18/03/2009

Carris consegue resultados operacionais positivos

A Carris atingiu em 2008 resultados operacionais positivos pela primeira vez, com 2,2 milhões de euros, face aos 23,6 milhões de euros negativos registados em 2007, anunciou hoje o presidente da empresa, Silva Rodrigues que apresentou os resultados de 2008.

O EBITDA da transportadora rodoviária da capital também ficou em terreno positivo, com 21,2 milhões de euros, face aos 1,7 milhões negativos de 2007. As receitas operacionais atingiram os 145,9 milhões de euros, mais 3,46% do que em 2007.

Os resultados líquidos também melhoraram de 40,3 milhões negativos para 17,2 milhões negativos, com os resultados financeiros a piorarem de 18,5 milhões de euros negativos para 20,8 milhões negativos, sendo que Silva Rodrigues lembra que a “conta histórica” da empresa, que à imagem de outras do sector tem capitais próprios desequilibrados, não permite que a situação seja melhor, visto que a Carris está sempre dependente das indemnizações compensatórias que recebe do Estado para equilibrar as contas.

Apesar disso, a empresa conseguiu captar mais um milhão de passageiros este ano, mesmo com a extensão da rede do metro. Silva Rodrigues diz que estas situação só será resolvida com o processo de contratualização do serviço público de transportes, que agora tem o terreno preparado para avançar com a criação das Autoridades Metropolitanas de Transportes do Porto e de Lisboa. “”Uma empresa com capitais próprios como a Carris não pode deixar de estar vulnerável às condições dos mercados financeiros, enquanto o problema não for encarado e resolvido pelo accionista [Estado]” alertou o presidente da Carris.

Contrato de Gestão cumprido

A Carris foi uma das empresas que assinou o contrato de gestão por objectivos com o Estado, sendo que Silva Rodrigues adiantou que os objectivos foram todos cumpridos, tendo mesmo ultrapassado em 13% as metas fixadas. A administração da transportadora está à espera da Assembleia-Geral da próxima semana para saber se vai ou não ser reconduzida.
In Jornal de Negocios

3 comentários:

Anónimo disse...

2,2 milhões de euros de lucro não é nada para uma grande empresa como a Carris que só entre motoristas e guarda-freios são mais de 2 mil funcionários! Em 2009 com a vinda de 60 novos autocarros (20 dos quais a gás natural, que são mais caros que os carros a gasóleo) e segundo ouvi já abriram o concurso para a compra de electricos articulados as contas da empresa vão voltar ao negativo!
Basta saber fazer contas, em média um autocarro novo a diesel custa entre 175 a 200 mil euros a unidade (caso seja de fabrico português). Carros a gás andam acima dos 300 mil euros a unidade. Onde já vão os 2,2 milhões de euros! Esse orçamento é usado pelas empresas privadas de camionagem para comprar autocarros em segunda mão noutros países da europa principalemente na Alemanha.

O que o presidente da Carris não diz é que a redução de custos se deve a terem fechado os pontos de venda da empresa espalhados pela cidade e até com as casas de banho para motoristas e guarda-freios acabaram!

Um dos sindicatos da empresa no ano passado de madrugada andou a espalhar penicos ás cores durante a madrugada nos abrigos das paragens com a inscrição: "Para uso exclusivo dos motoristas e guarda-freios. Senhor passageiro se o penico estiver cheio por favor enviar ao provedor do Cliente". Nessa mesma manhã o presidente da carris mandou os inspectores irem recolher todos os penicos que encontrassem.
Além disto o que mais se tem feito são violações constantes ao acordo de empresa! Só não há greves porque há tantos sindicatos na empresa representados por diferentes cores políticas que não se entendem!

Anónimo disse...

Caro Xico205,

Onde leu isso do concurso para a aquisição dos electricos articulados. É que é sem dúvida uma das grandes noticias que li esta semana. Apostar no carro eléctrico devia ser a prioridade da carris...

Anónimo disse...

Já não me lembro se foram pessoas da carris que me contaram ou se vi num forum de transportes. Mas acho que já veio publicado no jornal da Carris a que têm acesso não só funcionários da empresa como fornecedores e outras entidades ligadas ao mundo dos transportes.

Mas o concurso não vai ser para aumentar a frota de electricos vai ser para substituição dos antigos articulados ao serviço desde 1994. Andam com muitas avarias, e deixa de ser viável mantê-los. Por vezes é preciso por os tradicionais mais pequenos na carreira 15. O concurso só deve ser lançado em 2010.