27/04/2009

Há um jardim de oliveiras que anda às voltas pelo Terreiro do Paço

In Público (25/4/2009)


«A Parece que a ideia agradou a muitos dos que passam pela mais nobre e imponente praça de Lisboa, em devaneio turístico, ou na correria para o emprego. Talvez por isso, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, foi ontem ver como as oliveiras se movimentam pelo Terreiro do Paço. São assim os 45 "jardins portáteis", idealizados por Leonel Moura, que a autarquia adquiriu por 70 mil euros. Mexem-se à força dos pés de quem se senta na estrutura plástica que sustenta a pequena árvore. Talvez também por isso o autarca já pense em deslocá-las, depois das comemorações do 25 de Abril, para a Praça da Figueira, onde darão o colorido de que o local tanto carece. E Costa lançou novo desafio, convidando outros artistas plásticos a apresentarem projectos para a cidade. A praça encheu-se de gente e, não fosse o vento que a fustigava e a poeira das obras que brindava os visitantes, muitos mais por ali tinham ficado. O artista plástico explicou então que o seu "jardim portátil" permite aos cidadãos, pelo seu movimento, participar na vida da cidade. Sobre a árvore escolhida, destacou que dá sombra a quem nela se acolhe e que está fortemente enraizada à cultura portuguesa e à cidade de Lisboa.»

...

Att. Sr. Presidente da CML


Atenção! Pelo facto da Praça da Figueira ser agora uma espécie de 'aterro sanitário' de tudo quanto a CML quer impingir-nos e acha pimba, por favor, nada de enxotar para lá mais monos.

A Praça da Figueira merece tanto respeito quanto o Rossio, os Restauradores ou o Terreiro do Paço.

Tinha até um belo projecto de requalificação no seguimento do do Rossio (e só projectos de requalificação que entendam a cidade como um espaço continuado é que são dignos de referência), mas que uma 'cunha' fez parar em prol de um outro de revestimento das fachadas da praça com azulejos, no que seria o projecto mais piroso de toda a Lisboa. Ainda bem que isso não foi avante.

Mas não descansaram enquanto não descentraram a estátua de D.João I, subiram a cota do pedestal, puseram aquela iluminação pindérica, mais as tendinhas e lá veio Santana que colocou corrimões nos poços de ventilação (mais outro dos clássicos lisboetas) da placa central. Ah!, é verdade, as árvores-palitos da praxe, dispostas bem longe das fachadas.

Mais bugigangas agora? Poupe-nos, por favor.

6 comentários:

Anónimo disse...

Já percebi, não é referido quem mandou descentrar a estátua mas são referidos os corrimões do Santana.

PS- Eu não votei no Santana nem tenciono fazê-lo.

Anónimo disse...

as praças de lisboa são tratadas como espaços expectantes, como baldios.

incrível como esta cidade parece situada em àfrica.

as intervenções no espaço público estão sujeitas a regulamento.

se um particuçar paga multa por ocupar a via com uma cadeira ou um vaso, não há niguém que multe a CML com enche uma praça com aquelas tendas foleiras de plásticvo e outros monos, ainda que temporariamente, sobretudo em zonas históricas.

Reparem que, mesmo que seja temporário, por um dia, para quem nos visita, a imagem de uma praça ou de uma rua ocupada com mono é a a imagem eterna.

No caso da praça do comércio, não desgostod e algumas intervençõe temporárias, como esta dos jardins portáteis.

Mas essa intervenção fazia sentido com a praça toda a berta e limpa. Com tanto entulho, tapumes e máquina, aqueles vasos coloridos, metidos no aterro que tapa parte do cais das colunas, em chão de cimento e com um gradeamento em frente, sem qualquer espaço para respirar, torna-se mais poluição visual e mais um elemento dissonante naquele lugar.

ninguém percebe isto? é mero senso comum.

Ao menos ue fossem para o ENORME passeio construído em frente ao ministério das finanças, que é mais árido que o sahara em agosto e nem uma árvore palitinho lá se encontra.

Em contrapartida, o campo das cebolas é o parque de estacionamento que era a praça do comércio. Mais ridiculo não pdoe haver, aquele praça, onde se situa a casa dos bicos e se entra em alfama, que o espaço público esteja coupado com carros e as esplanadas pedem licença aos tubos de escape.


E isto é SÓ no centtro histórico que quer ser património mundial. imaginem o resto da cidade...

è que nem para disfarçar ou inglés ver, algo em que somos peritos, foi feita alguma coisa na zona antiga da cidade.

E o pior é pensar que temos de levar com o costa porque o santana nem pintado de ouro.

Esse continua com devarios de túneis, quando a cidade ameaça esborara-se por falta d emanutenção e se mata a galinha dos ovos de ouro, todos os dias.

Anónimo disse...

70 mil Euros????

naf disse...

Eu gosto da estátua descentrada. Fica de frente para a rua da prata e é visivel em toda a sua extensão. Não vejo qual o problema de estar descentrada.

Anónimo disse...

não vejo qual o mal da estátua descentrada. fica no enfiamento da rua e fica bem.

o mal daquela praça são os prédios degradados, o estacionamento abusivo, a falta de árvores e a sujidade.

as vezes pegam em cada coisa...

Anónimo disse...

a praça da figueira fazia sentido com o antigo mercado.

sem ele, não podem dizer que descentrar a estátua desvituou o espaço.

existem milhares de praças com as estátuas descentradas.

o que as distingue é o aproveitamento do espaço público: espaço para peões, vida cultural e comercial, árvores, zonas de estadia, limpeza, arranjo urbano e do edificado.

ponto.