19/12/2009

Mais três funcionários da EMEL agredidos

In Público (19/12/2009)
Por Cláudia Bancaleiro e Luís Filipe Sebastião


«Trabalhadores da empresa municipal de estacionamento estão cansados de agressões verbais e físicas e reclamam mais segurança


Três trabalhadores da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) foram agredidos na madrugada de ontem quando estavam a desbloquear viaturas na zona de Campo de Ourique, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal. Os funcionários, em plenário, resolveram exigir à empresa e à Câmara de Lisboa medidas que garantam a sua segurança.

Os funcionários foram agredidos por indivíduos, não identificados, quando desbloqueavam viaturas durante o turno da noite. Depois de terem sido ameaçados com armas brancas, foram pontapeados e socados, necessitando de receber tratamento hospitalar.

Ana Pires, dirigente sindical, disse ao PÚBLICO que os três funcionários já tiveram alta hospitalar, mas ficaram "bastante feridos". A sindicalista lamenta mais um caso de agressão e a falta da actuação por parte da EMEL e da autarquia para prevenir o que diz ser "uma escalada de violência" contra os funcionários da empresa municipal. "Só quando um trabalhador aparecer morto é que se irá tratar deste assunto", notou.

Estas foram das agressões mais graves sofridas por empregados da EMEL, a par de uma funcionária que foi agredida a soco por um casal que viu a sua viatura bloqueada por se encontrar em transgressão às regras de trânsito. Ana Pires defende que os trabalhadores não deveriam actuar sozinhos como acontece actualmente, nomeadamente nos horários nocturnos, mas em equipa de dois, e com o acompanhamento de um elemento da Polícia Municipal, como acontecia no passado. Estas são algumas das propostas que fazem parte de uma resolução, aprovada num plenário realizado ontem à tarde, que será entregue à administração da empresa. No plenário, os trabalhadores debateram ainda outras questões laborais, como o acordo de empresa e os horários de trabalho.

Os trabalhadores da EMEL cumpriram uma greve no passado dia 25 de Novembro para exigir a manutenção das 30 horas semanais de trabalho no caso dos operacionais (fiscalização e parques de estacionamento) e a redução de 37 para 35 do número de horas cumpridas pelos administrativos. Reivindicações que os trabalhadores vão expor aos responsáveis municipais na sessão pública camarária marcada para 30 de Dezembro.»

3 comentários:

Julio Amorim disse...

Este país vai por um lindo caminho. Os Neandertal que se sentiram penalizados porque transgrediram as regras de trânsito, deviam levar a dobrar!
Ou seja: Gente desta devia ficar com a carta apreendida!

Anónimo disse...

Lisboa eh acima de tudo em problema de ordem publica!A maior parte dos problemas a este nivel advem da fraqueza da autoridade. Portugal passou de uma situacao autoritaria em que as pessoas tinham medo de transgredir, para uma situacao em que sao os agentes da ordem que tem medo e estao de maos atadas.

Anónimo disse...

Leiam isto sobre os funcionarios da emel: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=823701D5-50E3-483A-A327-EAE02FD71757&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&h=11

Só anjinhos.