14/12/2008

A falta de civismo de quem estaciona em Lisboa não tem limites, neste caso trata-se de um condutor de uma carrinha que decidiu que mais ninguém podia entrar no jardim fronteiro à pastelaria do Restelo.

19 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Falta de civismo ou falta de planeamento para lugares de estacionamento por parte dos autarcas?

Anónimo disse...

Falta de civismo.
Ninguém é obrigado a violar a Lei.

Filipe Melo Sousa disse...

certo, se não encontrar lugar para estacionar quando chega a casa, vai dormir para o campo?

Anónimo disse...

Se não encontrar lugar de estacionamento procura mais (neste caso tratando-se de uma zona de moradias edifica uma garagem ou pura e simplesmente abre um portão e guarda o carro no seu terreno). O não se justifica de forma nenhuma é bloquear uma entrada de um jardim publico.

Anónimo disse...

"certo, se não encontrar lugar para estacionar quando chega a casa, vai dormir para o campo?"
Vende-se o carro, usam-se outras formas de transporte e com o dinheiro poupado vive-se no centro da cidade onde tudo é "walkable".
Mas isto é só para pessoas cultas e inteligentes, as outras vivem em subúrbios asquerosos e andam de BMW e Mercedes para todo o lado.
Afinal o atum é melhor enlatado....

Filipe Melo Sousa disse...

continua a andar as voltas, gastou o deposito de gasolina, não dormiu e são horas de ir trabalhar.

um mundo fantástico esse onde me aconselha a viver :)

Anónimo disse...

ah, voltamos à conversa do costume, dos direitos individuais sobre os da comunidade, etc., etc.?

pois aqui neste bairro, onde por acaso moro, o que não falta é espaço para estacionar. a começar pelo interior dos lotes, onde os senhores moradores com moradias maiores têm garagem e espaço de sobra... mas preferem na mesma estacionar o carrinho no passeio, só para não ocupar o espaço deles.

o que o morador tem é preguiça, custa-lhe muito andar uns metrozinhos a mais para chegar ao careca.

Filipe Melo Sousa disse...

não me parece que o problema de lisboa sejam uns meros metros. a falta de estacionamento é bem mais grave que isso.

não sei se estamos a falar da mesma cidade..

Anónimo disse...

"não sei se estamos a falar da mesma cidade.."
Estamos estamos, é essa mesma - a que é invadida todos os dias por pessoas que vivem nos belíssimos subúrbios. Como não vivem cá para elas tanto lhes faz se ocupam passeios por inteiro, se lisboa tem a maior taxa de atropelamentos porque os passeios e passadeiras estão ocupados ou se as crianças de cá ficam com problemas respiratórios devidos à poluição.
Afinal vão-se embora ao fim do dia e passam o dia enlatadas no escritório de onde só saem para ir enlatar-se ao centro comercial mais próximo.
Para o governo está tudo bem assim, afinal assim sempre se justificam mais estradas e betão para os patronos das empresas de construção, sempre se ganha mais em impostos da venda de carros e serviços a eles associados.
Como vivemos cada vez mais numa panela gigante em que o que mais há é grãos de arroz estragados a sopa que resulta daí é um pouco indigesta, mas os cozinheiros preferem assim a limpar o bicho....
Há cada vez menos pessoas com coragem e cidadania saudável por isso estamos todos a caminho de uma crise sem precedentes - é esse o resultado das políticas seguidas nos últimos anos. Próximos passos - hiper-inflação, desordem e guerra cívil....

Filipe Melo Sousa disse...

Lisboa não se resume aos seus limites do séc XIX. São 2-3 milhões de pessoas que nela vivem e trabalham.

A propósito, falta estacionamento no centro, também conhecido por concelho de Lisboa.

Anónimo disse...

Filipe,

Se mais pessoas usassem transportes públicos, você tinha muitos mais lugares para estacionar legalmente. Se calhar com a diminuição de consumo até baixava a gasolina. ;)

Consegui fazer de si um defensor de transportes públicos?

Filipe Melo Sousa disse...

Os transportes públicos têm uma oferta medíocre, em zonas e horários. Para além disso estão descoordenados, sujeitos a numerosas greves, e são muito mal frequentados. Uma pessoa sujeita-se a assaltos e frequentes abordagens por todo o género de mitras.

E, sei do que falo, usei-os durante anos.

Anónimo disse...

Não está a perceber Felipe- eu até quero que você nunca frequente os TP's mas que veja que, enquanto condutor, só tem a ganhar com menos condutores nas estradas.

Como escolhi viver numa zona (acredite que não é luxuosa) em que sou servido por transportes públicos até ao meu local de emprego e de lazer essa questão não se põe. Mas saiba que nos TP's está a sociedade em peso, com todos os seus defeitos e qualidades, não a ralé. Quem vive na cidade vive em sociedade...

E agora uma afirmação bombástica: eu , enquanto condutor (3500 km\ano), sei que na estrada uma "pessoa sujeita-se a assaltos (chama-se carjacking) e frequentes abordagens por todo o género de mitras (chama-se guiar em Portugal)."

Não,a sério.

Filipe Melo Sousa disse...

infelizmente acontece que maior parte das pessoas tem empregos onde o diabo perdeu as botas, ou então mora onde o diabo perdeu as botas. a combinação casa-a-porta-do-metro e emprego-a-porta-do-metro engloba um numero minimo de pessoas.

acresce que a compra de uma casa acarreta custos fixos, e que uma pessoa muda de emprego varias vezes na vida, portanto, a nao ser que trabalhe na mercearia ao lado, os transportes n me servem de mto..

Anónimo disse...

À semelhança das pessoas que ocupam as ruas com os seus veículos privados, queixando-se depois que não há espaço para estacionar, irei mudar parte da minha sala de estar para o passeio em baixo, dado que os móveis que comprei não cabem em casa. À semelhança do automóvel, irei ocupar o espaço público para meu benefício pessoal, algo banal e aceite de forma generalizada. Dado que os impostos pagos para ter e circular de automóvel não chegam para cobrir os gastos públicos em infra-estrutura rodoviária, sendo como tal o automóvel subsidiado, irei pedir apoio financeiro para mudar e manter os meus sofás na rua, ao abrigo das intempéries.

Grato pela atenção

Anónimo disse...

"infelizmente acontece que maior parte das pessoas tem empregos onde o diabo perdeu as botas, ou então mora onde o diabo perdeu as botas."

Eu sabia que o Filipe afinal era nosso aliado!
Então não se vê que como muitos de nós o Felipe concorda que o deficiente planeamento urbano em Portugal aliena as pessoas em relação á vida nas cidades devido á má cobertura da rede de transportes fora dos centros e á dispersão da construção pelo território!

Eu sabia que afinal estava do lado da razão. Bem-vindo!

Filipe Melo Sousa disse...

eh eh eh

Anónimo disse...

FRANCAMWNTE NÃOMPERCEBIO PORQUE PESSOAS INTEL«IGENTES (MESMO QUE NEM SEMPRE CONCORDE COM ELAS) DÃO TROCO A UM PROVOCADOR PATOLÓGICO COMO O FMS
DEIXEM-NO SÓZINHO, NÃO LHE DEEM TROCO
SEM TROCO O HOMENZINHO APAGA-SE

Filipe Melo Sousa disse...

Caro anonimo, não precisa de gritar (CAPS). Eu bem entendo que você é um manguinhas de alpaca que entende que a câmara não deve fazer nada pelo estacionamento em Lisboa. Quer é o seu ordenado garantido e seguro, e o seu emprego garantido para a vida, entrar às 9h, sair às 17h e não fazer nenhum. Eu entendo que qualquer denúncia irrita-o. Se assim é, deixe o seu emprego.