25/10/2008

Candeeiros públicos comandados por sensor

A Câmara de Lisboa vai adicionar um sensor ao relógio astronómico da Palhavã para que a iluminação pública da cidade apenas funcione quando desaparece o sol. A poupança energética vai chegar também aos semáforos.

Um melhor sincronismo entre o momento de acendimento da iluminação pública e a necessidade real de iluminação artificial é o grande objectivo da medida que vai permitir poupar milhares de euros, avançou ao JN o vereador José Sá Fernandes, responsável pelo pelouro do Ambiente e dos Espaços Verdes, à margem de uma campanha de distribuição de lâmpadas de baixo consumo no Bairro do Armador, nas Olaias.

O sensor que será adicionado ao relógio vai medir a luminosidade real na cidade, tendo em conta a nebulosidade e será uma espécie de aparelho central de comando. Outros sensores serão depois instalados noutros pontos da capital, em zonas que têm características de luminosidade condicionada (morfologia, volumetria dos edifícios e orientação), permitindo uma melhor adequação às necessidades, bem como a suavização do pico de carga momentânea no ligar e no desligar dos candeeiros.

A poupança de energia vai chegar também aos semáforos da cidade a partir do próximo ano. O eixo central de Lisboa vai ser a primeira zona com semáforos dotados de leds de baixo consumo. "Os sinais luminosos vão consumir menos e ser mais visíveis para os automobilistas e para os peões", explicou, por sua vez, o presidente António Costa.

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Para a semana, será levada à reunião do Executivo, para aprovação, a Estratégica Energético-Ambiental para Lisboa, um documento que é composto por um conjunto de metas que visam reduzir consumos e promover as energias alternativas. António Costa revelou que a Câmara de Lisboa tem apostado no uso de lâmpadas de baixo consumo nos edifícios municipais, acrescentando que vão ser criados, nos bairros, 23 postos microgeradores. O presidente confessou que não pretende apenas produzir energia, quer também vender. "Oito escolas são já microgeradoras. Queremos candidatar mais 10 para 2009", avançou ainda António Costa.

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