14/11/2007

TGV com paragem na estação da Gare do Oriente

In Notícias da Manhã (14/11/2007)

«A estação do comboio de alta velocidade em Lisboa vai ser a Gare do Oriente, num projecto de ampliação que já foi entregue ao arquitecto Santiago Calatrava, disse ontem à Lusa o administrador da Rave, Carlos Fernandes.
A ampliação da gare, deverá permitir mais duas a três linhas de alta velocidade, que irão ser projectadas pelo arquitecto espanhol, que já aceitou a encomenda. “Fomos a Nova Iorque apresentar o projecto ao arquitecto Santiago Calatrava, que ficou muito entusiasmado e, depois de diversas reuniões, estamos agora a negociar as questões contratuais”, disse à Lusa, Carlos Fernandes.
A opção entre a localização da estação no Parque das Nações e Chelas foi estudada pela Rave, a empresa responsável pelos estudos da alta velocidade em Portugal, que optou pela gare do Oriente, para rentabilizar a infra-estrutura e porque permite aproveitar o canal da linha convencional do Norte. A Gare do Oriente “tem margem, tem espaço, para fazer sair por lá as linhas pelo lado direito da linha do Norte”, explicou.

Estação acolhe novas linhas
A chegada do TGV à Gare do Oriente vai implicar o regresso de uma das plataformas da actual estação, a que serve as linhas I e II ao serviço da alta velocidade, bem como a construção de uma plataforma em ilha, a poente da anterior.
Esta, será ladeada por duas novas linhas, segundo o mesmo documento. As novas plataformas terão o comprimento de 415 metros, sendo as actuais prolongadas até essa extensão.
Isto, para além de novas zonas de bilheteira, de novos «lounges» associados aos diferentes tipos de transporte e, da requalificação da zona comercial, exclusiva da estação, e a sua adaptação às necessidades dos utentes.
Além de acomodar mais linhas férreas, a Gare do Oriente vai incluir ainda uma estrutura que permita o serviço de «check-in» avançado a pensar no futuro aeroporto de Lisboa - quer seja na Ota ou em Alcochete - e uma zona de circulação e estacionamento para o «shuttle» de ligação. Ou seja, os passageiros chegados à Gare do Oriente que se dirijam para o aeroporto poderão fazer o «check-in» logo na própria estação ferroviária, como acontece em alguns dos sistemas de transportes mais avançados do Mundo. “Se o aeroporto for na Ota, o «shuttle» vem pela linha do Norte e se for em Alcochete, atravessa a ponte e segue para esse destino”, explicou Carlos Fernandes.
A primeira linha de TGV, a que ligará Lisboa a Madrid deverá estar a funcionar em 2013, e só depois serão feitos os ramais para o aeroporto que, “na melhor das hipóteses, só estará pronto em 2017”, acrescentou.

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Comboio «expulsa» militares e REN
A utilização da Gare do Oriente como estação central para o TGV vai obrigar a “pequenas expropriações” em instalações militares e da REN (Rede Energética Nacional), mas “sem interferências com edificações importantes”, admite o programa funcional da estação, a que Lusa teve acesso. No troço entre a passagem superior da Avenida da Peregrinação e o viaduto de acesso à Ponte Vasco da Gama, localizam-se, do lado esquerdo da linha do Norte, duas parcelas, contendo instalações militares e instalações da empresa de transporte de energia REN. “Prevêem-se neste troço pequenas expropriações em ambas as parcelas, sem interferência com edificações importantes”, refere.
As operações de manutenção ficarão instaladas em Braço de Prata, em paralelo com a Avenida Marechal Gomes da Costa, segundo a mesma fonte. A alternativa à Gare do Oriente, era a construção de uma estação na zona de Chelas/Olaias que, também, foi estudada pela Rave. No entanto, para além do investimento na criação de raiz de uma nova gare, apresentava ainda outros inconvenientes como a exigência de um túnel para trazer o TGV da zona do Trancão até Chelas.»

2 comentários:

Anónimo disse...

Paulo Ferrero,

Infelizmente penso que não retirou o maior insulto de todos assinado pelo Filipe Melo Sousa:

"A mim incomoda-me mais sinceramente o "autocarro" cujos ocupantes pedem às pessoas se lhes podem xular o sangue a troco de nada. Ocupa indevidamente uns 4-5 lugares. Pergunto-me se ele estará a pagar os 5 parquímetros que deveria.

O carro, esse sim está bem estacionado. Eu como cidadão não estou interessado em ter menos 5 lugares na cidade. E muito menos em dar sangue. Se quierem sangue dos outros paguem-nos. E o parquímetro tb sff."

Paulo Ferrero disse...

Compreendo o seu protesto, mas o comentário nada tem que ver com este post;-)