22/11/2007

Proposta CPL encerra Hotel Berna/Dar voz ao cidadão é possível

In LUSA, 22-11-2007

«Hotel Berna será encerrado após proposta dos Cidadãos por Lisboa trazer a reunião de Câmara o caso de uma cidadã que há nove anos aguardava uma resposta da CML.

Os Cidadãos por Lisboa tinham apresentado uma proposta defendendo o encerramento do hotel, agendada para a reunião de hoje, que acabou por ser retirada depois de o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), ter emitido um despacho no mesmo sentido. Na sequência da proposta CPL, acompanhada de parecer juridico do mesmo movimento, os serviços da autarquia concluiram que a passagem realizada através de uma casa particular situada entre os dois edifícios que constituem o hotel é ilegal.
Depois da decisão de Manuel Salgado, o presidente da Câmara, António Costa (PS), terá ainda de emitir um despacho para o encerramento do hotel.
Segundo os Cidadãos por Lisboa, a Câmara autorizou no passado a legalização de um corredor de ligação entre dois prédios, que compõem o hotel Berna, que tinha sido aberto "abusivamente" através de um prédio situado no meio dos outros dois. Essa passagem foi aberta sem autorização dos proprietários desse edifício, num processo que se arrasta há cerca de nove anos, e que foi trazido ao conhecimento dos Cidadãos por Lisboa em audiência no gabinete de atendimento CPL.
Helena Roseta classificou a situação de "absurda" e congratulou-se com a decisão do vereador do Urbanismo, sublinhando que, não só é possível, como dever dos Cidadãos por Lisboa levar a reunião de Câmara os problemas dos cidadãos.

Durante a mesma reunião, os vereadores do PSD abandonaram a sala onde o executivo municipal se reuniu na altura em que foram discutidas várias propostas do vereador Manuel João Ramos sobre mobilidade.
Margarida Saavedra criticou o que considera ser o "agendamento de questões particulares" apresentadas à Câmara com "critérios televisivos de desgraças que acontecem ou de um vereador que passa por um buraco e fica aborrecido".
A vereadora considera que esse agendamento de propostas "não é justo" porque não contempla as preocupações de "cidadãos que não conseguem chegar à Câmara e particularizar o seu caso"
O vereador Manuel João Ramos esteve ausente da conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal mas a vereadora Helena Roseta condenou a atitude dos vereadores sociais-democratas.
"Disseram que as propostas não tinham dignidade para vir a Câmara. Estamos na Câmara para resolver as grandes questões do Município mas também para dar voz aos cidadãos", afirmou.»

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