16/05/2008

Quo vadis, Monsanto?

De facto, Monsanto não está bem. Por causa de problemas velhos que regressam. Por causa de problemas novos que o ameaçam. Quais?

* A prostituição voltou, e em força, inclusive a zonas por onde nunca tinha andado;

* A vigilância caiu a pique, já que nem mesmo os jipes que faziam o policiamento se vislumbram agora (por ex. que é feito da GNR a cavalo?);

* O Clube de Tiro sai ou não sai? Se sai, é para ir para aonde? Para junto ao tribunal? Por favor!;

* As casas de função do Parque (que poderiam ser um factor de aumento de segurança, limpeza, etc. e para as quais os Vereadores 'Cidadãos por Lisboa' elaboraram uma proposta que aguarda agendamento há meses) continuam a estar abandonadas, na sua maioria, ao vandalismo, etc., etc.;

* A zona do clube de ténis está num estado lastimável, clube incluído;

* Há uma coisa chamada Festival Delta Tejo, que ninguém ainda conseguiu explicar como monta tenda em pleno anfiteatro Keil do Amaral, isto é, se há protocolo ou contrato; mas já se sabe terá uma nova edição em Julho deste ano;

* O restaurante panorâmico continua como dantes, fechado;

Há uma coisa que tem que ser dita. PSL, no que toca a Monsanto, tem razão. Custa escrever isto, não custa?

24 comentários:

Anónimo disse...

Desculpe mas não entendi...PSL tem razão em quê?.

A prostituição NUNCA DESAPARECEU do Monsanto, mais ou menos escondida sempre lá esteve.

A GNR a cavalo ou de jipe,aí não posso dizer nada, pois seria preciso saber se desapareceu, ou se passa só a horas que o sr Paulo Ferrero não é frequentador do Monsanto, eu quando vou no 23, muitas vezes os vejo na zona da Faculdade.

Em relação ao Campo de Tiro, apesar de todos os pareceres e votos no sentido de ele sair do sitio onde se encontra, tudo têm feito para não arredarem pé,possivelmente só com a policia de choque ,ou com uma cerca de arame farpado, os tais senhores do Campo de Tiro, se resolvem a arrumar a tenda.

O restaurante Panoramico que há anos está fechado tem o problema da localização, até já lá houve um bingo, o problema é como convencer alguem a ir a desoras aquele sitio de Monsanto, zona praticamente deserta, a não ser que a zona fosse altamente policiada, será que para estar aberto um restaurante, justifica um gasto demesurado em policiamento....

Poderia só estar aberto de dia, mas haverá algum empresario interessado?

Quanto ao campo de Tenis , não me parece que esteja assim tão decadente , assim como o parque infantil bastante frequentado.

Do Festival , aí não me pronuncio, a Camara está sem dinheiro, os arraiais populares, tiveram grandes cortes, como dizia o outro é a vida....

Ou a incompetência e o desvario das gestões PSL, Carmona Rodrigues, de que parece o sr Ferrero tem saudades....

Paulo Ferrero disse...

Homem? Senhora?
Compreendo a sua urticária, a mim dá-se-me igual quando recordo o 'menino guerreiro' (em relação ao sucessor, ignoro quem seja, como calcula).
Apenas mencionei que PSL tem razão quando diz que foi com ele que Monsanto ficou melhor do que esteve nos 30 anos até então.
Pela primeira vez se viu a CML fazer alguma coisa por Monsanto. E bem.
Foi só isso.
Aconselho à(o) anónima(o) um Avil-Retard, um Trenelone, ou, caso ignore estes dois pilares da ciência anti-histamínica, um Valdispert, que dispensa receita e não dá mal di cuore.
Volte sempre!

Filipe Melo Sousa disse...

Alguém me explica porque motivo a prostituição em Monsanto é vista como algo mau?

Anónimo disse...

O Sr. Filipe provocador, por vezes nem sabe o que escrever, para provocar.

Filipe Melo Sousa disse...

Falácia do rei vai nu. Argumento implícito: é mau, porque é óbvio que é mau, e quem não concorda é parvo. Revela falta de substância argumentativa.

Anónimo disse...

"Falácia do rei vai nu"; "Argumento implícito: é mau, porque... e quem não concorda é parvo"; "Revela...argumentativa".
Este sr não sabe dizer mais nada que parvoices??? Tirem-lhe o dicionário da frente, por favor...

Filipe Melo Sousa disse...

argumento da intimidação: a repetição depreciativa sem mais nada em contrário apenas revela o apelo à autoridade, e não aos argumentos

obviamente, por falta deles

Anónimo disse...

A prostituição é boa e mais apetitosa ainda para o cliente urbano quando vem dos bosques. Silvano o antigo deus das "sylvas" deve rejubilar. Não me digam, ó novos moralistas, que vão dizer que é má a mais antiga profissão do mundo. Tem uma resiliência admirável, e faz bem às famílias, é melhor que o xanax, e incita à variedade.
Quando todos nós formos cinza (dada a popularidade das cremações) a prostituição continuará. Mesmo depois das cidades ruírem e de sucessivos Monsantos aparecerem e desaparecerem ela estará lá, além do bem e do mal, a rir-se dos censores e dos polícias.

Anónimo disse...

Se para o sr Paulo Ferrero discordar daquilo que escreve, é sinonimo de alguem com problemas de saude, então estamos conversados....

Anónimo disse...

Sobre a prostituição: ela existe e irá sempre existir. Não devemos fingir que não a temos. Estar em Monsanto ou no Intendente é o mesmo, em meu entender. O pior é, sem dúvida, a falta de condições com que é praticada. Não devemos fingir que tudo corre bem, que somos perfeitinhos, etc, etc.
O ideal, no meu entender, é que ela fosse legalizada, passasse para casas registadas, tal como outras casas de comércio - deixemo-nos de puritanismos e falsos moralismos - com inspecções periódicas e rigorosas e proibida nas ruas. Parece-me que todos tínhamos a ganhar. Sei que isto irá chocar muito boa gente mas prefiro sempre uma verdade a uma mentira escondida. E não sejamos hipócritas: a prostituição existe por aí de todas as formas e feitios.Basta ler os jornais e ver os anúncios. Se fosse legalizada e houvesse obrigatoriedade de inspecções higiénico-sanitárias com muita seriedade iríamos todos ganhar, já que as doenças sexuais são um mal que, directa ou indirectamente, cada vez nos afectam mais e a todos.

Anónimo disse...

Devo dizer-lhe que embora haja um risco grande em contágios para um cliente de p. posso-lhe afirmar (tenho dois cunhados especialistas um em ginecol.outro em doenças v.)que nao é muito mais elevado do que o que das relações ditas "normais.

Há que ter precauções, além de faro e intuição e, não menos, experiência, claro. Quanto ao de casas e locais para essa prática, porque não. Sempre existiram, existem e existirão mais ou menos sofisticadas. Mas nunca se conseguirá que seja só nelas que a profissão se exerça - nem num regime comunista ou fundamentalista hard se conseguiria isso.

Cumps.

Anónimo disse...

Sr. Fernando Guedes Osório não entendo o que pretende dizer com clientes de prostituição e "relações ditas normais". Não é preciso ter cunhados ginecologistas ou endocrinologistas ou cardiologistas que o risco é tanto maior quanto maior forem as relações desprotegidas com estranhos. O "normal", o "dito-normal" e o "anormal" aqui não entra. Partimos do princípio que tudo é normal e há sempre risco se houver sexo desprotegido com alguém que não seja de absoluta confiança. A intuição e o faro estão de fora e aconselho-o a não os usar NUNCA. Hoje não há grupos de risco. E só o cuidado e a prevenção podem valer a quem pratica sexo ocasional.

Quanto à prostituição, é claro que a sua legalizaçãp nunca iria evitar que acabasse a prostitição de rua. Ninguém evita que, mesmo em frente das lojas comerciais estejam os comerciantes de alcofa e clandestinos. Mas parece-me que o risco seria menor.
Mas acima de qualquer medida o importante é sempre educação e esclarecimento, que é coisa a que se continua a fugir em Portugal.

Anónimo disse...

O senhor anda alarmado, eu não, e já frequento a p. há mais de 30 anos, em Monsanto e em todo o lado.
Já dava para ter tido todo o catálogo dos senhores doutores em matéria de d.venéreas e não só. Mas o único que apanhei foi veja lá...foi chatos.

Tenho que discordar consigo num ponto, claro que a intuição e o faro contam para quem os tem, e quem não os tem que use os seus métodos, que isto é livre e cada um que se governe.

A experiência aqui também vale. Sabe eu olho para as mulheres, conheço-as, sinto-as. Ou seja para empregar uma pavra antiga e desvalorizaada pelos néscios, tenho conhecimento.

Devo também dizer que eu não pratico sexo ocasional, todas as ocasiões para mim são sexuais - ou seja, traduzido em miúdos, pratico sexo diário, meu caro, e isso dá faro, e calo, e experiência além de saúde e calma física e mental. Mas quem pratica sexo ocasional claro, anda noutro campeonato. No problem. Boa sorte! Desfrutem a ocasião. Protejam-se. etc.

As "relações ditas normais" são as extra-prostituição. Voilá. Claro que as relações com p. são normais a meu ver e podem ser de todo o tipo, belas ou repugnantes, sólitas ou insólitas, estúpidas ou misteriosas.

Porquê acabar com a prostituiçao de rua? Ideal absurdo e inexequível. Nem sessenta inquisições por minuto o conseguiriam. Escondê-la candidamente das crianças? francamente. Qualquer criança aos 10 anos já tem os olhos abertos.

Resguardá-lo dos olhos dos moralistas frustrados sexualmente - e todo o moralista por conta doutrém sobretudo náo passa de um pobre frustrado - também é inútil. Chassez l'infâme, il revient de partout.

Além do mais a p. de rua tem os seus encantos.

Cumps.

Anónimo disse...

Não lhe vou responder, senhor. Quero apenas esclarecer que pôs em mim o que eu não disse. Assim se tivesse lido, ou quisesse, veria que eu escrevi

"Sobre a prostituição: ela existe e irá sempre existir. Não devemos fingir que não a temos. Estar em Monsanto ou no Intendente é o mesmo, em meu entender. O pior é, sem dúvida, a falta de condições com que é praticada. Não devemos fingir que tudo corre bem, que somos perfeitinhos, etc, etc."

Uma coisa que eu não tenho são falsos puritanismos, falsos moralismos.

Talvez por confiarmos tanto no "faro" e na "intuição" e por estarmos tão poucos esclarecidos e por termos tantos falsos moralismos é que estamos na frente da Europa em doenças venéreas, nomeadamente em infectados com VIH.

E por aqui me fico porque estas coisas devem ser discutidas com muita seriedade e não quero entrar em determinado tipo de linguagem que , de todo, não têm a ver comigo.

Anónimo disse...

não tenho falsos nem verdadeiros puritanismos. Felizmente!

Filipe Melo Sousa disse...

ora bem, só cá faltava: é um castigo de deus

realmente este blog está contaminado por beatas da aldeia com ideias do séc 19

Anónimo disse...

Mistura que fomenta o pensamento liberal que se apoia na crença incondicional no progresso e no positivismo, duas iluminações do séc. XIX.

Por isso um liberal que se respeite devia respeitar o seu background: as ideias do séc. XIX, que estão na base das de hoje, visto não ter havido nenhuma fractura epistemológica decisiva de então para cá.

A prostituição que existia no séc. XIX em condições mais ou menos sifilíticas (só não existia SIDA, ao que parece) também existia em todos os séculos em que há registos históricos.

Curioso que o progesso e as ideias iluministas não atinjam a prostituição, Não houve um aufklarung dela porquê? Justamente porque não regride nem progride, estará sempre presente, faz parte da natureza humana.

Anónimo disse...

"As coisas devem ser discutidas com seriedade" sem dúvida, e com jovialidade também. Porque de conselheiros catitas a tocar a rabeca da seriedade está Portugal cheio e os resultados de "políticas sérias" estão à vista.

E estamos a falar de um tema que os franceses, com pertinência chamam, o das "filles de joie." Soyons joyeux, donc! Que elas merecem mais respeito do que as Ferreiras frígidas e assexuadas que vem aí, a seguir a um anfíbio.

A p. para falar kantianamente é um imperativo categórico ou se quiser um universal. Mais Tratado de Mastritch menos Tratado de Kyoto ela estará aí, como o oxigénio, o spin do electrão, e a estupidez humana.

Anónimo disse...

Não defendi nem ataquei a prostituição. Defendo somente que não se finja que não existe, escondendo-a ou disfarçando-a. E que seja praticada com todas as condições para as partes envolvidas. Não tenho qualquer espécie de preconceitos. Não sou exemplo de nada para ninguém muito menos conselheiro. Tenho muitos defeitos e, confesso, que não me dou com gente perfeita. Sou ATEU, sem honra nem desonra.

Não tenho o dom da palavra e digo-o com uma certa pena. Não falo nem escrevo bem e admiro muito quem o faz. Mas acredito que nunca utilizei perniciosamente as palavras ou as ideias dos outros a meu favor.

Anónimo disse...

Pipinho, querido, olha que é Século XIX; numeração romana, sabes o que é? Ou quando te diplomaste na imbecilidade infantil já lhe chamavam pré-primária?

Filipe Melo Sousa disse...

Não precisa de se preocupar. Eu conheço perfeitamente a numeração romana :) E não tenha inveja das boas escolas em que os outros andaram. Isto não é para quem quer, é para quem pode.

Anónimo disse...

V. Marques,

Nem eu nem o Sr. precisamos de ser F.Pessoa. O Sr. escreve perfeitamente bem e exprime os seus pontos de vista.
Queira crer que não lhe chamei conselheiro. Aprecio as suas intervenções, sou a favor da diversidade, da pluralidade de opiniões. Que tenho eu a aprender com uma pessoa que pensa e diz o mesmo que eu?
Prefiro o diálogo ao monólogo, e a controvérsia ao diálogo. Da discussão nem sempre nasce a luz, em Portugal costuma nascer o ataque pessoal. Mas isso é porque somos um caso mental específico, além de sermos um país de ignorantes iluminantes.
Falta de sexo? Não só. É mais e menos freudiano do que isso. Não tenho a veleidade de ter percebido o caso português. Sucessivas gerações de falta de vitamina e alcoolismo e pouca bibilioteca? Também. Resquícios da antiga boçalidade e sarcasmo romano? Quiçá.
Mas que somos um país de anedota, catita, conselheiral, maldizente, e desconfiadíssimo, além de palermamente aderente ao último mainstream não haja dúvida, já o Eça e mais tarde F.Pessoa constataram com muito mais luz, graça e estilo do que este cliente obsessional de p.isto tudo. E tudo isto tem um nome: provincianismo agudo e crónico, em estado endémico, hereditário, altamente transmissível. A nossa sida mental. Virótica. Beligerante. Agressiva. Imune à maior parte das vacinações e prevenções e cada vez mais alastrada.

Curar isto vai levar gerações, não vai com "choque teconológico" nem as escolitas do engenheiro ou do doutor. E talvez não tenha cura, e um dia esteja cá a Guarda Suíssa, ou os bisnetos da Rainha Sofia. Mas mesmo nessa altura, sorridente, num desafio, ver-se-á a curva e o jeito de umas certas ancas . talvez a nossa única bandeira nacional de jeito.

Anónimo disse...

É extraordinário! Este blogg era para falar de Monsanto,porém a prostituição(e anexos),invadiu-o.Aí está um exemplo de como este tema foi mal colocado,neste blogg

Monsanto é o único PARQUE de Lisboa,e,como tal deve ser protegido de Santanas e doutros autarcas oportunistas que queiram ocupá-lo ou loteá-lo.
(As prostitutas são um mal-menor e,como ficou escrito,nem sequer um mal será...).
Santana queria um Casino,mais estradas e estacionamentos,mais o que se seguiria...
Há que salvaguardar Monsanto da construção disto e daquilo,já foi muito roubado para Bairros,estradas (etc).
O restaurante ,o clube de tiro e tudo o mais são para saír,e nada mais para entrar!
A mentalidade do autarca medíocre,(á Soares,á Carmona ou á Santana)é de olhar para Monsanto como um espaço livre para "urbanizar" com qualquer coisa.Pelo contrário,deveriam entender o espírito do fundador(Duarte Pacheco) e aumentá-lo,porque também a cidade aumentou.
O terrapleno ribeirinho da antiga praia de Pedrouços,deveria ser a natural expansão do Parque de Monsanto,ligando-o ao vale do Jamor,num "continuum-naturale" verde de lazer,para usofruto da população lisboeta.
Mas do que agora se fala para essa zona é de um bloco de betão,de qualidade arquitectónica,para sede da Fundação Champallimaud...
Nada mais se deverá construir entre a cidade e o Rio...
E é nisto que nos devemos concentrar,no prolongamento de Monsanto!

20-5-08 Lobo Villa

Anónimo disse...

Neste momento as neo criancinhas de Lisboa e as periféricas não distinguem um cravo de uma olaia.

A prostituição em todo o mundo, goste ou não goste, tem os seus habitats naturais em parques, veja os de Lisboa. Dado que aumentou a população e logo a necessidade de recorrer à dita p. aumentem-se os parques. Sempre é um argumento mais original do que o da necessidade de oxigénio.

A Fundação dedicada ao homem que encheu o país de cimento, o velho Champas "O Cimenteiro-Mor", tem outro género de ps. Les putains respectueuses. Por isso esta matéria como diz o nosso querido Presidente é relevante.

A p. lubrifica a vida social, a seiva e os canais galactóforos. Admira-me semnpre o cândido pudor dos arquitectos que desenham cidades e bairros e pulmões verdes como se se a prostituição não existisse. Já se sabe que na política da avestruz fica sempre um rabo ou dois de fora.