25/09/2009

Costa defende "grande projecto" de reabilitação urbana para Almirante Reis

In Lusa (24/9/2009)

«O cabeça-de-lista do PS à Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu hoje que a prioridade à reabilitação urbana deve alargar-se dos bairros históricos para zonas da cidade como o eixo da Almirante Reis, as Avenidas Novas e Alvalade.

"A reabilitação já não pode ser só nos bairros históricos. Hoje há um eixo absolutamente fundamental para a reabilitação, que é o eixo da Almirante Reis", afirmou António Costa.

Para o presidente da Câmara de Lisboa, que se recandidata ao cargo, "se há projecto que vale a pena lançar é um grande projecto de reabilitação da Almirante Reis".

Uma operação que, defendeu, deverá estender-se a zonas como Alvalade e as Avenidas Novas. "Temos que ser bastante ousados no alargamento das áreas de reabilitação
urbana", sustentou, durante um almoço promovido pela Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, num hotel de Lisboa.

O candidato socialista assumiu a prioridade à reabilitação urbana, patente tanto no seu programa eleitoral, que propõe a criação de uma bolsa de realojamento para operações de reabilitação, como nas medidas já tomadas pelo actual executivo, nomeadamente incentivos fiscais decorrentes da definição de áreas de reabilitação.

Helena Roseta, número dois na lista liderada por António Costa e responsável pela elaboração do Plano Local de Habitação (PLH), reiterou a necessidade de um programa especial de reabilitação urbana, com participação do Estado, conforme aconteceu com o Programa Especial de Realojamento, lançado em 1993 para a erradicação dos bairros de barracas. "Não vai ser só com o orçamento municipal e o investimento privado que resolvemos este problema, que não é só de Lisboa", afirmou.

"Há aqui uma prioridade nacional de fazer uma reabilitação urbana, que signifique uma oportunidade de investimento, emprego, melhor habitação e melhores cidades", sublinhou. Para travar o despovoamento de Lisboa, que perdeu 100 mil habitantes nos
últimos dez anos, António Costa voltou a defender a necessidade de suprimir o "deficit de equipamentos públicos de qualidade" da capital, nomeadamente nas
áreas da Saúde e Educação.

Nesse sentido, compromete-se com a criação de 76 creches, 36 novas salas de jardim-de-infância, a reabilitação de 80 escolas, uma rede de transportes escolares e construção de dez novos centros de saúde. A criação de estacionamento para moradores é outra das medidas que propõe, apontando para uma meta de cinco mil novos lugares durante o próximo mandato. ACL»

...

E como eu defendo isso. Só espero é que tal operação não copie o "modelo" de outro, por acaso seu oponente agora, que quando tomou posse em 2001 anunciou aos quatro ventos que especialistas da Univ. Indep. estavam a desenvolver um "mega-projecto" para essa zona e, depois, zero, nem sequer se sabia do paradeiro dos especialistas. Facto que comprovei pessoalmente ao telefonar para a tal "universidade". Passados todos estes anos, o "mega-projecto" resumiu-se à recuperação de alguns prédios do Intendente e ao "varrimento" do trottoir. Haja capacidade para fazer bem.

10 comentários:

Susana Neves disse...

O que neste momento se tornou preocupante e suspeita é a palavra "reabilitar" que em vez de ser sinónima de preservação traduz-se quase sempre por "modernização parola e oportunista"
Se o número de residentes em Lisboa diminuiu é porque os valores de arrendamento e compra de habitação são altíssimos.
Esperemos portanto, que a reabilitação seja ponderada ao pormenor e o investimento implique uma melhoria da qualidade de vida para todos.

Anónimo disse...

E que tal se nos deixássemos dos grandes projectos e por uns tempos nos preocupássemos apenas com a limpeza das ruas, a pintura das passadeiras e dos prédios, a colocação de semáforos nos cruzamentos mais perigosos, a penalização do estacionamento abusivo,a substiuição de lâmpadas, a poda das árvores, o tratamento dos jardins, as pequenas obras de conservação nas escolas, etc, etc...

Anónimo disse...

Curiosamente, estas promessas costumam passar pela cabeça dos competentíssimos autarcas em vésperas de eleições.

Abóbora.

Anónimo disse...

Bem merece esa avenida esquecida no tempo, e degradada!! ainda por cima bem no centro de lisboa, e que liga eixos fundamentais da cidade... enfim uma vergonha para a cidade... será desta!!??

Anónimo disse...

promessas....

Rodrigo disse...

o que eu proponho é mesmo deitar a baixo partes significativas da Almirantes Reis, nos Anjos, Intendente, Arroios e fazer habitação a custos controlados para jovens, é uma zona bem servida de transportes, já com infra-estruturas. Há zonas sem interesses arquitectónico nenhum.

Anónimo disse...

Isso, isso, destrua-se a cidade de uma vez por todas em vez de ser às pingas e de uma forma dissimulada.

Apostemos na parvalheira, nas esplanadas e parques de estacionamento, enchamos os jardins de casas, casotas e muito ruído.


Venha a construção civil com o seu mau gosto e os arquitectos e designers da moda sacar o seu.

Lisboa com a sua História para gente curiosa que vá abaixo, porque o gorgulho gosta mesmo é da confusão e da barriga cheia.

Rui Manuel

Anónimo disse...

Era dificil descer tão baixo...depois de condenar a estratégia de costa e salgado vem agora dizer que acredita? Em quê?
Mais do mesmo, não parece já chega de incompetencia.
As decisões socialistas quer a da presidência quer a do governa já prejudicaram demasiado a cidade de Lisboa.

Miguel Drummond de Castro disse...

As creches, carinhosa e cientificamente chamadas de infectários, preparam para a formatação precoce as gerações do Insecto Colectivo.

76 creches a mais numa cidade são mais umas centenas de crianças aitradas para as mãos das "educadoras de infância", geralmente as jovens mais parvas da sua geração. As sargentos do Insecto Colectivo. As Formatadoras da insectagem.

Anónimo disse...

Durante dois anos e meio COSTA só DESTRUIU, digam-me lá o que foi recuperado e restaurado.

Para Costa/Salgado reabilitar é destruir, especular, esbanjar dinheiro em propaganda, e encher os bolsos das grandes construtoras.