26/02/2010

Abata-se, que é velho! (4)


Rua José Estêvão, Nº 131

A P.B.A.- Gestão Imobiliária, Lda. acaba de apresentar à CML um pedido de construção nova para este lote (220/EDI/2010). Não sendo propriamente um prédio imponente nem de grande valor histórico e arquitectónico, apesar de ser um dos últimos resistentes dos ainda cobertos de azulejos (decoração tão típica de toda a zona da Estefânea), a verdade é que é um prédio bem mais bonitos que os dois monos que o ladeiam. Infelizmente, tem um logradouro apetecível. Infelizmente, vai haver ali mais outro mono a contribuir para tornar mais feia a praça do Jardim Constantino. É pena.


Foto: CML

5 comentários:

Xico disse...

Predios de azulejos são tão típicos da Estefania como são nos Anjos, Penha de França, Campolide, Rua Luciano Cordeiro, etc.

O revestimento a azulejos só tinha uma razão: o ser mais duradouro por não necessitar de pintura. Durante o Estado Novo até saiu legislação a proibir revestir fachadas a azulejos para dar emprego a operários de pintura.

Xico disse...

O "mono" do lado direito da foto é o típico edificio do Estado, dos anos 70. É um edificio projectado por um arquitecto.

Xico disse...

O edificio velho, de azulejos demonstra só pela foto da fachada que tem deficiencias estruturais na fachada, é um edificio do principio do seculo XX, e que sofre da falta de qualidade de construção dos edificios da época (paredes em tabique fino) que quando não reabilitados ao longo dos anos, fica ainda mais fragilizado. Este é daqueles edificios que se não for demolido, acaba por cair por ele. Dado o Estado de degradação da estrutura não é viável a sua recuperação, mais vale optar pela demolição.

Ninguem nos garante que o edificio que vai ser construido no lugar deste não vai ter uma estética bonita. Há arquitectos e arquitectos.

Bic Laranja disse...

O problema aqui é a descaracterização da cidade. O prédio é de época, o bairro é de época, mas a época agora é do pataco. Enquanto for permitido o aumento de volumetria da obra nova não há salvação para estas casas antigas. É uma pena. Algumas, detrás de fachadas assim algo banais, guardam frescos, estuques trabalhados e ferro forjado muito superiores ao alumínio e vidro dos monolitos que agora se constroem.
Cumpts.

Xico disse...

Todos os predios são duma época. Esses dois que ficam nas pontas tambem marcam uma época: os anos 70.

O predio de azulejo que está para ir abaixo enquanto era novo era considerado horrivel, o tipico predio de pato-bravo de Tomar.

Pode ser que daqui a 50 anos quando deitarem abaixo predios de 1970 muita gente se insurja contra, a dizer que é matar uma época, assim como já não há vestigios em Lisboa de edificios do ano 1147, excepto o castelo de S. Jorge e que já foi bastante alterado.