20/05/2008

Parque Mayer - Concurso para propostas de reabilitação foi suspenso

In Sol Online ()

«O concurso de propostas para reabilitação do teatro Capitólio, no Parque Mayer, Lisboa, ficou hoje suspenso depois de um candidato ter declarado que vai recorrer da decisão do júri, presidido por Nuno Teotónio Pereira

A suspensão do concurso foi anunciada no final da sessão do acto público em que foi apresentado o «relatório de hierarquização» das propostas, contestado pelo concorrente número dois por considerar que a decisão do júri se pautou por «falta de objectividade».

Em declarações à agência Lusa, o concorrente número dois - que não se identificou alegando que o concurso ainda não está finalizado - disse que «a classificação dos projectos não corresponde ao que o júri responde no relatório de hierarquização».

«O júri decidiu valorizar as soluções que tivessem um impacto reduzido ao nível do exterior do edifício, que quase não tivesse intervenção do ponto de vista arquitectónico, mas o relatório de hierarquização acaba por contradizer completamente esta filosofia, porque alguns dos projectos que mais construção propõem ficaram em terceiro e quarto lugares», acrescentou.

Segundo o relatório de hierarquização das propostas para a reabilitação do concurso, a classificação mais alta foi obtida pela candidatura número sete, com uma classificação de 4,5, seguida da número seis (3,8), número 1 (3,6), número cinco (3,5), número oito (3,1), número dois (1,8) e por fim da número 3 (1,5).

As propostas para a reabilitação do Capitólio foram hierarquizadas numa escala de um (insuficiente) a cinco valores (excelente) e o critério de avaliação teve por base três itens: a qualidade do projecto, com uma ponderação de 50 por cento, o mérito técnico da proposta (30 por cento) e o valor estimado da intervenção (20 por cento).

Das nove propostas apresentadas a concurso, duas foram excluídas: a número nove por ter entrado fora do prazo limite e a quatro por não apresentar as plantas do edifício, referiu o júri no início do acto público.

Inicialmente, a proposta número oito também foi dada como excluída pelo júri por não ter apresentado o valor estimado da intervenção, o que mereceu uma reclamação oral por parte do proponente que sublinhou ter apresentado esse documento.

Este foi o primeiro incidente do acto público de hoje e que obrigou o proponente a acompanhar um dos elementos do júri para lhe mostrar que a sua proposta continha a estimativa de custos, fazendo com que o júri interrompesse os trabalhos para deliberar se aceitava a reclamação do candidato número oito, o que acabou por acontecer.

Ana Bívar, da Câmara de Lisboa, considerou porém aquele incidente não como uma reclamação mas uma «chamada de atenção» e que fez com que o júri fizesse uma «rectificação de um dado que não tinha visto e que era a estimativa de custos». O concorrente tem cinco dias úteis para interpor recurso para contestar a decisão do júri.

Lusa/SOL»

2 comentários:

Anónimo disse...

O Parque Mayer foi interessante durante a ditadura salazarenta,foi crítica ,(embora foleira)foi interventiva,fez o seu papel e ajudou á implantação da democracia do pós-25.
Hoje,com esta "esquerda moderna" de direita,o Parque Mayer,entre outars coisas,perguntam-se o que poderão ser.Ninguém sabe,em rigor.



21-5-08 Lobo Villa

Anónimo disse...

Em causa está,aqui,não o P. Mayer mas sim o cinema Capitólio.
Peça de arquitectrua modernista,classificada,creio,mas de somenos importância,relativamente ao gigantesco problema de especulação
imobiliária do Parque Mayer,em que se insere,iniciado por Santana e
Carmona,e que hoje alastrou ao Jardim Botânico e Príncipe Real,na maior operação imobilária especulativa de sempre,em Lisboa !!
O Capitólio,deve portanto inserir-se neste conjunto.

20-5-08 Lobo Villa