30/09/2009

Acerca de uma notícia do Público (22/9/2009) ...




E das declarações oficiais da CML em como pretende construir parques de estacionamento no Coleginho, junto à Rua Costa do Castelo e na Rua dos Lagares (imagens), ou seja, precisamente na zona histórica da Mouraria que ainda mantem alguns logradouros intactos, há que tornar bem claro que tais parques terão a nossa frontal oposição.

Achamos que é tempo dos responsáveis camarários perceberem, de uma vez por todas que não é possível criar um lugar de estacionamneto para cada residente. Muito menos nos bairros históricos! Por favor, actualizem-se!!

Apresentação do Projecto de revitalização da Estufa Fria

Foi apresentado, no dia 23 de Setembro, em reunião do executivo camarário, o projecto de revitalização da Estufa Fria, encerrada desde o início de Maio, por ter sido identificado o risco de colapso técnico.

Assim, e no seguimento de um estudo elaborado em conjunto com os técnicos do Departamento de Ambiente e Espaços Verdes da CML, constatou-se ser necessário haver intervenções com diferentes graus de urgência:

Foi apresentado, no dia 23 de Setembro, em reunião do executivo camarário, o projecto de revitalização da Estufa Fria, encerrada desde o início de Maio, por ter sido identificado o risco de colapso técnico.

Assim, e no seguimento de um estudo elaborado em conjunto com os técnicos do Departamento de Ambiente e Espaços Verdes da CML, constatou-se ser necessário haver intervenções com diferentes graus de urgência:

- Construção de uma nova estrutura na Estufa Fria;
- Reparação profunda na Estufa Doce;
- Reabilitação da estrutura existente na Estufa Quente;
- Reabilitação de patologias detectadas na Nave Central da Estufa e adjacentes.

Com estas intervenções, a Câmara Municipal de Lisboa pretende devolver este espaço emblemático à Cidade de Lisboa, dotando-o de uma melhor acessibilidade, com a criação de novos equipamentos, introdução de novas funcionalidades, criação de redes estruturadas com pontos de acesso wireless e equipamentos interactivos, levando à modernização de todo o espaço.

Revitalização da Estufa Fria

Projecto - Complexo da Estufa Fria

In cm-lisboa.pt

Chapadas-metalizadas-plastificadas (4)

(clique para ampliar)
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São muito parecidas....não são?

Discuta-se os peões II

Acabar com o estacionamento ilegal nos passeios parece ser consensual, mas o que acontece quando não existe passeio? E não estou a falar de uma zona industrial ou uma rua estreita. A Avenida Fontes Pereira de Melo, uma das avenidas mais centrais e mais movimentadas da cidade, não tem passeio ao longo de toda a avenida.
Ḿais uma situação que leva a peões a colocar-se numa situação perigosa caminhando na rua.
Sabemos o que todas as candidaturas pensam sobre a mobilidade automóvel, mas o que pensam da inexistência de passeios ou existência de nano-passeios em zonas centrais?

Assembleia Municipal de Lisboa viabilizou empréstimo que tinha objecções do TC

Por José António Cerejo, Público (30/9/2009)

Para evitar risco de chumbo que o Tribunal de Contas deixara antever, parte da oposição mudou o sentido de voto. Câmara vai poder pagar a alguns credores

A bem dizer, o PSD, o PCP e os Verdes não mudaram de posição. Em Julho abstiveram-se na votação de uma proposta que autorizava a câmara a contrair um empréstimo de cerca de 130 milhões de euros, para pagar a fornecedores, mas o seu objectivo declarado era o de viabilizar a operação. A convicção de todos, incluindo a da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (PSD), era a de que bastaria uma maioria simples para que a proposta fosse avante e o Tribunal de Contas (TC) desse o visto prévio aos contratos com a banca.

Afinal, tudo se complicou e o TC não aceitou a tese de que se tratava de um empréstimo especial - porque enquadrado no Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado -, cuja aprovação pela assembleia, apesar de ter efeitos em mais de um mandato, dispensava a maioria absoluta.

Já este mês, o vereador das Finanças não teve outra alternativa para evitar o chumbo do TC que não fosse fazer aprovar pelo executivo e remeter à assembleia uma outra proposta semelhante à primeira, da qual expurgou o objectivo de pagar algumas dívidas a entidades públicas que o TC também já considerara violador da lei.

Levada ontem à derradeira reunião da assembleia, a proposta acabou por ser aprovada por todas os partidos, com excepção do PP, que manteve o seu voto contra. "O PSD vai alterar o seu sentido de voto apenas pelo respeito que lhe merecem os fornecedores/credores da Câmara de Lisboa", tal como já fez há alguns meses atrás, justificou Saldanha Serra, líder da bancada social-democrata.

português em concurso internacional

O Museu Guggenheim de Nova Iorque está a preceder a um concurso internacional de Design a que chama COMPETIÇÃO DE ABRIGOS ("Shelter Competition"). Os concorrentes têm de enviar o projecto 3D de um abrigo de acordo com as regras do concurso. Foram admitidos cerca de 600 projectos de 68 países.

Dos 600 projectos foram seleccionados 10 finalistas, entre os quais está o projecto do arquitecto português David Mares. É neste projecto que entra a cortiça, aliás a cortiça é mesmo o elemento do qual é feito o abrigo.

O "CBS - CORK BLOCK SHELTER " é um abrigo construído na versátil cortiça. Mas como se não bastasse a já honrosa posição de pertencer ao TOP 10 deste concurso neste momento o abrigo de cortiça está em 2º lugar na votação do público. Pf acedam ao site do concurso e votem "CBS - CORK BLOCK SHELTER " -

http://www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter/vote-for-shelters!

ou

http://www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter/view-shelters/project/517

se o link não funcionar automaticamente vão a http://www.guggenheim.org/new-york/education e depois façam pesquisa por cork

a votação decorre até às 23:00h de 10 de Outubro de 2009
Além do prémio do público, este concurso contempla também um prémio atribuído por um Júri, que será divulgado na Guggenheim Museum's 50th Anniversary Celebration


Nuno Caiado

29/09/2009

Terreiro do Paço renovado na Páscoa

A requalificação do Terreiro do Paço, em Lisboa, ficará concluída até à Páscoa. O "timing" não é religioso, mas turístico. António Costa confessou que quer rentabilizar a Semana Santa e deixar os espanhóis "boquiabertos".

Agora que a megaempreitada de saneamento terminou na Praça do Comércio, as atenções voltam-se para a requalificação de todo o espaço. É preciso, por exemplo, alargar passeios, pintar fachadas e libertar os pisos térreos para o comércio e hotelaria.

O presidente da Câmara de Lisboa desafiou a Frente Tejo a imprimir um ritmo mais acelerado para que tudo esteja pronto até à Páscoa. "Nesta altura, a cidade recebe muitos visitantes, sobretudo espanhóis. Queremos recebê-los com todo o esplendor", disse ontem António Costa na cerimónia que assinalou o fim das obras de saneamento e que contou com a presença dos ministros do Ambiente e da Presidência.

O projecto que vingou após o período de discussão, prevê que a transição da placa central para o Cais das Colunas se faça com dois degraus, uma plataforma e outros dois degraus, em vez do anterior desnível de cinco degraus.

A "passadeira" que marcava o percurso da Rua Augusta até ao Cais das Colunas, foi esbatida, fazendo-se agora ao mesmo nível, em lioz. Na placa central, não haverá losango verde nem degraus em redor da estátua de D. José I, mas um círculo de pedra, num tom suave, com cerca de 30 centímetros de altura.

António Costa e a Sociedade Frente Tejo aproveitaram ainda a cerimónia de ontem para apresentar publicamente a maqueta do futuro parque urbano da Ribeira das Naus, junto aos edifícios da Marinha. Um parque que será complementar ao novo Terreiro do Paço, definido como um espaço acolhedor, com sombras e onde houve a preocupação cultural de "desenterrar património".

Biencard Cruz, presidente da Frente Tejo, revelou que será desenterrado o antigo cais da Caldeirinha. A doca seca também ficará à mostra, o mesmo acontecendo com as fundações do Palácio Corte Real (que ruiu no terramoto), que tomam a forma de uma estação arqueológica acessível ao público.

Segundo o desenho ontem apresentado, serão ainda recriadas as antigas rampas de lançamento dos barcos (vão ter relva para servir de espaço de lazer) e uma praia urbana a lembrar a que existiu antes de 1755, com uma escadaria para permitir que os lisboetas possam molhar os pés no rio Tejo.

Falta agora acertar um perímetro de protecção ao edificado da Marinha, que ficará inacessível para o público, e concluir o projecto para que a obra esteja pronta em 2011. O estudo prévio tem tido "uma boa aceitação geral" e a Câmara já deu parecer favorável.

In JN

à CML


rua tomás ribeiro:

há vários meses que foi aberto este buraco inóspito por uma empresa de gás, com um mau aspecto que é evidente.

como se pode permitir que depois de aberto fique neste estado durante meses, sem ser mexido, acumulando lixo e dando um ar terceiro mundista à pobre Lisboa?
de resto, não é filho único! na fontes pereira de melo existem vários outros desde há cerca de tres meses, nas faixa de rodagem da direita descente.

nada pode justificar buracos enormes abertos durante três meses, prejudicando pessoas nos passeios e trânsito automovel

uma cidade interessante e competitiva não o faz.
lisboa faz, repetidamente
PRECISA-SE DE CAPACIDADE PARA GERIR O QUOTIDIANO DE LISBOA!!!


Nuno Caiado

Nuno Caiado

Campanha II

Começa hoje a campanha eleitoral, razão pela qual, sendo eu candidato à Assembleia de Freguesia de Santa Maria dos Olivais pelo Partido Socialista, não postarei nada que possa estar relacionado com o processo eleitoral.
Ressalvam-se "clips" de imprensa que possam ter interesse a título meramente informativo e que, repito, nada tenham que ver com o processo eleitoral.

Plano Municipal de Acessibilidade de Lisboa

No passado dia 18, o Fórum Cidadania Lx esteve representado na Sessão de Auscultação para o Plano Municipal de Acessibilidade de Lisboa. Entre outros aspectos, defendemos a primazia da mobilidade pedonal ainda que, obviamente, em articulação com os outros meios de mobilidade, como os transportes públicos e meios particulares como as bicicletas, motociclos e automóveis.
Um dos aspectos levantados pelo Fórum foi a dificuldade de os peões conseguirem fazer trajectos curtos entre dois pontos por si escolhidos na cidade por serem o "elo mais fraco" na relação entre os vários "actores" da mobilidade na cidade, sendo exemplo desta situação as passagens superiores sobre as ruas e avenidas da cidade, que obrigam os peões a percorrer uma distância muito superior à da largura da estrada.
Outro aspecto referido foi o da escassez de sinalização orientadora para peões, uma vez que a quase totalidade das placas informativas existentes na cidade são destinadas aos automobilistas, sendo que os percursos a realizar por um automóvel e por um peão para chegar a determinado local não são necessariamente idênticos.
Por fim, também o mau estado de conservação das calçadas e passeios e sua ocupação por mupis, sinais de trânsito (ou só os respectivos postes), etc., foi indicado como factor redutor de mobilidade, designadamente para os cidadãos com mobilidade reduzida.

Discuta-se os peões I

Grande parte de Lisboa é isto. Quando as ruas são estreitas, elas são sempre feitas a pensar no automóvel. Além de uma faixa com alguma largura (a velocidade praticada mostra que ela é larga) existe ainda uma faixa para estacionamento enquanto o passeio é pequeno e está em mau estado (ao contrário do alcatrão). Isto acontece mesmo quando há parques de estacionamento nas imediações. O peão é menosprezado mesmo apesar de necessitar de muito menos espaço para se deslocar à vontade.
Como acontece em todas estas ruas, os peões caminham no alcatrão, pondo a vida em perigo.
O que acham as candidaturas sobre a dicotomia espaço para estacionamento vs. espaço para passeio?
(posta ligeiramente alterada)

28/09/2009

Tutti colori

Um prédio na Avenida de Roma recentemente renovado teve agora - meses depois da renovação - um toque final:
Ele é estores e caixilhos verde escuro, verde claro e cor de vinho. Falta a marquise.

Os peões vão ser discutidos... à força


Como o debate eleitoral nunca passa pela mobilidade pedonal, alguns lisboetas por detrás do Passeio Livre vão "forçar" as candidaturas a debate-la. Apesar de partir do Passeio Livre, o estacionamento ilegal será apenas um dos tópicos do debate.
Acontece já esta quarta-feira dia 30, no cinema São Jorge das 18h às 21h.


Os convidados são:
Nunes da Silva, professor catedrático do IST, especialista em mobilidade e que ocupa o 8º lugar à Câmara na candidatura "Unir Lisboa / PS"
António Carlos Monteiro, Deputado à AR pelo CDS-PP no distrito de Lisboa, foi Presidente da EMEL entre 2002 e 2005 e foi ainda Vereador da CML com o pelouro do Transito e do Espaço Público. Ocupa o 4º lugar na candidatura à Câmara pela lista "Lisboa com Sentido"
Carlos Moura, Engenheiro do Ambiente, Ex-Dirigente da Quercus e 4º candidato à Câmara pelas listas da CDU
Heitor de Sousa, Economista na Carris, Deputado Municipal em Lisboa e recém eleito Deputado à AR pelo BE no distrito de Leiria. É o nº2 à lista da Assembleia Municipal pelo BE
A moderação do debate estará a cargo do jornalista José Vitor Malheiros

Uma Lisboa assim....

Madeira, vidro, massa de vidraceiro e tinta de óleo....

De boas intenções...

Está o mundo da publicidade cheio!
Mas bom gosto e bom senso... nem vê-los!
A legenda podia ser:
Era para ser uma cirurgia, mas acabou por ser uma autópsia...

TGV, aeroporto e portagens nas SCUT nas mãos do Governo

Por: Lusa
A rede de alta velocidade ferroviária, o lançamento do concurso para o novo aeroporto, a cobrança de portagens nas SCUT e a introdução de 'chips' nas matrículas nos automóveis são alguns dos projectos que serão decididos pelo novo Governo.

O tema da alta velocidade ferroviária (TGV) marcou o arranque da campanha para as eleições legislativas e acentuou a diferenças entre PS e PSD em matéria de investimentos públicos.

A líder do PSD garantiu que suspenderia a construção da rede de alta velocidade se vencesse as eleições, argumentando que Espanha é que tem interesse no projecto, o que levou o PS a acusar Manuela Ferreira Leite de "isolacionismo".

Mas será o novo Executivo a tomar as próximas decisões sobre o projecto português de alta velocidade ferroviária, avaliado em 8,9 mil milhões de euros.

Dos seis concursos previstos (cinco para a construção e manutenção da infra-estrutura e um para os sistemas se sinalização e telecomunicações), dois já foram lançados, mas a assinatura dos contratos de concessão só acontecerá nesta legislatura.

O lançamento dos restantes três concursos, dois para a linha Lisboa-Porto e um para o sistema de sinalização e telecomunicações, terá de ser decidido pelo novo Executivo.

Será também o novo Governo a decidir a data de lançamento do concurso para a construção e exploração do novo aeroporto, com um investimento previsto de 4,9 mil milhões de euros e actualmente em fase de estudo de impacto ambiental.

Ao concurso para o novo aeroporto, que será construído na zona do Campo de Tiro de Alcochete, o anterior Governo associou a privatização da ANA, empresa gestora dos aeroportos nacionais.

Mas para que esta operação avance, será necessário definir o perímetro de privatização e a percentagem de capital da gestora dos aeroportos nacionais que será entregue a privados, o que ainda não aconteceu.

O novo Executivo terá também de tomar decisões ao nível das concessões rodoviárias, outro dos temas que marcou a campanha eleitoral.

À concessão Auto-Estradas do Centro, para a qual a Estradas de Portugal (EP) vai abrir um novo concurso, juntam-se as concessões Alto Alentejo (que nunca foi lançada) e a concessão do Pinha Interior (em fase de apreciação das propostas finais).

Além destas três concessões, o anterior Governo mandatou a EP a lançar quatro novas concessões rodoviárias - Serra da Estrela, Vouga, Tejo Internacional e Ribatejo -, em regime de parceria público privada (PPP), até ao final do primeiro semestre de 2010.

A introdução de portagens em três (Costa da Prata, Grande Porto e Norte Litoral) das sete auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), uma medida anunciada em 2006 e que gerou várias iniciativas de contestação popular, transitará também para o novo Executivo.

As dificuldades na construção de praças de portagem levaram à opção pela instalação do Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM), vulgarmente designado por "chip", destinado à cobrança de portagens nas SCUT e nas novas concessões rodoviárias.

No entanto, a portaria que estabelece a data para a instalação dos "chips", bem como as suas especificidades técnicas, ainda não foi publicada.

Então e.... os peões?

Nesta campanha eleitoral já ouvimos dezenas de propostas sobre a mobilidade automóvel. Um túnel aqui e outro acolá. Mais ou menos estacionamento, mais ou menos caro e para quem. Como resolver a circulação entre o ponto X e Y.
E os peões cuja mobilidade é muito mais fácil de gerir, que são quem dá alegria, vida e segurança à cidade? Por que não se discute? Descontando a resolução do problema do estacionamento ilegal, que não chega a ser uma ideia eleitoral já que se trata apenas de assegurar ao peão aquilo a que ele já deveria ter direito, não há nada. Marquês de Pombal, Largo do Rato, etc. são autênticas barreiras para peões, bem mais graves do que todos os problemas da mobilidade automóvel, mas estão ausentes. O que pensam as candidaturas?
Ainda têm duas semanas.

Lisboa: TERCEIRA TRAVESSIA DO TEJO


Comissão Europeia quer arquivar queixa da Quercus porque tem dúvidas se TGV avança
Em sequência de uma queixa apresentada pela Quercus relativamente à componente rodoviária da terceira travessia do Tejo, integrada na linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, fomos informados pela Comissão Europeia de que o processo será arquivado por existirem dúvidas sobre se o TGV irá ou não avançar em Portugal.
Os serviços da Comissão Europeia afirmam que a “incerteza actual quanto à concretização da parte portuguesa da linha de comboio de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, projecto ao qual a construção da ponte em causa está intimamente ligada”, foi motivo para a decisão de arquivar o processo. Os serviços da Comissão Europeia acrescentam mesmo que é sua “intenção relançar a investigação sobre este projecto se, e quando, houver certezas quanto à sua concretização.”
A Quercus estranha estes argumentos já que não é de conhecimento público nenhuma decisão contrária à construção da parte portuguesa da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, continuando a decorrer processos de consulta pública relativos a alguns dos seus troços. A única explicação para esta posição da Comissão Europeia são as incertezas quanto aos resultados das Eleições Legislativas e quanto às opções que um novo Governo possa tomar em relação à continuação ou não do projecto de alta velocidade em Portugal.
À Quercus parece, no entanto, pouco ortodoxo, que a Comissão Europeia faça depender as suas decisões de possibilidades decorrentes do debate eleitoral que neste momento se vive no País ou então tem efectivamente conhecimento oficial da eventualidade da paragem do projecto, podendo assim usar esta argumentação para justificar um arquivamento, aparentemente temporário, da queixa da Quercus.
A Quercus recorda que na base da queixa apresentada por esta Associação em Abril último está a inclusão de uma componente rodoviária na terceira travessia do Tejo, integrada na linha TGV Lisboa-Madrid, que irá trazer mais carros para Lisboa, agravando os seus problemas de poluição e congestionamento, para além de não terem sido seguidos todos os procedimentos de avaliação de impacte ambiental legalmente exigidos.
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Lisboa, 23 de Setembro de 2009
A Direcção Nacional daQuercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

Estado de conservação da Sé de Lisboa é de alerta público

In Público (29/9/2009)

O director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), Elísio Summavielle, afirmou que "o estado global da Sé de Lisboa é de alerta público", mas acrescentou que está em curso um plano de recuperação. "Não só o órgão que é importante, mas talvez mais grave é situação do claustro há quase 20 anos, e o estado de abandono a que esteve votado aquele monumento nas últimas duas décadas", disse Summavielle.

O director do Igespar, questionado pela Lusa sobre a situação do órgão daquele templo, que o director do Festival de Órgão Internacional de Lisboa, João Vaz, disse estar a tornar-se "impraticável", afirmou que "se procura financiamento". "A recuperação do órgão da Sé poderá ser feita independentemente do resto dos trabalhos, mas é preciso encontrar financiamento para isso", afirmou Elísio Summavielle.

Relativamente à recuperação da Sé de Lisboa, o director afirmou que "já se está a trabalhar nisso no âmbito da Rota das Catedrais" e "haverá novidades ainda este ano". Summavielle afirmou que foi constituída uma comissão autónoma que integra técnicos do Igespar, do Ministério da Cultura e da Conferência Episcopal Portuguesa, "que está a trabalhar, e haverá novidades antes do final do ano".

"Há um plano de intervenção faseado para recuperar integralmente a Sé de Lisboa, valorizar o claustro, as capelas adjacentes e os vestígios arqueológicos da campanha que aconteceu em finais da década de 1980", adiantou.

"Há que consolidar a igreja, o torreão Sul e também o património integrado onde se inclui o órgão", acrescentou. Adiantando que os órgãos "são património integrado, pois fazem parte da arquitectura do imóvel, e já no passado o Estado assumiu o seu restauro com a concordância da Igreja".

Summavielle afirmou que "o Estado tem um cadastro dos órgãos, pois há um inventário do património e na parte das igrejas está lá também o património integrado". "Temos uma relação dos órgãos das igrejas", enfatizou, mas não enjeitou a possibilidade de algum não estar inventariado.

E explicou que "não está nas atribuições do Igespar, mas seria importante fazer esse inventário dos órgãos antigos". O responsável referiu que o Igespar "veria com bons olhos e daria apoio a um projecto delineado de uma entidade, equipa ou investigador".

A Sé de Lisboa foi mandada erigir por D. Afonso Henriques em 1150, três anos após a conquista da cidade, mas sob alicerces existentes de uma mesquita como revelaram as escavações da década de 1980.

Devemos temer que o súbito ímpeto reformista de Elísio Summavielle para a Sé de Lisboa inclua "ideias modernas" como a de incluir arte contemporânea no Museu do Côa?

Campanha

Hoje começa a campanha eleitoral. Todos os membros do Fórum Cidadania Lx têm, como é óbvio, as suas preferências, e há quem se candidate a vários órgãos da CML, da AML e das Assembleias de Freguesia pelos mais variados partidos e listas independentes (como é o caso da muito especial lista C.S.I. (Compromisso Santa Isabel) e isso acho que é excelente.

Mas há um senão óbvio: durante a campanha há que ter especial atenção àquilo que se posta e comenta diariamente. Pela minha parte, enquando candidato à AML, independente CPL nas listas Unir Lisboa, não colocarei quaisquer posts e só mesmo em casos excepcionais os comentarei. Já a moderação de comentários, essa será feita normalmente.

27/09/2009

Camiões com filtros reduzem poluição do ar

Já foram divulgados os resultados dos testes com filtros de partículas, mencionados neste blogue. E tenho a dizer que foram mesmo muito bons.

"Lisboa e Porto estão mais perto de iniciar a redução da emissão de partículas poluentes dos veículos pesados. Os testes aos filtros de partículas que decorreram nos últimos meses demonstraram a sua eficácia.

É impossível quantificar aquilo que vai ser reduzido em termos de partículas poluentes do ar, dizem os especialistas. Porém, a notícia de que, com filtros especiais, a sua emissão é reduzida quase a cem por cento, sem grande impacto na potência dos motores e nos custos de combustível, deixou os representantes das transportadoras satisfeitos.

Na apresentação dos resultados dos testes aos filtros de partículas em veículos pesados que circulam nas regiões de Lisboa e do Porto, que decorreu ontem nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), Pedro Gomes, da Universidade Nova destacou a "diminuição significativa" dos valores da opacidade após as medições com os filtros instalados nos veículos".

Através da medição da opacidade (nível de poeiras poluentes) ficou claro, segundo o especialista, que houve reduções de 90%, 95% e até 100% das emissões.

Valores importantes tendo em conta que as partículas inaláveis são poderosos poluentes atmosféricos com efeitos provados na saúde humana (asma, bronquites, cancro, etc).

No showcase apresentaram-se três fabricantes - Pirelli, Camprovis (portuguesa) e Dinex. Estes fabricantes demonstraram o tipo de filtros indicados para cada tipo de veículo pesado.

Apesar de terem sido registadas perdas de potência em algumas viaturas (por exemplo, em operações de grua numa das viaturas de limpeza urbana da CML), esse facto não se confirmou em todas.

Também se registaram situações de aumento do consumo de combustível. Porém, disse Pedro Gomes, "outros factores parecem ter sido decisivos para esse desfecho: diferentes condutores, diferentes percursos, diferentes níveis de carga ou serviço", o que tornou difícil fazer comparações.

Os custos de instalação envolvidos na aquisição dos filtros para todos os casos testados é de cerca de 5 mil euros por filtro, podendo haver mais custos envolvidos no caso de ser necessário um aditivo (casos dos filtros Pirelli e Camprovis).

Segundo foi defendido ontem, o Estado deverá constituir-se parceiro não só estabelecendo regras de funcionamento do sistema de filtros, como apoiando a sua instalação nos veículos pesados.

Uma das propostas foi a criação de benefícios fiscais. Outra, a introdução das zonas de emissões reduzidas (ZER) e de regimes de portagens em função do desempenho ambiental das viaturas.

Os filtros serão obrigatórios por directiva europeia, no âmbito de um plano que inclui medidas destinadas a reduzir as emissões de partículas em suspensão"


Fonte: Jornal de Notícias

Lixo atirado do Parque Mayer para o Jardim Botânico



Fotos: SN © 2009 (clicar nas imagens para ampliar)


A nova plateia do Parque Mayer está praticamente colada ao muro do Jardim Botânico e como seria de esperar agora existe um lastro de lixo nos limites do Jardim.

A civilizada audiência das últimas filas da bancada não só deixa lixo nos assentos como o atira para dentro do Jardim Botânico e pela colocação de algumas garrafas dá a impressão que também o invade.

Afinal é permitido beber durante os espectáculos?

Como é fácil de concluir a vizinhança do Jardim Botânico devia ser outra; e a ser esta como é possível construir uma bancada mesmo junto ao muro?

SN

Ex. (péssimos) de espaço público (6)


Onde (Largo de São Nicolau/Corpus Christi) antes (há poucos dias) estava assim (e aquele quiosque rafeiro de gelados já conspurcava, mas enfim...), agora está assado. Reza assim o e-mail chegado ontem:







«Caro Paulo
Como sabe sou morador da Rua dos Fanqueiros ...
Precisamente no culminar da Rua de S.Nicolau, onde a rua termina "abrindo" um pouco para proporcionar a revelação da fachada lateral do Corpus Christi, encontramos esta situação inqualificável...
Depois da instalação de uma "barraca" de plástico de venda de gelados, alguém "com grande sensibilidade" decidiu a instalação desta construção, cuja função desconheço, mas que parece destinar-se a monitorizar a qualidade do ar.
Repare-se na confusão que reina no local, com a pequena árvore, suplicando espaço, o mupi, e ainda a qualidade dos "acabamentos" no que respeita à calçada à volta do dito objecto branco.
Palavras para quê? É um artista português!
Abraços
ASRC (fotos em anexo)»

...

Acresce que outro amigo, também morador no local, VB, referiu que contactou quem montou aquele estaminé, e que lhe disse ser ele da responsabilidade da CML. Trata-se de equipamento de medição da poluição. Dantes tinham umas unidades móveis, que até costumavam estar nas imediações da Praça da Figueira. Agora, por sinal, cansaram-se de ser móveis e tornaram-se fixos. Não há ninguém que lhes dê um "encosta para lá"?

Bom, bem vistas as coisas, acho que só vai ter autoridade quem, finalmente, abrir um hotel naquele quarteirão que inclui a igreja do antigo convento, que foi recentemente vendida a uma seguradora...

LISBOA, DIA DE ELEIÇÕES

Rua de Arroios
Praça de D. Luís I
Avenida Duque de Loulé
Rua Aquiles Monteverde
Rua Luciano Cordeiro

26/09/2009

POSTAIS DA BAIXA: quiosque no Cais do Sodré



Mais alguma coisa para instalar no passeio? Ainda lá cabe um carro (dos pequenos), uma barraca de gelados, um mupi da Jcdecaux e um cartaz de propaganda. Sugestões? Isto é que é espaço público com qualidade de vida!

Recolha de lixo e de bens recicláveis

A recolha de lixo e materiais recicláveis em Lisboa, desde há cerca de um ano, deixou de ser feita nos moldes habituais. Antigamente, o lixo doméstico era recolhido todos os dias excepto aos Domingos, agora passou a ser recolhido apenas três vezes por semana (como nas aldeias de província há uns anos). Os restantes dias são ocupados pela recolha de papel e de plásticos.
A recente polémica da Sociedade Ponto Verde e a sua aparente insustentabilidade económica sem subsídios públicos levou-me a questionar:
  1. Uma vez que a recolha de lixo doméstico foi cortada em metade dos dias, será que, como munícipe, verei a taxa que pago para esse serviço reduzida a metade?
  2. Uma vez que selecciono o papel e as embalagens, e ofereço esta matéria prima para reciclagem, será que o valor que o município ganha na respectiva revenda se repercutirá nas taxas municipais que pago?

25/09/2009

"Cassiano Branco uma Obra para o Futuro", da autoria da Câmara Municipal de Lisboa – Pelouro da Cultura, Dezembro de 1991.




Avenida Santos Dumont, 76 (Cassiano Branco, 1934)
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Será mesmo para o futuro....C.M.L. ?

Nem deu tempo à relva para crescer!


Av. das Descobertas

Praça do Comércio: o que se prometeu em Novembro de 2007


A propósito da trapalhada do projecto da Frente Tejo & Governo para a Praça do Comércio, vale a pena reler este artigo que saiu no Público/P2 no dia 6 de Novembro de 2007 e ver o que foi prometido e discutido já naquela altura:

Fechado ao trânsito e com animação, o Terreiro do Paço "é das pessoas" ao domingo, diz a Câmara de Lisboa. As actividades são todas temporárias - este domingo vai haver um megamagusto de São Martinho com "o maior assador de castanhas do mundo" -, e a ideia é lançar o debate sobre o futuro da praça. Com carros, sem carros, com árvores, sem árvores, com barraquinhas, sem barraquinhas? O P2 ouviu arquitectos e a vereadora da Cultura

A florista acha que vendia mais no Cais do Sodré. Os vendedores de artesanato urbano estão dispostos a esperar para ver. Os curiosos passeiam-se por ali, espreitam os espectáculos. Há quem se queixe da falta de cafés. Há quem comente "isto com árvores é que era fixe".

A discussão sobre o que fazer no Terreiro do Paço está instalada - pelo menos entre os que por ali passam aos domingos desde que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu que nesses dias a praça é fechada ao trânsito e "devolvida às pessoas".

Para já, e durante um ano, há animação - grupos a tocar, jogos tradicionais, feira do livro, uma carruagem com cavalo para dar a volta à praça, espectáculos e exposições no claustro do Ministério das Finanças, filmes (no redescoberto Páteo da Galé, por baixo das arcadas) para ver como era dantes aquela que muitos consideram a mais bela praça de Portugal e até da Europa.

A esplanada - a única que existe - com café e um euro e vinte está cheia. Não há carros a passar, mas há várias carrinhas de apoio estacionadas no meio da praça, que durante anos foi um parque de estacionamento, depois um estaleiro de obras e que, mesmo depois de se ter libertado de tudo isso, parece ter continuado esquecida pelos lisboetas. Discuta-se, então, o futuro.

As árvores, por exemplo. Pode-se começar por aí. Walter Rossa, investigador da história da arquitectura, urbanismo e património e autor de, entre outros livros sobre o tema, Além da Baixa, Indícios de Planeamento Urbano na Lisboa Setecentista (edição do Ippar) sublinha que ainda não passou pelo Terreiro do Paço aos domingos desde que a iniciativa começou, mas não tem dúvidas quanto a essa questão: "Não passaria pela cabeça de ninguém plantar um bosque em torno das Pirâmides. Se as pessoas querem andar à sombra podem andar por baixo das arcadas [em redor da praça].

"Já houve, no passado, árvores em redor da praça e, explica a vereadora da Câmara Municipal para a Educação, Juventude e Cultura, Rosália Vargas, a intenção da Câmara é fazer essa experiência novamente - por isso, em Março, no início da Primavera, serão colocadas árvores, mas em vasos, apenas para estudar o efeito. Porque a praça é, neste momento, "um grande campo experimental de ideias".

Trânsito "opressivo"
Duas coisas parecem unânimes entre os arquitectos ouvidos pelo P2. A primeira é que o grande problema do Terreiro do Paço é o trânsito (o acidente com duas vítimas mortais e um ferido grave, há uns dias, veio mostrar que este é um problema com consequências muito mais graves do que a de afastar as pessoas do local). É a "cintura de trânsito, muito intenso, opressivo" que torna a praça muito pouco convidativa para passear ou estar numa esplanada, diz Pedro Reis, responsável pela recente reabilitação do Museu de Elvas e morador na Baixa, a curta distância do Terreiro do Paço. O actual problema dos domingos - em que o coro de buzinas dos carros que ficam presos em engarrafamentos rivaliza com a música que se toca na praça - tem a ver, segundo Pedro Reis, com problemas de organização. "Quando há cortes de trânsito é preciso informar as pessoas a tempo de elas poderem alterar o percurso.

"Pode haver algum trânsito local, mas pensar naquela zona como uma via rápida é a morte", defende o também arquitecto Pedro Ressano Garcia, que há muito tempo tem vindo a pensar a zona ribeirinha de Lisboa. Reduzir substancialmente o trânsito é, aliás, para Ressano Garcia, a única intervenção de fundo que necessita o Terreiro do Paço, o único ponto da zona ribeirinha que não sofreu nos séculos anteriores as alterações profundas que acabaram por afastar Lisboa do rio. "Tínhamos uma cidade toda aberta para o rio. O Terreiro do Paço foi o único que sobrou e é por isso que adquiriu um estatuto icónico."

Também Walter Rossa lamenta "a manutenção da Rua do Ouro e da Prata como vias rápidas, em que nem um táxi pode parar", o que, diz, lhes impede de "terem uma vivência que podia contribuir para a dinamização da Baixa"."

Atentos às buzinadelas"
Ao cortar o trânsito aos domingos, a câmara está, de certa forma, a testar possibilidades. "Estamos muito atentos às buzinadelas que ouvimos", garante a vereadora, "e que querem dizer que o trânsito não está a fluir como gostaríamos". Mas todas as semanas são feitas reuniões de avaliação e a questão do trânsito tem estado no centro das discussões.

Outro ponto consensual é que nada deve acontecer de forma permanente na placa central da praça, um espaço que Walter Rossa descreve como "essencialmente de contemplação e de afirmação do poder". "Não há em todo o mundo nenhuma praça com aquela natureza, de ostentação do poder, aberta para o rio", explica. O crítico de arquitectura Diogo Lopes, que está temporariamente ausente de Portugal e por isso ainda não viu o Terreiro do Paço aos domingos sem trânsito, defende também que "aquele espaço passa pela vivência daquele vazio" e que "criar pequenos acontecimentos vai contra a sua natureza".

Diogo Lopes confessa mesmo que lhe agrada "saber que ainda ali estão ministérios", porque acha importante que se salvaguarde "a continuidade funcional e temporal daquela estrutura para que ela continue hoje a fazer sentido". Mas se esse lado de representação do poder é importante, ele deve ser "compatibilizado ou interceptado com outros tipos de usos".

Deixar o centro livre foi o que propuseram José Adrião e Pedro Pacheco quando, em 1992, venceram um concurso para a reabilitação do Terreiro do Paço (projecto ainda por concretizar e substituído por outro provisório, dos mesmos arquitectos, e que é o que ainda hoje se mantém): "O Terreiro do Paço é um espaço de silêncio e contemplação para a leitura do rio, que é o quarto alçado daquela praça. O espaço central deve ser sempre de silêncio", diz Adrião. A ideia dos dois arquitectos era que no terreiro fossem instaladas caixas elevatórias que podiam subir e descer, com ligações para cabos eléctricos, para eventos lúdicos pontuais.

Contra o "horror ao vazio"
Diogo Lopes - sublinhando sempre que não viu ainda a animação dos domingos - é de opinião de que deve haver "momentos pontuais de apropriação", mas não se deve "instaurar um programa permanente de animação". Há em Portugal um certo "horror ao vazio", mas "há tantos sítios em que não se passa nada, e aquele é um sítio para não se passar nada na maior parte do tempo".

Concordando que "na placa central não deve acontecer nada", Pedro Reis compreende, no entanto, que "numa fase de arranque" seja necessário criar alguma animação na praça (embora pense que é importante a Câmara dar mais indicações sobre os planos que tem para o futuro do Terreiro do Paço). "Ter uma praça disponível na cidade é uma coisa nova. E as pessoas não estão habituadas a usar aquele espaço, que durante muito tempo foi um parque de estacionamento e depois esteve em obras", diz Pedro Reis. O que lhe parece mais interessante, contudo, é explorar o "potencial enorme" que existe em redor da praça, debaixo das arcadas, nos pátios dos ministérios, durante décadas escondidos dos lisboetas e agora (pelo menos alguns) reabertos.

Alguns desses locais, como o Pátio da Galé, são o que a vereadora Rosália Vargas chama as "âncoras" do projecto de animação. Mas nada do que se passa no Terreiro do Paço - e que está previsto até Setembro de 2008, com reforço de programação em domingos que coincidam com datas mais significativas, como o São Martinho - é definitivo, sublinha.

O que quer a câmara? E o que é que a câmara gostaria de ver naquele espaço? "Restauração de qualidade, bons cafés, bares, um hotel, um museu, lojas de qualidade." Quanto à placa central, "deve ser preenchida de quando em quando, ninguém aguentaria uma programação permanente de grande dimensão para aquele espaço".

Durante os próximos meses, a câmara está aberta a propostas de grupos, organizações, artistas, todos os que tenham ideias para animar a praça aos domingos (foram, por exemplo, enviadas cartas a todas as escolas de música da cidade convidando-as a apresentarem-se ali). Todos concordam que o Terreiro do Paço não pode transformar-se naquilo que Walter Rossa descreve como "uma espécie de Luna Park da cidade". Mas que deve ser pensado, planeado e objecto de um plano integrado de toda a Baixa. "Não vejo mal nenhum em que se façam experiências e se corram riscos", conclui José Adrião - que no seu projecto de 1992 com Pedro Pacheco já previa galerias e cafés nos pisos térreos e a transformação dos claustros em espaços públicos - "mas essas experiências devem ser utilizadas com um fim muito explícito", diz Adrião. "Há 15 anos que se anda a falar disto. Porque é que demora tanto tempo é um mistério."

Foto: aspectos da bem intencionada, mas infeliz, iniciativa municipal «Aos Domingos o Terreiro do Paço é das Pessoas»

FUTURO SUSTENTÁVEL: PLANO ESTRATÉGICO DO AMBIENTE DO GRANDE PORTO


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Plano de Acção
Encontra-se disponível para consulta pública o Plano de Acção Regional que detalha projectos âncora e modelos de intervenção para toda a Área Metropolitana do Porto (incluindo os municípios da Fase 1 e os da Fase de Alargamento do Futuro Sustentável). O Plano de Acção tem o horizonte de 2013 para a sua concretização.
Para contretização da Visão de Futuro para a região, resultante do processo de participação pública é proposto um Plano de Acção consubstanciado em quatro documentos temáticos, dedicados aos temas considerados prioritários (água, mobilidade e qualidade do ar, ordenamento do território, espaços verdes e áreas naturais, educação para a sustentabilidade).
O Plano de Acção define:
- Projectos Âncora: propostas concretas, pensadas para casos específicos e, sempre que aplicável, territorializadas. - Modelos de intervenção: propostas não espacializadas, aplicáveis, com adaptações, a vários locais ou situações. De certa forma, funcionam como ideias exemplificativas e inovadoras que os municípios poderão aproveitar.
Consulte os Planos de Acção:

Plano Acção Água

Plano Acção da Educação para a Sustentabilidade

Plano de Acção do Ordenamento do Território

Plano de Acção da Mobilidade - Parte 1
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 2
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 3
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 4
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 5
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 6
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 7
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 8
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 9
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 10
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 11
Plano de Acção da Mobilidade - Parte 12
Talvez Lisboa possa pôr os olhos no Porto e aprender alguma coisa...

Costa defende "grande projecto" de reabilitação urbana para Almirante Reis

In Lusa (24/9/2009)

«O cabeça-de-lista do PS à Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu hoje que a prioridade à reabilitação urbana deve alargar-se dos bairros históricos para zonas da cidade como o eixo da Almirante Reis, as Avenidas Novas e Alvalade.

"A reabilitação já não pode ser só nos bairros históricos. Hoje há um eixo absolutamente fundamental para a reabilitação, que é o eixo da Almirante Reis", afirmou António Costa.

Para o presidente da Câmara de Lisboa, que se recandidata ao cargo, "se há projecto que vale a pena lançar é um grande projecto de reabilitação da Almirante Reis".

Uma operação que, defendeu, deverá estender-se a zonas como Alvalade e as Avenidas Novas. "Temos que ser bastante ousados no alargamento das áreas de reabilitação
urbana", sustentou, durante um almoço promovido pela Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, num hotel de Lisboa.

O candidato socialista assumiu a prioridade à reabilitação urbana, patente tanto no seu programa eleitoral, que propõe a criação de uma bolsa de realojamento para operações de reabilitação, como nas medidas já tomadas pelo actual executivo, nomeadamente incentivos fiscais decorrentes da definição de áreas de reabilitação.

Helena Roseta, número dois na lista liderada por António Costa e responsável pela elaboração do Plano Local de Habitação (PLH), reiterou a necessidade de um programa especial de reabilitação urbana, com participação do Estado, conforme aconteceu com o Programa Especial de Realojamento, lançado em 1993 para a erradicação dos bairros de barracas. "Não vai ser só com o orçamento municipal e o investimento privado que resolvemos este problema, que não é só de Lisboa", afirmou.

"Há aqui uma prioridade nacional de fazer uma reabilitação urbana, que signifique uma oportunidade de investimento, emprego, melhor habitação e melhores cidades", sublinhou. Para travar o despovoamento de Lisboa, que perdeu 100 mil habitantes nos
últimos dez anos, António Costa voltou a defender a necessidade de suprimir o "deficit de equipamentos públicos de qualidade" da capital, nomeadamente nas
áreas da Saúde e Educação.

Nesse sentido, compromete-se com a criação de 76 creches, 36 novas salas de jardim-de-infância, a reabilitação de 80 escolas, uma rede de transportes escolares e construção de dez novos centros de saúde. A criação de estacionamento para moradores é outra das medidas que propõe, apontando para uma meta de cinco mil novos lugares durante o próximo mandato. ACL»

...

E como eu defendo isso. Só espero é que tal operação não copie o "modelo" de outro, por acaso seu oponente agora, que quando tomou posse em 2001 anunciou aos quatro ventos que especialistas da Univ. Indep. estavam a desenvolver um "mega-projecto" para essa zona e, depois, zero, nem sequer se sabia do paradeiro dos especialistas. Facto que comprovei pessoalmente ao telefonar para a tal "universidade". Passados todos estes anos, o "mega-projecto" resumiu-se à recuperação de alguns prédios do Intendente e ao "varrimento" do trottoir. Haja capacidade para fazer bem.

Rotundas deixam de ter esculturas


In Sol Online (25/9/2009)
Por Sónia Graça


«As rotundas artísticas ou pseudo-artísticas que enxameiam o país vão ter novas regras. E isto porque se concluiu que, em muitos casos, as esculturas e outros obstáculos prejudicam a visibilidade e estão na origem de acidentes, avança a edição do SOL desta sexta-feira

Quem passa junto ao Hotel Turismo da Covilhã consegue atravessar praticamente a direito, sem curvar o volante, a pitoresca rotunda de acesso ao edifício – implantada numa estrada de forte inclinação e com uma microfloresta alojada no centro.

Não muito longe dali, no início da Estrada Nacional 18 (Guarda), os condutores deparam com uma rotunda de grande dimensão, com um colossal monumento em forma de ‘G’ cravado num terreno íngreme, formando o conjunto um autêntico empecilho à visibilidade na circulação.

Defeitos de concepção desta natureza vão passar a ser proibidos em todos os projectos de novas rotundas da rede rodoviária, assim que entrarem em vigor as novas regras consagradas no Manual de Dimensionamento de Rotundas – um documento elaborado pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Estradas de Portugal (EP).»

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E aquelas que, simplesmente, são feiosas e inclassificáveis?

24/09/2009

POSTAIS DA BAIXA: Rua 1º de Dezembro

Já lá vão 28 anos...mas vale a pena reler !

Transcreve-se integralmente texto de Despacho da Secretaria de Estado da Cultura, publicado no Diário da República de 15-9-1981, ponto de partida para uma reflexão sobre o que foi feito nestes últimos 25 anos em termos de preservação do património arquitectónico português dos séculos XIX e XX, particularmente na cidade de Lisboa:

«Diário da República de 15-9-1981 Despacho nº 76/81 Secretaria de Estado da CulturaGabinete do Secretário de EstadoDespacho nº 76/81

"A acelerada destruição do património arquitectónico português a que se tem vindo a assistir nos últimos anos, quer pela demolição de obras significativas, quer pela degradação e abandono, impõe uma intervenção urgente e ampla, no sentido de salvaguardar e preservar adequadamente essas obras. Por outro lado, independentemente da classificação de imóveis individualmente considerados, pelo seu valor e qualidade, importa ainda defender a integridade da obra dos arquitectos mais representativos ou a permanência e o equilíbrio de determinados conjuntos urbanos. Nestes termos, e considerando que as zonas e as obras que mais afectadas têm sido, em especial em Lisboa e Porto, são as projectadas e construídas entre o final do século XIX e os meados do século XX, determino:
1 – Deve proceder-se imediatamente aos estudos tendentes à classificação como imóveis de interesse público de todos os distinguidos com os prémios Valmor e Municipal que ainda subsistam e do conjunto da obra dos arquitectos José Luís Monteiro, Adães Bermudes, Miguel Ventura Terra, Álvaro Machado, Norte Júnior, Raul Lino, Cristino da Silva, Cotinelli Telmo, Porfírio Pardal Monteiro, Carlos Ramos, Jorge Segurado, Cassiano Branco, Keil do Amaral, Fernando Távora e Viana de Lima, de que se apresenta, em anexo, uma primeira lista meramente exemplificativa.
2 – Deve igualmente proceder-se a idêntico estudo relativo ao Bairro Alto e ao Bairro Azul, bem como às chamadas Avenidas Novas, e aos imóveis da Rua de Júlio Andrade contíguos ao Jardim do Torel.
3 – Por último, devem também efectuar-se os estudos tendentes à classificação como imóveis de interesse público do Laboratório e do Estúdio da Tóbis Portuguesa, no Lumiar, estes, se possível, até ao final do corrente mês.

Secretaria de Estado da Cultura, 21 de Agosto de 1981
O Secretário de Estado da Cultura – António Manuel da Assumpção Braz Teixeira"

Lisboa: Obras da Frente Tejo no Terreiro do Paço começam segunda-feira

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Lisboa, 24 Set (Lusa)
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- As obras de saneamento no Terreiro do Paço, em Lisboa, terminam segunda-feira, altura em que terão início as obras de requalificação promovidas pela Sociedade Frente Tejo, revelou o autarca da capital, António Costa.Depois das obras que decorreram no local, nomeadamente de construção de infra-estruturas de saneamento que retiram do Tejo o esgoto de 100 mil habitações, avançam os trabalhos a cargo da Frente Tejo.Estas obras deverão estar concluídas nas comemorações do Centenário da República e incluem a requalificação do Terreiro do Paço, de acordo com um projecto do arquitecto Bruno Soares, que foi alvo de várias alterações desde que foi apresentado sob a forma de estudo prévio, há quatro meses.
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Comentário:
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Uma obra arcaica, no espaço mais nobre de Portugal...
Isto é uma anedota, com toda a Europa a assistir.
Não vai ser um espaço para a população usufruir.
Vai ser mais um espaço para dizer que temos. Para tirar umas fotos e ser um palco de vaidades dos nossos importantes, nos momentos oportunos.
A nossa Praça do Comércio merece uma reabilitação de aparência simples, tal como o magnífico plano onde foi concebida por Eugénio dos Santos.
E deviam ser lá colocadas umas árvores, para ter de facto uma utilização pedonal, tal como dizem pretender. Mas com aquela aridez... ninguém lá fica.
Decisões anedóticas, que resultam em obras fracas, em desperdício dos dinheiros de todos nós. Os nossos antepassados que criaram aquela praça, não merecem a desonra desta obra.
Falta conhecimento e ética aos nossos governantes, na gestão dos bens públicos.
F.J.Ferreira, arq

Candidato Pedro Santana Lopes quer criar pelouro dos seniores na Câmara Municipal de Lisboa

In Público (24/9/2009)
Por Inês Boaventura

«O candidato à presidência da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, quando foi primeiro-ministro criou o Ministério da Criança, figura agrupada às da Segurança Social e da Família, anunciou ontem a intenção de estabelecer o pelouro dos seniores se chegar à liderança da autarquia. O gesto, garante, "não é só simbólico", e permitirá "dar outra prioridade" aos problemas desta faixa etária da população da cidade.

O líder da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM visitou ontem, à hora de almoço, as instalações dos Inválidos do Comércio, no Lumiar, onde distribuiu cumprimentos e votos de bom apetite a alguns dos 330 residentes da casa de repouso. Ao seu lado, membros da comitiva iam oferecendo caixas de comprimidos, enquanto dois deles comentavam que na próxima acção de campanha talvez fosse melhor "trazer dois ou três miúdos da J", a Juventude Social Democrata, para animar as hostes.

Na nota enviada à comunicação social dizia-se que nesta visita Santana Lopes iria apresentar "as principais linhas do seu programa para a terceira idade", mas afinal foi um folheto distribuído aos presentes a falar por si.

Já o candidato à Câmara de Lisboa disse que a visita se destinava a "avaliar a situação de uma instituição de relevo meritório, que tem projectos ambiciosos, mas realistas, para corresponder a uma procura que existe". Entre esses projectos, que o presidente da direcção dos Inválidos do Comércio, Vítor Damião, diz que só não se tornaram já realidade por questões burocráticas, estão uma creche e infantário com 66 lugares e 30 camas para a área dos cuidados continuados.

"É preciso reconhecermos que o Estado não pode nem deve, como diz o povo, ter mais olhos que barriga", disse Santana Lopes, defendendo a importância das instituições de solidariedade social como aquela que ontem visitou e que este ano comemora 80 anos de existência.

Questionado pelo PÚBLICO sobre as principais ideias do seu programa para a terceira idade, o líder da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM destacou a "oferta cultural e de entretenimento" e o recurso aos seniores para actividades como idas às escolas para partilhar experiências de vida com as crianças, ajuda no atravessamento de passadeiras e "zelados de bairro".»

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Abaixo dos seniores havia os juniores (e nesta coisa dos plurais havia sempre quem acrescentasse um sinal agudo à coisa, até), depois os juvenis, depois os iniciados e os infantis. Pelo meio ainda havia os Esperanças. Era giro.

Câmara de Lisboa tenta reaver Caleidoscópio e abrir espaço a estudantes do Campo Grande

In Público (24/9/2009)
Por Ana Henriques


«Autarquia insiste no despejo do concessionário. No centro comercial apenas funciona uma livraria, alega o vereador Sá Fernandes

A Câmara de Lisboa pediu ao tribunal administrativo a devolução do edifício onde funcionava o Centro Comercial Caleidoscópio, no Campo Grande, desde 1979 nas mãos de um concessionário privado. O objectivo é voltar a pôr o espaço e os campos de jogos adjacentes a funcionar com novas funções que possam servir os estudantes da Cidade Universitária, situada do outro lado da avenida.

Data de há cinco anos a última tentativa da autarquia de despejar o concessionário, a Empresa Turística do Campo Grande, que por sua vez subalugou a terceiros quer as lojas do centro comercial, quer os campos de ténis, o rinque de patinagem, os barcos do lago e os respectivos bares.

Já na altura, a maioria social-democrata que governava a câmara queria transformar o centro comercial num megaespaço jovem, com salas de estudo, espaços multimedia e gabinetes de aconselhamento em várias áreas, como o emprego. Mas o tribunal trocou-lhe as voltas, e deu razão aos concessionários, salientando, no julgamento de uma providência cautelar que estes haviam desencadeado, o facto de terem lugar no Campo Grande actividades "conhecidas pelo povo de Lisboa há décadas, enquadradas num local aprazível onde as pessoas passeiam, andam nos barcos, utilizam o parque de patinagem ou praticam ténis". A sua expulsão resultaria em "prejuízos de difícil reparação", para além das várias situações de desemprego que acarretaria.

Decisão em Outubro

Desta vez é provável que os juízes decidam a favor do município, observa o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes: "À excepção dos barcos e de uma livraria no centro comercial, que pode continuar aberta, já nada se encontra a funcionar". Tudo o resto "está destruído, podre".

A audiência preliminar onde o caso vai ser debatido terá lugar no próximo dia 13 de Outubro. Sá Fernandes diz que a sociedade concessionária dos diferentes espaços está em falência e não paga há muito a "renda de miséria" que a câmara lhe cobra. Com um prazo de 20 anos, a concessão inicial expirou em 1999. Mas também sobre este ponto não há acordo: a autarquia defende que a prorrogação de contrato invocada pela Empresa Turística do Campo Grande nunca existiu.

Sá Fernandes prefere não dar pormenores sobre os planos que tem para o local, situado em pleno jardim do Campo Grande. Apenas garante que o lago continuará a ter barcos e que a autarquia não tenciona concessionar o espaço outra vez, nem lançar nenhum concurso para a sua exploração. "É um local com um potencial extraordinário, podemos fazer ali algo para os estudantes", refere o vereador para os Espaços Verdes.»

Com efeito, esta novela do Caldeidoscópio arrasta-se há tempo demasiado. Já foi tempo em que o restaurante e o cinema davam cartas na então "modernidade", na altura "state of the art" de desenho e concepção de espaços. Rapidamente, porém, a coisa foi-se degradando. Por mim, seria tudo para deitar abaixo.

Mouraria está nas Jornadas Europeias do Património

A Associação Renovar a Mouraria vai participar uma vez mais nas Jornadas Europeias do Património. Saiba mais em www.renovaramouraria.pt

Jóia jornalística saída numa revista brasileira de turismo, sobre Lisboa:


Revista Turismo & Negócios - Maceió, Brasil





Fonte: VM

LISBOA: "CORREDOR DA MORTE" COMEÇA HOJE A SER DEMOLIDO


10h06m in "JN"
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Conjunto de oito prédios devolutos na antiga zona J de Chelas, onde já foram mortos jovens em alegados ajustes de contas entre 'gangs' rivais, começa hoje a desaparecer.
O início da operação contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e da vereadora da Acção Social, Ana Sara Brito, co-autora da proposta que a autarquia aprovou em Março para transferir três milhões de euros para a empresa municipal que gere os bairros municipais (Gebalis) para a demolição destes oito prédios e obras noutros seis.
As demolições vão acabar com uma espécie de rectângulo formado pelos prédios, com corredores estreitos e escuros, e onde têm ocorrido vários casos de violência denunciados em queixas de moradores, das Associações que lá funcionam e da PSP.
Com esta intervenção, que deverá ficar pronta daqui a sete meses, a autarquia quer melhorar o espaço urbano, acabando com becos e vielas, acessos directos a galerias labirínticas e fazer arranjos exteriores que estimulem uma diminuição gradual da violência no Bairro do Condado.
O bairro fica na freguesia de Marvila, onde mais de 70 por cento dos habitantes vivem em bairros sociais.
Em Fevereiro, a freguesia viu a Câmara de Lisboa e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) assinarem um protocolo que abrange intervenções em seis bairros de Marvila, num investimento global de 50 milhões de euros até 2013.

PROCESSO PARQUE MAYER AGUARDA PELAS ELEIÇÕES


Sentença sobre permuta de terrenos da Bragaparques proferida a 23 de Outubro
00h30m
NUNO MIGUEL ROPIO
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O desfecho da permuta dos terrenos do Parque Mayer pelos da Feira Popular, em Lisboa, alvo de uma acção popular interposta pelo vereador José Sá Fernandes, apenas será conhecido depois das eleições autárquicas.
A sentença do processo administrativo, que visa anular a permuta entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a empresa Bragaparques, será proferida a 23 de Outubro, quase quatro anos após ter sido interposta tal acção pelo actual vereador da CML, José Sá Fernandes.
A data da leitura apenas foi conhecida ontem, após as alegações finais deste caso que - num outro processo paralelo desenvolvido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) - irá levar a tribunal o ex-presidente do município, Carmona Rodrigues, e os vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão [ler caixa em baixo].
Como autor da acção popular que contestou a troca dos terrenos municipais da antiga Feira Popular, em Entrecampos, pelos do Parque Mayer, propriedade do empresário bracarense Domingos Névoa, Sá Fernandes mostrou-se ontem confiante de que o Tribunal Administrativo de Lisboa dará como provada a matéria por si apresentada, em Julho de 2005. "O negócio foi ruinoso. Trocou-se ouro por carvão", frisou o vereador do Ambiente, à saída do tribunal.
O impasse neste negócio iniciado com a votação de uma minuta de contrato pela Assembleia Municipal de Lisboa, em Julho de 2003, levou a advogada da Bragaparques a alegar que a empresa tem sofrido enormes prejuízos. "O projecto da Feira Popular já podia estar concluído e em comercialização", referiu a defensora.
A empresa não só detém o terreno que resultou directamente da permuta, como o remanescente que compunha os dois lotes de Entrecampos, adquirido em hasta pública. Aliás, para adquirir esta última área a Bragaparques refugiou-se num direito de preferência que acabou por levantar igualmente suspeitas da oposição.
O caso remonta ao mandato do PSD na CML [2001-2005]. É neste período que se encetam negociações entre o município e a Bragaparques que, apesar de não terem como objectivo inicial a permuta de tais terrenos, acabam por terminar no acordo alvo desta acção popular.
Os terrenos e respectivas infra-estruturas culturais do Parque Mayer foram adquiridos por Domingos Névoa em 1999. Três anos depois e à frente do município, Pedro Santana Lopes deu o seu aval a um projecto da Bragaparques para o espaço e que contemplava um casino. Porém, o ex-presidente da República, Jorge Sampaio, vetou essa possibilidade.
A permuta rapidamente surgiu em cima da mesa mas a discórdia quanto aos valores das avaliações dos terrenos viria a colocar um ponto final no assunto. Com a saída de Santana Lopes do executivo municipal para o Governo é Carmona Rodrigues que resgata tal intenção e reata as negociações com Névoa, em Fevereiro de 2005.

Ex. (péssimos) de espaço público (5)






Das bocas do Metro ao cais Sul da estação Roma, colocadas tortas, à placa central tonta da Avenida de Roma junto à Praça de Alvalade; mais as saídas mal pensadas junto à arcaria do torreão nascente do Terreiro do Paço, Brasileira do Chiado ou chafariz do Rato; passando pelos já "clássicos" respiradores mal projectados da placa central do Rossio e Rua do Arsenal, por ex., mais a caixa de elevador estapafúrdias do Rato; juntam-se agora os confrangedores arranjos à superfície em São Sebastião e Saldanha II, que incluem, respectivamente, um elevador tapando um dos prédios de entrada na Ressano Garcia, uma escadaria completamente desnecessária; e na Duque d'Ávila (junto à Gulbenkian e junto ao Arco do Cego) zonas completamente áridas que nunca mais terão árvores de grande porte.


P.S. Será que o próximo executivo da CML tem coragem de corrigir o respirador do Rossio e depois apresentar a factura ao Metro? Aquilo é uma pouca vergonha!

23/09/2009

Monumento ao Marquês Sá da Bandeira








Monumento ao Marquês Sá da Bandeira na Praça de D. Luis I

-estatuária em bronze e pedra em mau estado de conservação
-cantarias em mau estado de conservação
-inscrições em bronze incompletas (furtadas)
-elementos vandalizados com grafitos
-gradeamento artístico em mau estado de conservação
-iluminação obsoleta e inoperacional (focos destruídos)

Esta obra, erguida por subscrição pública e inaugurada em 1884, pede um restauro urgente. Para além deste monumento, de um modo geral todo o jardim apresenta sinais preocupantes de degradação e abandono. O Director Municipal de Cultura, Dr. Francisco da Motta Veiga, foi informado da situação deste monumento no dia 28 de Agosto de 2009. Aguardamos esclarecimentos.