20/10/2008

Autarca e Estradas de Portugal avaliam causas de inundações em Sete Rios

A Câmara de Lisboa e a Estradas de Portugal estão a avaliar as causas das cheias que sábado afectaram a zona de Sete Rios, anunciou hoje o presidente da autarquia, António Costa, que justificou a análise conjunta com os "problemas de escoamento do Eixo Norte-Sul", tutelado pela Estradas de Portugal.
Ainda de acordo com António Costa, a avaliação "deverá estar concluída nos próximos dias", enquanto prosseguem os trabalhos de limpeza nas zonas de Sete Rios, Alvalade, Avenida de Roma, Praça de Espanha e Avenida 5 de Outubro, as mais afectadas pelas fortes chuvas que caíram anteontem.
O presidente da Câmara de Lisboa recordou que a autarquia aprovou em Março o Plano de Drenagem de Lisboa, um estudo que aponta para a construção de quatro grandes reservatórios e de um túnel entre a Almirante Reis e Santa Apolónia, para prevenir cheias.
O executivo municipal deu na altura "luz verde" para a equipa do consórcio Chiron/Engidro/Hidra desenvolver as soluções para a rede de saneamento da capital, com um custo estimado em 140 milhões de euros.
O Plano de Drenagem é o primeiro plano geral de saneamento da capital dos últimos 40 anos, depois dos estudos de Arantes e Oliveira, em 1941, e Pedro Celestino da Costa, em 1955.
Uma das obras propostas é a construção de um "túnel de um quilómetro, com profundidade de 65 metros, entre o Martim Moniz e Santa Apolónia", conforme expôs o engenheiro José Saldanha Matos, da Hidra, durante a apresentação do plano. Esta é uma solução de "transvase" proposta devido à impossibilidade de se fazer um reservatório naquela zona.
O plano propõe também a construção de quatro grandes reservatórios "para atenuação dos caudais máximos", construção ou reconstrução de colectores com falta de capacidade de escoamento, aumento da capacidade elevatória da zona ribeirinha, entre outras medidas.
O plano de drenagem foi adjudicado ao consórcio Chiron/Engidro/Hidra, em Fevereiro de 2006, durante o mandato de Carmona Rodrigues à frente da autarquia lisboeta.
O vice-presidente da Câmara, Marcos Perestrello, afirmou na altura que a autarquia tem "percepção" de que "será necessário um investimento na ordem dos 200 milhões de euros, que deve ser realizado no período de dez anos". "

1 comentário:

Filipe Melo Sousa disse...

Esta "avaliação" ainda dará emprego a alguns amigos. Pagos a peso de ouro para chegar a uma brilhante conclusão provavelmente.

O que é bestial é que é a mesma entidade incompetente a investigar as causas da sua própria incompetência.