16/07/2009

Homenagem de Lisboa a Maria Keil

In CML

«A Cervejaria Trindade foi o palco escolhido para, no dia 14 de Julho, a Cidade de Lisboa homenagear Maria Keil, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Academia Nacional de Belas Artes e Cervejaria Trindade.

Esta iniciativa decorreu no âmbito da atribuição do Grande Prémio Aquisição/2009, da Academia Nacional de Belas Artes, atribuído por unanimidade a Maria Keil, personalidade que a partir dos anos 30 do século passado tem atingido grande repercussão nacional e internacional nas mais diferentes áreas da criação artística: pintura, desenho, cerâmica, ilustração.

O Grande Prémio Aquisição da Academia Nacional de Belas Artes, atribuído todos os anos a uma figura com obra representativa na pintura, na escultura e na arquitectura, tem galardoado, desde que surgiu, nos anos 80 do século XX, um leque de individualidades muito diversificado, personalidades que se evidenciaram no exercício de uma carreira profissional de reconhecido mérito e projecção.

A atribuição do prémio decorreu durante um almoço, na Cervejaria Trindade, e contou com a presença, para além da homenageada, da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Rosalia Vargas, do presidente da Academia Nacional de Belas Artes, António Valdemar, da Administradora do Conselho de Administração da EGEAC, Lucinda Lopes, de representantes da Cervejaria Trindade e de alguns convidados nas áreas das artes plásticas e da história de arte.

A Câmara Municipal de Lisboa associou-se à homenagem à pintora Maria Keil com a entrega, pela vereadora Rosalia Vargas, da Medalha de Honra da Cidade - atribuída em 2007, sob a presidência do Prof. António Carmona Rodrigues - e ao descerramento de uma placa alusiva a Maria Keil, ao lado de um dos painéis de sua autoria, onde também figuram nomes como Luciano Freire (Pintor), Jorge Barradas (Pintor), Columbano (Pintor), Teixeira Lopes (Político) e Gervásio Lobato (Escritor).

A vereadora Rosalia Vargas salientou a obra de Maria Keil e o reconhecimento da Câmara de Lisboa, referindo a relação entre a cultura e a educação como um pilar de desenvolvimento da Cidade.

António Valdemar enalteceu a obra de Maria Keil, que já pertencia à Academia Nacional de Belas Artes, referindo que este prémio foi propositadamente escolhido para ser entregue na Cervejaria Trindade, património cultural da Cidade, e cujo grande salão do fundo - Sala Maria Keil - é decorado pela artista onde estão painéis de mosaico em pedra, inspirados no trabalho de calçada portuguesa "recriando motivos que pertencem ao imaginário da cidade" de Lisboa. Relembrando diversas figuras portuguesas, ligadas à história e à cultura, esta homenagem representa, segundo António Valdemar, o "conciliar da cultura com a cidadania", e aqui "encerramos com chave de ouro, e homenageando uma figura nacional, o primeiro ano de mandato da Academia Nacional de Belas Artes".

As palavras de Maria Keil foram poucas que, profundamente emocionada com esta homenagem e com todas as palavras ouvidas, referiu estar muito contente e agradeceu a todas as individualidades presentes.

Maria Keil é autora da decoração de vários locais emblemáticos de Lisboa: nas décadas de 50 e 60 do século XX, por exemplo, o Metropolitano de Lisboa, então em construção, convida a artista a desenvolver um intenso e árduo trabalho como criadora de painéis de azulejos para a decoração das 19 estações.»

...

Enquanto isso, o Metropolitano de Lisboa acaba de "inaugurar" a estação I de São Sebastião, e "associando-se" à homenagem acaba de arrancar os azulejos de Maria Keil, todos de uma assentada, forrando a estação com azulejos brancos, a maioria, e outros com desenhos assaloiados. Em tempos, aquando de uma petição-fantasma sobre os azulejos em perigo, o Metro veio a terreiro jurar a pés juntos que iria preservar todos os azulejos de Maria Keil, nas estações onde ainda existissem. Vê-se.

3 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso os desenhos "assaloiados" também são da Maria Keil...

Anónimo disse...

Os azulejos foram arrancados em 1977 aquando da ampliação da estação.
E quando foi projectada a renovação da estação o metro pediu novos azulejos à Maria Keil.

Tá visto que o Sr. Paulo Ferrero é de facto um grande admirador da arte da Maria Keil. Não é cá nenhum saloio, não senhor.

Marco Sousa disse...

Quem escreveu esta ultima parte nao percebe nada da obra da artista Maria Keil.
Os azulejos amarelos e verdes que foram arrancados recentemente na estacao de S.Sebastiao, nao eram de Maria Keil.
E os azulejos "assaloiados" que o sr fala sao na verdade uma obra recente de Maria keil, que o Metropolitano de Lisboa lhe pediu para fazer.
Na verdade esta é a unica estacao em que o cais de embarque foi decorado com azulejos de Maria keil. É favor obter alguma informacao antes de divulgar falsas informacoes.