14/06/2010

Câmara Municipal de Lisboa toma posse de 30 hectares à beira Tejo

In Público (14/6/2010)
Por Marisa Soares

«Transferência de mais três áreas para domínio municipal fica hoje definida em acordo de cooperação assinado com Administração do Porto de Lisboa

População pede mais espaços verdes nas zonas desafectadas
14,5 milhões de euros

A Câmara de Lisboa passa hoje a ser responsável pela gestão de 30 hectares de áreas ribeirinhas sem utilização portuária. A autarquia assina com a Administração do Porto de Lisboa o auto de transferência das seis zonas ribeirinhas que estiveram, até agora, sob jurisdição do porto lisboeta, iniciando também o diálogo para a transferência de Pedrouços, Santos e Poço do Bispo.

As três áreas constam de um acordo de cooperação que as duas entidades subscrevem na tarde de hoje, às 16h, na gare de Alcântara, dando início ao processo que vai definir as condições em que vão passar para a gestão do executivo municipal liderado por António Costa.

"É um momento histórico" para a cidade, sublinha Manuel Salgado, vereador do Urbanismo na câmara lisboeta. O autarca lembra que a passagem destas áreas para o domínio municipal é reclamada "há muitos anos". Porém, ressalva, "tal não significa que haja imediatamente alterações no uso destes espaços".

Não são ainda conhecidos prazos, mas a autarquia já definiu os objectivos para cada uma das áreas. Em comunicado, adianta que vai manter o espaço verde envolvente à Torre de Belém, "potenciando a sua vocação para actividades de lazer ao ar livre e reforçando as ligações pedonais e visuais ao rio". Pretende também repensar a função da praça do Cais do Sodré, de modo a articulá-la com o rio, a parte alta da cidade, a Praça do Corpo Santo e a Ribeira das Naus.

Nesta última zona, para a qual a câmara aprovou já um projecto de requalificação, o objectivo é criar "uma grande área de fruição pública", fortalecendo a ligação à Praça do Comércio e ao Cais do Sodré e o "contacto directo com o rio pela população", através de novos espaços verdes. [...]»

2 comentários:

Jose S. Clara disse...

Então ainda não tinha sido?...
É a ansia de criar notícia. Primeiro, enorme espalhafato com a intenção, depois grandes notícias com acordo, agora novas notícias com formalização... E quando é que em termos práticos tomam conta da coisa?

Anónimo disse...

E pelos vistos não houve nunca acordo nenhum, pelo menos foi o que transpareceu das palavras de Sousa Tavares outro dia na conferência de imprensa a propósito da revogação da prorrogação do contrato dos contentores em Alcântara.