28/05/2008

Sobre o Plano de Urbanização de Alcântara:

E depois da sessão de apresentação dos respectivos termos de referência e do artigo do Público, tudo (menos o 'Nova Alcântara' que parece ir mesmo avante ...) está com dantes, ou seja, no limbo:


Via da Meia-Encosta: Sempre vai avante? Não vai? Como? Segundo parece, a versão mais recente do traçado era, imagine, fazer recuar em 7 mt o muro da Tapada a fim que as 4 faixas de rodagem possam ser feitas, sem 'agredir' a tapada. O Arq. Manuel Salgado não disse nada, apenas referiu ir defender outra ideia: construção de uma linha de metro ao longo do traçado da Via Meia-Encosta, o que é esquisito.

Metro em Alcântara: Vai haver? Qdo? Porque não? Será efectivamente uma necessidade? Não bastam a Carris e o comboio? Manuel Salgado disse que nem a Sec. Estado Transporte nem o Metropolitano de Lisboa consideram como sendo prioritário a abertura de uma estação em Alcântara.

Estação de comboios no Alvito: Por detrás do prédio que era da TSF? À frente? Porque não somente estação técnica? Sendo de passageiros poderá ainda maior o isolamento do Bairro do Alvito.

Contentores: Porque razão os contentores não vão para Santa Apolónia? Porque razão triplicar de volume aquela zona? Hoje em dia os contentores já chegam até ao 'Café Inn'! Um novo 'muro de Berlim', como disse o inflamado presidente dos Prazeres? E as vistas? E o acesso desafogado? Manuel Salgado disse que viveu 12 anos em Alcântara e que nunca se sentiu emparedado por um muro. Querem que os contentores vão para o Beato? Os moradores do Beato são menos importantes do que os de Alcântara? (perguntou MS). Mais, disse MS, que a razão invocada pela APL para ali aumentar os contentores é que os barcos que os trazem precisam de fundos ...profundos e os 12mt de profundidade de Alcântara são mais importantes para o trânsito marítimo de mercadorias do que os 7-8 mt de Stª Apolónia. Será? Ou será que é 'apenas' a APL a querer fazer dinheiro no terreno livre que há em Alcântara? Porque se abandonou a ideia (projecto) de ir para a Trafaria? Ou será que quando tiverem o terminal maior em Alcântara virão com a mesma conversa para se construir um novo na Trafaria? E porque razão não se investe nas gares marítimas de Alcântara e Rocha Cde. D'Óbidos como terminais de cruzeiros? Não houve resposta de MS, que apenas voltou a dizer 'não sou especialista, a APL é e diz-me isso'.

Comboio de mercadorias à superfície: Parece que se insiste na construção enterrada desse troço, entre Alcântara-Mar e Alcântara-Terra, que depois irá até Campolide, etc. Uma boa ideia não fosse o leito de cheia que a transformará em 'linha submarina'? E o 'caneiro de Alcântara', esqueceram-se dele?

O objectivo é, segundo se disse, ter no 1º trimestre de 2009 uma proposta concreta de plano, pronta para discussão pública. A ver vamos ...

3 comentários:

Anónimo disse...

A Via da Meia-Encosta anda,desde 1993,em múltiplas contestações,por destruír a Tapada da Ajuda(e Inst. Sup.de Agronomia)está ultrapassadíssima,e nunca "existiria",num país normal!
O Arq. Manuel Salgado sabe disso,toda a gente sabe.Mas este Arq. mais o Dr José Júdice--os piores inimigos de Lisboa,neste momento--são provocadores/especuladores profissionais,numa cruzada "salvadora" da falida CML,dois vira-casacas(um ex-PC,o outro ex-PSD) já em pré-campanha eleitoral por Costa.
Perigosos são,mas aqui é "ruído".


28-5-08 Lobo Villa

daniel costa-lourenço disse...

Quanto à estação de comboios è atrás do "edifício tsf".

Basta passar na linha de comboio da fertagus ou na avenida da ponte em direcção e verificar que o apeadeiro já existe.

Anónimo disse...

Contentores
Será mesmo a questão da profundidade a razão principal para a permanência dos contentores em Alcântara? Mas quando há anos a APL cedeu à Liscont o cais de Alcântara também ele não tinha a profundidade necessária, tendo na altura sido efectuados trabalhos no rio para que isso viesse a acontecer. Porque não fazer o mesmo em Xabregas?
E se o senhor vereador não entende do assunto, talvez fosse bom informar-se antes de a CML se demitir de intervir em defesa da zona ribeirinha, deixando a APL fazer os seus negócios de milhões.
Ana Martins Barata