22/09/2009

Candidato do PSD discorda da opção do PS pelas "microintervenções"

In Diário de Notícias (22/9/2009)


«O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, demarcou-se ontem da campanha de "microintervenções" do seu adversário socialista, preferindo prometer "em escala maior" apesar de reconhecer que os eleitores estão "alérgicos" a campanhas.

O seu alvo é a "brutalidade" de eleitores - 30%, segundo o candidato - indecisos em Lisboa, a quem Santana Lopes não quer importunar com o "barulho" das comitivas em campanha, mas a quem promete em grande, anunciando projectos de alteração do trânsito na Praça de Espanha e de continuação da construção de túneis no eixo Fontes Pereira de Melo- -Saldanha-Avenida da República.

Santana Lopes apontou a "escala reduzida" das iniciativas e obras anunciadas pela campanha do PS - que se dedica a "miradouros, girassóis e quiosques" -, a quem criticou ainda a prevalência de "obras muito em cima de eleições". Num almoço com as câmaras de comércio da Alemanha, Grã-Bretanha, França e Holanda, Santana Lopes defendeu que Lisboa tem que competir "com Barcelona e com Madrid" no mapa das cidades europeias.

"Comigo, o aeroporto fica em Lisboa, dali não sai, nem que seja só para os voos de médio curso. Não podemos prescindir dessa enorme vantagem competitiva", declarou o candidato, comprometendo-se a afrontar o Executivo. "Um presidente de Câmara não pode entregar o território da sua cidade ao Governo", frisou.»

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«Brutalidade», como?

10 comentários:

Anónimo disse...

Micro-intervenções são brutais, colocar um elevador ou escadas rolantes para aceder ao Castelo de São Jorge é absolutamente estúpido, é de uma imbecilidade que não há descrição,(o uso dos adjectivos foi propositado).
A prazo esta intervenção mata o proprio centro historico. 1º porque o descaracteriza, ao rasgar com uma "modernice" e em 2º porque o centro histórico tem um elemento muito fragil a saber "as suas gentes", os seus habitantes que muitos vivem dos poucos euros que os turistas aí deixam matar, ou simplificar percursos pode destruir a fragilidade do centro historico. Em 3º lugar revela algum desconhecimento, será que a esquerda aposta na exaltação do patriotismo como no Estado Novo? Ao querer a todo o custo que os turistas vejam a obra do Cardeal Cerejeira e os seus preceitoados para a reconstrução do património, como o castelo de São Jorge.
O Castelo de São Jorge não tem qualquer interesse, e deixa a desejar em termos arquitectónicos, é apenas um lugar de vista larga e ampla, de onde se pode compreender a Cidade de Lisboa.
Quem vem a Lisboa, quer se perder pelas suas ruelas, simplificar estes percursos é matar a galinha dos ovos de ouro.
O nosso centro historico pode estar bastante degradado mas não sofreu a destruição de guerras mundiais como outras cidades.
Preservar e criar condiçoes para terem vida.

Rodrigo disse...

E pode continuar a perder-se por elas, mas eu como lisboeta, quero ir jantar a alfama e ao castelo e não quero nem levar o carro nem ir de táxi e não quero chegar ao jantar a trasnpirar, acho excelente a ideia dos elevadores e escadas rolantes. e em relação às micro-intervenções prefiro, pois quero ver os problemas do meu bairro resolvidos, a resolução do estacionamento e falta de árvores resolve-se mais com micro do que construir macro-estacionamentos caros, bastam pequenas alterações para resolver muitos problemas.

Anónimo disse...

Coitado do Rodrigo, vai mais cedo jantar, faz uma dieta, passeia pelo bairro.
Sempre fui jantar a Alfama, e nunca tive esses problemas.
Explico-te: Subi de electrico nº28 "very typical", e não me roubaram a carteira, desci para o restaurante. No final do jantar deci novamente, e em frente ao Museu do Fado apanhei um Taxi.
Simples! Bom jantar! Mas abre a pestana!

Henrique disse...

Posso ser censurado, mas tenho de dizer que este gajo, não desgruda. Tê-lo como hipótese de presidente de câmara é o pior dos pesadelos. As chamadas micro-intervenções só pecam por tardias e muito há a fazer, ainda. Mas não, este senhor quer deixar a cidade toda esburacada para sua excelência, o sr. Autumóvel. Tenho ido a Lille com regularidade e espanto-me como pode uma cidade ser tão cuidada e tão amiga dos peões e ciclistas (que são as duas espécies dominantes nessa cidade). Que calma, qque sossego, e ao mesmo tempo tanta gente na rua a comprar nos comércios tradicionais (chocolatarias, cervejarias, etc). Quanto ao aeroporto, cada vez tenho mais vergonha do que lá se encontra, o meu avião aguardou 10min. pela libertação da sua manga que estava ocupada, depois a manga avariou e "ajustaram" o avião à manga e depois das inomináveis escadas fixas para levantar bagagem, 20 min. à espera desta. Além do ruído, posso dizer que num ano de trabalho perto da zona de aproximação à pista, já assisti a 6 abortagens de aterrizagem, o que me deixa apreensivo. Não vejo que Paris sofra de falta de turistas por o aeroporto CH.De Gaule ficar bem longe do centro. Só que Paris é uma cidade turistica assumidamente

Rodrigo disse...

É sempre a mesma coisa, se alguém crítica, entram logo num tom jocoso, gostava de saber do Sr. Anónimo (trato-te assim porque não sei o teu nome) se quem mora nestas zonas não tem direito a deslocar-se facilmente.Sempre se pode esperar por um eléctrico, cheio de turistas, que passa de 20/20minutos, que muito raramente vai vazio, ou com lugares disponíveis.
A existência de meios mecânicos melhora as acessibilidades, promove mais habitação (torna-se mais fácil transporte mercadorias, carrinhos de bebés, etc.), ou será que os elevadores de Lisboa mataram a cidade do fim do século XIX/início do século XX.
O Barcelona também perde por ter meios mecânicos para o Montjuic…

Anónimo disse...

o Santana Lopes não se lembra é que as microintervenções é que tocam os moradores de Lisboa.

Os moradores de Lisboa nao usam os tuneis (Que começam na ponta da cidade) E que trazem mais carros para o centro(o que até os chateia ..). Essas "super obras" interessam apenas a quem mora na periferia e entra em LX de carro.. e esses não votam na CML.

quanto aos Elevadores serem demasiado modernos.. depende dos elevadores.. qual seria o modelo?
Se fizessem algo com o aspecto dos antigos elevadores de Lisboa(bica, gloria) era muito bom.

Unknown disse...

A única coisa que o Santana Lopes diz de jeito é mesmo sobre o Aeroporto que nunca deveria sair de Lisboa, de resto pode ir para longe que não deixa saudades

Anónimo disse...

bruto-bruto é o PSL!
a insistencia parola de um aeroporto pequeno (ou piqueno, como eles gostam de dizer) dentro da malha urbana mostra que não sabem minimamente que o aeroporto de lisboa terá que sair da cidade por razões de segurança geral e que terá que ser maior, mais complexo e diversificado para poder vingar em termos internacionais.
a alternativa é ser o maior aerodromo internacional.
nuno c.

Anónimo disse...

O SANTANA GOSTA DE TUDO EM GRANDE!

nao olha a gastos, a meios e não quer saber que impacto têm as suas obras megalómanas.

O Santana está armado em Pedro, o Grande.

ATÉ QUANDO ACEITAMOS UM HOMEM QUE SE ARMA EM REI DAS ARÁBIAS E SÓ SE SATISFAZ COM OBRAS GIGANTES E COM MAIS ENDIVIDAMENTOS QUASE IMPOSSIVEIS DE RESOLVER?

Anónimo disse...

realmente tambem acho que a unica coisa que ele diz de jeito é sobre o aeroporto.
mas tambem só o diz porque é o que as pessoas querem ouvir.
assim que estivesse na CML (Que esperamos que nao esteja..) e começasse a ver o €€€ dos construtores mudava logo de opinião.