12/04/2009

Sobre publicidade em zonas sensíveis...

Publicidade na escadaria da Assembleia da República à exposição sobre o Arquitecto Ventura Terra.

9 comentários:

carlos disse...

Já toda a gente sabe que os arquitectos não pertencem à espécie humana. São de uma estirpe muito superior.
Até Deus só criou as pessoas porque era preciso alguém que fruisse as construções concebidas pelos arquitectos.
A essa espécie superior tudo é permitido, e aos reles humanos resta adorá-los e serem espezinhados pela sua arrogância.

Virgílio Marques disse...

Não vejo qual o mal da publicidade em questão nas escadarias da AR! Se fosse à Macdonalds ou Persil ou vinho Teobar ficaria muito preocupado. A uma exposição que está patente no edifício sobre um grande arquitecto que teve responsabidades no projecto do mesmo acho um exagero qq crítica. Também não é verdade que os arquitectos tenham mais poder que a "espécie humana". Infelizmente qualquer construtor,qualquer autarca incompetente ou engenheireco com curso tirado às 3 pancadas manda mais no que por aí se constrói do que os arquitectos, sobretudo os bons arquitectos. Embora pense que as coisas estejam a mudar, mas devagar.

Nuno Santos Silva disse...

Caro Virgílio Marques:
o problema é a publicidade. Ponto final.
Você pode não ver problema por se tratar do Ventura Terra. Mas pode haver outros que não vejam problema em ser à McDonalds.
Gostos são gostos. São subjectivos e não há gostos melhores que outros.
Por isso é que a lei deve ser igual para todos...

Virgílio Marques disse...

O problema, para mim, não é a publicidade mas aquilo - sobretudo - que é publicitado. Nesse caso acha mal que o Teatro Nacional D Maria ou o S Carlos façam publicidade nas suas fachadas aos seus espectáculos? Para mim não faz sentido um museu fazer uma exposição e não a publicitar. Digamos que para mim faz todo o sentido a AR fazer publicidade à exposição do Ventura Terra.

Nuno Santos Silva disse...

Em minha opinião não se deve confundir casas de espectáculos com a Assembleia da República ou qualquer outro órgão de soberania.

Virgílio Marques disse...

O que não se deve confundir é qualquer tipo de publicidade. Eu não tenho nada contra quem vai ao Macdonalds ou contra a publicidade a essa cadeia. Têm é que existir sítios e regras para essa publicidade ser feita. O que me choca é vivermos inundados de publicidade sem regras, a tudo e por todo o sítio. Não fico nada chocado, pelo contrário, que o Banco que financiou o restauro dos órgãos do Convento de Mafra seja publicitado. Achei comovente entrar no Liceo em Barcelona e ver uma placa com os nomes de milhares de cidadãos e empresas que patrocinaram a recontrução depois do incêndio. Esteve no Teatro Nacional de 5 de Marco a 5 de Abril um espectáculo dos Artistas Unidos, e que eu vi 2 vezes "Esta Noite Improvisa-se" de Luigi Pirandello que me daria muita alegria ver aqui publicitado neste blogue. Eu não confundi "casas de espectáculos" com Assembleia da República" Falei propositadamente naqueles que, cada um no seu género, deveriam ser tão importantes como a AR. Não falei no Maria Vitória, nem no Politeama (e isto sem querer desrespeitar o que muito por lá se passa.) Não podemos meter tudo no mesmo saco. A publicidade pode ter os seus efeitos benéficos,não tem que ser o que, na sua maioria é.É, para mim, muito mais chocante, ver o que se passa dentro da AR, muitas vezes, do que ver a publicidade à exposição que decorre no seu interior.

Nuno Santos Silva disse...

Sem palavras...

Virgílio Marques disse...

Sem tempo...

HOMOSAPIENS disse...

Sem paciência...