31/08/2009

Cinco minutos entre S. Sebastião e Alameda

In Diário de Notícias (31/8/2009)

«Com o prolongamento da Linha Vermelha a viagem que durava 21 minutos passa a ser feita sem mudar de comboio. Passageiros consideraram a ligação vantajosa. Alguns ficaram surpreendidos com a novidade.

"Segue mesmo até ao Oriente sem ser preciso mudar de linha?", perguntava admirado Luís Rosa, de 80 anos, ao segurança do Metropolitano de Lisboa, enquanto esperava que a nova estação, Saldanha II, abrisse ao público. E, na verdade, com o prolongamento da Linha Vermelha, entre S. Sebastião II e Alameda II, é possível, desde as 15.00 de ontem, viajar de S. Sebastião até à estação do Oriente, sem ter de mudar de comboio.

Quem ficou satisfeito com a abertura do novo troço foi José da Silva Martins, cauteleiro perto do Bingo do Belenenses. Mora na Avenida Almirante Reis e tinha de mudar três vezes de linha e de comboio para ir vender cautelas. Agora só precisa de mudar uma vez: "Sigo dos Anjos até à Alameda, e dali directamente para o Saldanha", explicou ao DN.

Há sobretudo uma economia de tempo. A ligação directa entre as linhas Verde e Azul vai permitir viajar entre Alameda e S. Sebastião em apenas cinco minutos. Antes a viagem não se fazia por menos de 21 minutos e obrigava a uma paragem na estação da Baixa-Chiado para mudança de comboio.

Ontem ainda havia pó das obras no chão quando entraram os primeiros passageiros. Eram 15.00. Maria do Rosário Folgado e o marido, Carlos Dias, que estavam curiosos à entrada, ficaram surpreendidos com a estética da estação Saldanha II. A infra-estrutura tem como tema a obra literária de Almada Negreiros, com intervenção plástica do seu filho José Almada Negreiros. Logo ao fundo das escadas de acesso à estação pode ler-se: "A alegria é a coisa mais séria da vida." A de S. Sebastião II inspira-se nos azulejos tradicionais e é um projecto da artista Maria Keil.

Comerciantes, com lojas perto das renovadas estações, reconhecem que, apesar dos inconvenientes, "nem tudo foi mau". "O barulho e o pó incomodavam, mas vai trazer gente", comenta João Pereira, do café Princesa, no Saldanha.

Passados seis anos desde o início das obras, o novo troço foi ontem inaugurado pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Na sessão, que decorreu na estação S. Sebastião II, Mário Lino salientou que o novo troço "vem beneficiar a população, dá melhor mobilidade e atrai mais gente", relembrando que os "benefícios superam os custos". Prevê-se que a extensão vá servir 32 milhões de pessoas por ano, adiantou.

A obra iniciada em 2003 e com previsão de conclusão em 2006, inicialmente orçada em 132 milhões de euros, terminou agora com um custo total de 210 milhões de euros.

Tags: Portugal, Sul»

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Ena, 3 anos de atraso e 68 M€ a mais do que o previsto.

7 comentários:

Arq. Luís Marques da silva disse...

Vamos a ver se o estaleiro "provisório" da Alameda é desta que desaparece...

Anónimo disse...

E fiquei absolutamente banzado com as declarações do ministro Jamé na inauguração da coisa: pois não é que teve a enorme desvergonha de, numa CERIMÓNIA DE INAUGURAÇÃO E ENQUANTO MEMBRO DO GOVERNO, se referir, e demoradamente, ao programa eleitoral do PSD?

Que total falta de sentido de Estado.


PS- Não sou militante nem sequer simpatizante do PSD, apenas tive a sorte de ter bebido chá quando era pequeno.

Anónimo disse...

Anónimo anterior, se o nosso Primeiro o faz, porque não deviam faze-lo os seus ministros?

Anónimo disse...

e se o faz a toda a hora o psd tb!
com eles parado paradinho é q é bom, q é para se conseguirem ir enchendo sem ninguém dar por nada mais uns aninhos....

Anónimo disse...

tb o psd o faz a toda a hora!
mas parado paradinho é q é bom.... q é para se irem enchendo mais uns aninhos enquanto ninguém dá por nada.... enqt está td paradinho

qlq dia recuamos até ao tempo das cavernas, que é para não se gastar dinheiro na electricidade cuidado

Anónimo disse...

Esta obra foi um chocante gasto gigante de recursos financeiros! Considerando que uma rede de electricos custa 10 vezes menos, pergunto se faz sentido insistir neste modelo de mobilidade???

Anónimo disse...

"Esta obra foi um chocante gasto gigante de recursos financeiros! "

Claro!! O dinheiro dos outros não custa a gastar e ainda se fazem brilharetes!!!

Z