29/11/2008

Aquaparque

Espaço verde devolvido a Lisboa
Câmara recupera antigo Aquaparque
O verador José Sá Fernandes 'arrombou', hoje de manhã, um dos portões do antigo Aquaparque. E promete devolvê-lo à cidade.
Carla Tomás
19:30 Sexta-feira, 28 de Nov de 2008



Sá Fernandes forçou hoje a entrada no antigo AquaParque
À terceira foi de vez. Munido de um despacho que invoca o interesse público, o vereador José Sá Fernandes entrou de surpresa, hoje de manhã, no recinto do antigo Aquaparque, em Lisboa.
Com base em pareceres da polícia, dos bombeiros e dos serviços da câmara - que alertavam para os riscos de segurança e de incêndio existentes neste espaço de nove hectares - o vereador conseguiu viabilizar a entrada forçada neste espaço votado, há 10 anos, ao abandono. Mandou cortar o cadeado de um dos portões e ordenou um inventário do espaço e a sua limpeza.
Sá Fernandes já ali tinha tentado entrar duas vezes no último ano, uma vez que a câmara é a proprietária do terreno. Porém, os concessionários barraram-lhe sempre a entrada. Agora congratula-se com "o sucesso da operação de hoje" e promete "devolver em breve este espaço à cidade".
O recinto de nove hectares (entre o Restelo e Monsanto) foi parque aquático até ser fechado após a morte de duas crianças em 1993. Três anos depois, em 1998, a Câmara Municipal de Lisboa cedeu o direito de superfície à empresa Aventura em Lisboa... por 50 anos e 1500 euros de renda.
A empresa nunca fez as obras previstas para transformar o espaço num parque de diversões e alega que não o fez porque a autarquia nunca emitiu a licença de construção. Por seu lado, a câmara responde que nunca foram entregues os estudos e projectos pedidos.
Há cerca de um ano, um grupo de moradores da zona avançou com uma acção em tribunal, exigindo a devolução daquele espaço aos cidadãos.
O imbróglio arrasta-se há 10 anos e a empresa concessionária reclama uma indemnização de 40 milhões de euros para sair dali. O Expresso não conseguiu contactar com os concessionários em tempo útil, para ouvi-los sobre a acção de hoje.

Até que enfim alguém faz alguma coisa a respeito deste negocio, feito no tempo de João Soares, com prejuízos evidentes para o bem publico.
Estão de parabéns também os moradores da zona que através da AMBEX, Associação de Moradores de Belém e S. francisco Xavier, têm por todos os meios legais lutado para a restituição deste espaço á cidade.

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