28/10/2009

Conservação Portuguesa de Imóveis....

Av. da República
..
...quem é que necessita de guerras para destruir o património edificado ?

10 comentários:

Paulo Ferrero disse...

Este caso é tão mais escandaloso quando se sabe que o processo (que começou por ser um projecto que depois foi arquivado, e voltou com outra numeração, mas com o mesmo projecto que acabou por ser aprovado pela famigerada gestão de 2005),foi objecto de análise na sindicância, ficou comprovado (Jan. 2008) que violou o PDM (relatório disponível no site do Expresso). Contudo, 6 meses depois, a CML aprovaria o licenciamento de obras (com os votos contra de CPL e PCP). Isso mesmo se concluiu em nova avaliação, em Out. 2008. Daí o sr. Rui Ribeiro já o ter estropiado. Uma vergonha, este caso!!!

Ai - a - Tola disse...

Com esta intervenção cirurgica profunda este edifício, autrora com elementos decorativos profusos e charmosos, desenhado para satisfazer as exigências sociais de representação da época, vai ser dotado de bonito chão flutuante que parece madeira natural, paredes falsas em "pladur" e tectos falsos com focos de luz que gastam muito e duram pouco, música ambiente que nunca se usa, móveis de cozinha em MDF lacados mas ainda assim muito bonitos e modernos, janelas de vidro duplo em alumínio e todas as demais indispensáveis formas de garantir o conforto de uma moderna família,
No todo este edificío vai ficar muito melhor, não vai?! Não?! Não é essa a opinião do promotor e de quem aprovou o projecto na CML e eles nunca se enganam e querem o melhor para Lisboa.

Paulo Ferrero disse...

E este edifício estava:
1. Na Carta do Inventário Municipal.
2. Em boas condições físicas, apesar de quem o utilizou até ao seu fecho e venda (um determinado serviço público de um ministério) o ter abandalhado. Mas era perfeitamente possível a sua recuperação. Aliás como está escrito no relatório de Out. 2008.

Ai - a - Tola disse...

Tudo o que nos diz é revoltante mas a pergunta subsiste? Que consequências REAIS vão advir a quem assinou esta monstruosidade? E ao promotor? Que tal obrigá-lo a fazer uma reprodução do que foi destruído de forma a ressarcir a destruição de património. Se tiver que reconstruir ele e outros vão perceber que é mais barato renovar do que reconstruir!

Julio Amorim disse...

Uiui Ai-a-Tola...reconstruir coisas destas obriga-nos a ressuscitar muita gente, pois os profissionais dessa época...jogavam noutra divisão.

Ai - a - Tola disse...

A técnica existe e as pessoas para as executar também. Ainda não há muito tempo deparei-me com uma empresa que merece as nossas melhores referências já que restaura, executa e cria tectos em estuque decorativos. Podem encontrá-los em http://www.gessos-morais.com
Como esta ainda trabalham imensas empresas que teriam em Lisboa um mercado para mais do que sobreviverem, expandirem a sua actividade e conservar os ofícios dos nossos antepassados que hoje tanto admiramos.
Entalhadores, douradores, restauradores, carpinteiros artísticos, todos estes podiam estar cheios de trabalho numa cidade como Lisboa mas que vê o seu património substituido por lata, contraplacado e paredes falsas. O que há de verdadeiro nas construções modernas?

Anónimo disse...

Eu ia maism longe...fa~zer de novo á antiga! porque não? é mais caro?

Anónimo disse...

NAO PERCEBO QAUL É O PROBLEMA????

MANTIVERAM A FACHADA, SO ISSO É DE LOUVAR AOS CEUS!!

qaul é o problema dos interiores?? ninguem os ve da rua?

o que interessa sao as fachadas ou interiores com muito valor, que neste caso estavam completamente destruidos..

Secalhar preferiam que nada tivesse sido aprovado deixando o predio mais uns 10 anos ao abandono, altura em que, preservar a fachada era impossivel.

Fiquei espantado com todos estes comentarios, pois sempre que passava por este predio achava que estava a ser um belo exemplo de como recuperar um edificio.

Ai - a - Tola disse...

Caro Anónimo das 5:36,

caso o seu argumento seja que o património a salvar e proteger seja aquele que se vê, parabéns, pois é um verdadeiro fachadista. Mas não se sinta uma minoria pois não está, seguramente, sozinho neste país.

«Secalhar preferiam que nada tivesse sido aprovado deixando o predio mais uns 10 anos ao abandono, altura em que, preservar a fachada era impossivel.»
Eu se calhar preferia que se tivesse renovado todo o prédio, e em tempo oportuno. Não vejo utilidade na sua sugestão porque ela não passa pela cabeça de ninguém com responsabilidade neste forum.

Quer bons exemplos de recuperação? E em Lisboa? Bem sei que são raros mas existem. Tente ver o que foi feito no prédio da pastelaria "A Tentadora" em Campo de Ourique. Vê, lá, janelas de metal? E o seu interior não está intacto e renovado? Acha que tem menos conforto e segurança este prédio do que um novo?

Anónimo disse...

MAS NAO PERCEBE, SR. AI-A, QUE EM PORTUGAL É QUASE IMPOSSIVEL RESTAURAR AMBOS (O EXTERIOR E O INTERIOR) E RAPIDAMENTE??
já foi uma sorte nao terem deitado tudo a baixo, se tivessem feito com todos os predios da av. da republica o que fizeram com este, ela nao estava como está...