23/09/2009

A leve sustentabilidade de uma acção de Santana em Monsanto

In Público (23/9/2009)

«Aposta na racionalização de recursos e eficiência energética para tornar Lisboa mais competitiva

Pouco mais de centena e meia de pessoas responderam ontem à chamada de Pedro Santana Lopes para uma "apresentação informal" do Programa de Sustentabilidade e Competividade para a capital. O candidato da coligação Lisboa com Sentido pedalou para as câmaras, falou para um Anfiteatro Keil do Amaral quase vazio e lançou farpas aos promotores dos "girassóis fracassados e do berbigão no Cais do Sodré".

O convite aos lisboetas, por mail , apelava a "uma grande concentração". Uma mensagem de telemóvel, a arregimentar militantes para uma "mega-acção de campanha" de Santana Lopes, frisava: "O local tem 25.000 lugares, temos de esmagar". Fosse da hora (18h30) ou da dificuldade em chegar ao anfiteatro na Alameda Keil do Amaral (o trânsito subia lentamente a A5, em Dia Europeu sem Carros), o líder da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM acabou por reconhecer que foi "a iniciativa menos participada" das que tem promovido para tentar reconquistar a câmara à maioria liderada pelo socialista António Costa.

Santana Lopes começou com umas pedaladas de bicicleta. E, para contrariar a expressão popular de que "para baixo todos os santos ajudam", subiu e voltou a descer o curto trajecto que margina o anfiteatro. A arquitecta Lívia Tirone, apresentada como "futura vereadora da Sustentabilidade", enunciou os princípios para conciliar uma cidade mais competitiva com eficiência energética.

Santana falou da obra feita em Monsanto, condicionando a circulação automóvel e a prostituição, prometendo uma via para bicicletas, para tornar o parque mais aberto à cidade, a exemplo do que fez na Figueira da Foz, onde deixou "três quilómetros de ciclovia na marginal". Sem se esquecer de apregoar, repetidamente: "Faz ou não faz sentido?"»

4 comentários:

Anónimo disse...

Não estava muito gente, mas estava o suficiente para demonstrar que é uma zona sem transportes públicos e dificil acesso. não basta atravez de um corrida provar que ha transportes num eixo da cidade e o resto das propostas????

Nuno disse...

Ele que vá dizer aos habitantes de Estocolmo, Copenhaga, Paris, Barcelona, Lyon, Zurique, Brugge, Amsterdão, Munique, Berlim, Frankfurt, Tóquio, Quioto, etc, etc, etc que vejo a andar de bicla pela cidade no dia a dia, em compras, trabalho, lazer que a bicicleta é só para parques verdes.
Afinal quem é retrógrada??
O que vale é que, quem é de Lisboa, quer pessoas que governem para os Lisboetas, e não para quem vem todos os dias de forma poluente e egoista de carro, sem consideração para por quem aqui vive.

Anónimo disse...

Ainda hoje ao almoço comi bergigão do Cais-do-Sodré e só posso dizer que estava óptimo.

Anónimo disse...

Monsanto uma zona sem transportes públicos??
É conveniente informar-se antes de aqui vir escrever.