16/10/2007

Governo defende investimento na Portela

In Jornal de Notícias (16/10/2007)

«Portela prepara-se para receber 16 milhões de passageiros em 2010

O secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, afirmou ontem que as obras de expansão do Aeroporto de Lisboa são "um investimento rentável" e "absolutamente fundamental", nomeadamente para o desenvolvimento da actividade turística em Portugal.

"Claro que vale a pena investir num aeroporto como o de Lisboa. O aeroporto de Lisboa tem algumas necessidades que é preciso suprir e, portanto, estamos a investir para que essas necessidades sejam superadas", afirmou aos jornalistas à margem da cerimónia que ontem assinalou os 65 anos do aeroporto.

Para o governante, o plano de expansão do aeroporto da Portela, que deverá estar concluído em 2010 e que está orçado em 380 milhões de euros, é um "investimento absolutamente fundamental para o novo aeroporto", considerando que se o aeroporto começar a rejeitar passageiros vai ser mais difícil cativar novamente os passageiros para o novo aeroporto de Lisboa, que deverá estar operacional em 2017.

"Se deixarmos de crescer por não termos capacidade de dar resposta às necessidades, muito mais dificuldades terá o novo aeroporto em receber as pessoas deste aeroporto, porque uma paragem vai fazer com que os passageiros não venham para Lisboa e assim interrompemos um ciclo importantíssimo para as ambições que definimos para o país, nomeadamente ao nível do turismo", considerou.

Questionado sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, Paulo Campos lembrou que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) está a realizar um estudo comparativo entre as duas opções para a localização da nova infra-estrutura - Ota e Alcochete -, devendo a decisão final ser conhecida no "final deste ano ou no início do próximo".

Por seu turno, o presidente da ANA - Aeroportos de Portugal, Guilhermino Rodrigues, disse que o investimento que vai ser feito nas áreas comerciais, que até 2010 vão crescer 60%, totaliza12 mil metros quadrados. As obras de expansão do aeroporto vão permitir aumentar a capacidade dos actuais dez milhões de passageiros/ano para 16 milhões em 2010 e aumentar a capacidade da pista de 36 para 40 movimentos por hora.»

É curiosa esta multiplicidade de opiniões governamentais acerca da Portela. É à vez.

2 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

Realmente é consrangedor o estado actual do aeroporto de Lisboa, comparado com qualquer cidade europeia.

Se compararmos com outras paragens do mundo, até nem está mal...o que é muito mau....

Desde que me deparei com chuva a entrar dentro da gare, com baldinhos a apanhar as goteiras, mesmo na zona de chegadas....

Anónimo disse...

Sou a favor do investimento na Portela porque também sou a favor da PORTELA + UM (MONTIJO), pelas razões abaixo:

1.º) Com as necessárias adaptações, a base aérea do Montijo poderia servir como segundo aeroporto da capital: o aeroporto "low cost" de Lisboa. A base aérea poderia ser transferida para a Ota ou Beja;

2.º) Lisboa ficaria assim com dois aeroportos civis como muitas outras cidades no mundo e Lisboa poderia beneficiar da aliciante turística de ter dois aeroportos: um dentro da própria cidade e outro não muito longe e servida por um transporte rápido e cómodo: o metropolitano que proponho venha a servir o futuro aeroporto de Lisboa;

3.º) A questão do novo aeroporto deve ter em atenção o que for decidido para o comboio de alta velocidade, o RAVE/TGV;

4.º) O terminal do TGV poderia ficar junto ao Aeroporto no Montijo. Assim a ligação Lisboa–Madrid poderia fazer-se aproveitando uma maior parte do traçado já existente entre o Barreiro, Caia e Badajoz, poupando-se algum dinheiro em expropriações;

5.º) Em vez de ser o TGV a atravessar o Tejo (a 350 Km/h ?) até à gare do Oriente, seria o metropolitano de Lisboa a chegar à Gare do TGV e ao Aeroporto, que ficariam ambos no Montijo. A travessia poderia fazer-se por uma ponte ou por um túnel adequado ao local. O facto de Lisboa ser uma zona sísmica não impede que seja adoptada essa solução. Há técnicas adequadas para esses casos: Em Los Angeles houve um sismo à poucos anos e os túneis nada sofreram ao contrário dos viadutos;

6.º)Concordo que a travessia rodoviária prevista para a futura ponte ficaria muito melhor em Algés, porque permitiria fechar o ANEL: Algés-Trafaria/.../A2/IC32/Ponte Vasco da Gama/CRIL.

7.º) A ligação do metro de Lisboa à outra margem permitiria aos passageiros do TGV, do Aeroporto, aos habitantes do Montijo e dos arredores ter à sua disposição um transporte rápido e cómodo que os distribuiria pela capital, retirando-se com isso milhares de automóveis de Lisboa;

8.º) Em alternativa poderia ser o metro do Sul do Tejo a fazer travessia do Tejo;

9.º) A margem sul é uma zona plana e é, por excelência, o local de expansão da cidade de Lisboa, limitada que está a Norte por uma cadeia de serranias;

10.º) O Montijo permitiria captar passageiros da raia espanhola, que, sendo servido pelo TGV fica a cerca de 200 Km, enquanto que Madrid está a mais de 300 Km, estando o respectivo Aeroporto a 15 Km do outro lado, em Barajas;

11.º) A OTA por ser mais longe de Lisboa é naturalmente pior para o turismo de Lisboa;

Mas se se quizer construir um grande aeroporto na zona de Lisboa, então Alcochete deve ser a melhor solução e até reune muitas das vantagens de LISBOA+MONTIJO.

Zé da Burra o Alentejano