquele tem.

lmm disse...

Eu não pretendo comparar Lisboa com Nápoles, muito menos usá-la como referencia. (Aproveitava as pizzas no entanto...). Só queria salientar que Lisboa não é tão 3º mundo como alguns autores deste blog querem fazer crer.

É obvio que adorava que Lisboa tivesse os mesmos padrões que as melhores cidades do mundo em termos de qualidade, de vida e sustentabilidade.

Só lamento, e para que fique bem claro, que o tom usado nas comparações de Lisboa com outras cidades seja feito sempre em tom jocoso, típico de mentalidade tuga que nos empurra sempre para baixo. Qualquer falta de uma pedra na calçada é motivo para os comentários típicos "Só em Portugal...!".

Não deixo também de achar que no deve e haver este blog faz um bom serviço público.

Luís Marques

Xico205 disse...

Pois Luis Marques, eles nunca foram a mais lado nenhum, maneira que acham que só em Portugal é que é tudo mau, mas se vissem as aberrações que há por toda a Europa davam mais valor. Trata-se de falta de experiencia de viagens.

Eu felizmente já fiz muitas, de modos que sei valorizar a minha terra.

Luís Alexandre disse...

Para que a minha cidade seja um lugar bom para se viver, não é preciso viajar muito ou andar a copiar modelos já implementados, bastam apenas 2 coisas; "inteligência" e "pragmatismo".
Com inteligência e pragmatismo, metade dos problemas actuais simplesmente nunca teriam existido.
Infelizmente é utópico, porque a classe que actualmente nos governa, saiu da linha de montagem sem estes 2 atributos.

Mara disse...

"Lisboa ao crescer chegou a uma altura que necessitava de metro" e fez muito bem em seguir o exemplo de outras cidades que também tinham crescido (não foi Lisboa que inventou o metro).
Agora Lisboa está com uma sobrelotação automóvel. Então porque é que deve ser tabu olhar para o que fizeram as cidades que também tiveram sobrelotação automóvel e já resolveram o assunto entretanto?

Anónimo disse...

Xico205,
Mais uma vez a conversa paternalista sentimentalista do "Lisboa não é tão má, existem aberrações por toda a Europa, mas esta é a minha cidade e amo-a esteja como estiver". Que asco este tipo de argumento!
Mesmo que hajam aberrações noutros lados tal não limpa o facto de termos aberrações aqui e são estas que devemos resolver porque é aqui que devemos viver.
Sobre viajar, das duas uma, ou viajou muito pelas Caracas e Medellins da vida, ou então não viu o que devia ter visto quando viajou (google earth não conta como viajar)

Filipe Melo Sousa disse...

Se eu andasse a 30 na baixa batia em muitos carros à minha frente. Com a porcaria de esquema de trânsito, aquilo anda em média 3Km/h. A limitação é só para gozar com as pessoas que precisam de circular e trabalhar.

Xico205 disse...

Não tenhas duvidas, que é mais uma medida populista para dizer que fizeram alguma coisa. Resultados praticos não vai ter nenhuns a não ser adjudicar uns dinheirinhos aos do costume.

Anónimo disse...

Filipe e Xico,

o modelo de cidade que querem manter já existe noutro lado. A Índia tem lindas cidades bem ao vosso gosto, Cairo seria um sonho para vocês: faz-se o que se quer da sua propriedade, carros por todo o lado, os peões são formigas irritantes que aborrecem os automobilistas - Cairo tem um nível altíssimo de peões estropiados. O meu sogro foi diplomata e a minha sogra, nos anos que viveu no Cairo apanhava um taxi para atravessar uma avenida perto de casa - lixo por todo o lado mas nunca dentro das casas, enfim, paraísos para vocês. Lisboa continuar assim? Muito obrigado mas não!!

Filipe Melo Sousa disse...

caro anonimo, o que se pretende de um sistema de recolha de lixo é que ele funcione. O que vi aqui preconizado neste blog é que a CML obrigue as pessoas a esconder o lixo em casa para fingir que existe um sistema de recolha de lixo.

Anónimo disse...

Caro Filipe,

aqui não leu nada do género que descreve, com toda a certeza. Aqui leu sugestões como as ruas ficariam livres de lixo e sujidade e esses modelos sugeridos exigem que os cidadãos sejam responsáveis com a quantidade de lixo que produzem e como o acondicionam, isto porque até agora todo o ónus está do lado dos serviços camarários para o desproveito de todos que temos de andar no meio do lixo porque nos atrevemos a caminhar pelas ruas em vez de fazer como v.exas. que levam os carros até à cama!
Volto a afirmar: Não, muito obrigado!

Filipe Melo Sousa disse...

O modelo que propõe, não muito obrigado. Não sei qual o seu padrão de higiene, mas o que me propõe não me serve.

Xico205 disse...

Comentario das 10:42, eu estou bem em Lisboa. Vá voce para a Suecia se isso é que é bom. Tão bom que nem faz parte do G8!

Eu para sentir um congelador chega-me o que tenho na minha marquise da cozinha.