26/04/2007

Talvez.........


menos disto......


e mais disto......?


10 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns as fotos são oportunas e elucidativas!
Só falta explicar que este passeio público custou bem menos, a manter e a construir que o espaço público no Parque das Nações.

Anónimo disse...

pois...
mas o "menos disto" ocupa a grande parte da frente ribeirinha de lisboa e parece que ainda mais se quer fazer, pois o porto de Lisboa planeia sobrecarregar mais ainda as suas instalações.
E o ridículo é que uma grande superfície dos espaços simplesmente vedados do rio estão vazios, em ruínas e sem utilização, como em Santos ou no Poço do Bispo.
E outros que não têm vedação, estão ao abandono, como o Jardim do Tabaco, ou estão ocupados como mero depósito de contentores, como em Xabregas e Alcântara.
Só mesmo um poder absolutista e obscuro é que consegue manter esta situação.

Anónimo disse...

..pois é! basta olhar para o "menos disto", para ficar com o ponto de interrogação! Que preciosidades é que aquela vedação estará a proteger?

JA

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Ao ler os comentários acima apresentados vem-me à memória a frase "Cegos são aqueles que não querem ver"...É um desabafo apenas que não estou habituado a insultar ninguém, mas é difícil digerir tanto fundamentalismo anti-portuário.
Lisboa foi bafejada com um estuário dos melhores do Mundo. Há espaço para tudo e mais alguma coisa, inclusive um porto que em muitas áreas está envelhecido e ultrapassado.
Durante muitos anos os cais eram abertos à população e tenho pena que assim não possa ser nos nossos dias.
Historicamente foi em 1961 que, com os embarques de tropas para África a então AGPL teve de restringir a entrada nos cais de navios de passageiros. As grades mais recentes são resultado de uma convenção internacional sobre segurança marítima e portuária que resultou directamente dos acontecimentos ocorridos em Nova Iorque em Setembro de 2001.

LMC

Anónimo disse...

"Cegos são aqueles que não querem ver"...um "bocado" simplificado, mas adaptável.....
"Fundamentalismo anti-portuário"....por acaso até gostei dessa.

JA

Anónimo disse...

Espanta-me a quantidade de pessoas que entram neste blog e não lêem o que está escrito.

Ninguém é contra o porto de lisboa, nem contra o terminal de cruzeiros, nem contra o desenvolvimento de lisboa. ninguém!!!

1- sou contra o facto de o porto de lisboa ocupar a quase totalidade da frente ribeirinha de lisboa, quando nas outras cidades europeias as operações portuárias são deslocalizadas para os arredores onde:
a) têm melhores acessos;
b) não entopem o centro das cidades, já congestionados;
c) permitem a libertação de espaço para lazer das populações;
d) organizam-se em espaços mais funcionais e eficientes;
e) deslocam-se para espaços mais abertos e com possibilidades de crescimento e sem constrangimentos de estarem compartimentados e limitados no meio de uma cidade.

2 - Sou contra o facto de o porto de lisboa ocupar uma área tão grande da frente ribeirinha de lisboa e grande parte desse espaço está vazio, ou ao abandono, ou em ruínas ou serve como mero depósito de contentores.
a) não se deveria aproveitar os espaços vazios ou degradados para a fruição da população?
b) não se podiam criar parques de contentores em outros lugares que não frente ao centro histórico da cidade (graça/xabregas)?
c) não se devem qualificar os espaços degradados no centro da cidade?
d) não devem as actividades portuária pesadas situarem-se nos limites das cidades e não em cima das habitações, diminuido a qualidade de vida dos cidadãos?

3 - Sou contra o porto de lisboa reger-se por regras próprias ao arrepio do planeamento municipal e gerir o seu território como se ele não fosse público e de todos.

4 - Sou contra o porto de lisboa insistir em manter-se no centro da ciade e, em vez de adequar-se à cidade que o recebe e fazer cedências, insistir em que a cidade e as pessoas é que se devem submeter.

Lisboa precisa do seu porto e é uma mais valia.

Há actividades, como cruzeiros, que se devem manter na cidade, fomenatndo o turismo.

Mas não me peçam para aceitar a arrogância de um porto de lisboa que insiste em comprometer a sustentabilidade, a qualidade de vida e a racionalidade de Lisboa.

Tiago R. disse...

Outro custo adicional do terminal de cruzeiros serão as necessárias dragagens para permitir a acostagem de navios de grande calado na zona do Jardim do Tabaco.
Que custos ambientais é que isto vai implicar? Que estudos e garantias de segurança para a sustentabilidade dos terrenos (que recentemente sofreram as agressões da construção da linha do metropolitano, que causou abatimentos de pavimento e rachas nos edifícios da zona baixa de Alfama)?
E o direito (milenar) dos moradores de Alfama de acesso ao rio?

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

O novo cais a construir no Jardim do Tabaco vai avançar rio adentro para ter fundos de -12 metros que são suficientes uma vez que os navios de maior calado que frequentam o TEJO são os dois Queens com 10 m de calado.
O novo cais vai ser feito sobre estacas de betão, penso que não haverá problemas ambientais, com a vantagem de serem corrigidos os actuais, nomeadamente na doca do Jardim do Tabaco que terá os lodos tratados antes de se proceder ao seu aterro...

Anónimo disse...

nem que fosse feito a metros da margem...

a sua volumetria não deixaria de afogar alfama.

apenas me pronucnio pelo projecto existente e esse não serve os interesses da cidade, tal como está.

Anónimo disse...

Gostava de perguntar ao Sr. Hugo Daniel em que periferia julga ser melhor instalar um novo Porto de Lisboa: Cascais ou Estoril, talvez? O Porto de Lisboa faz parte da cidade, e se zonas há que realmente não estão devidametne utilizadas, muitas são de grande importância. Quando os bairros históricos foram contruídos, já Lisboa era Porto. Pessoalmente, não quero viver numa cidade museu: que se preservem monumentos, construções, hábitos e costumes, mas sobretudo que se saiba gerir o velho e o novo para em conjunto existirem. Alfama e demais bairros não perderão interesse por, junto ao rio, existirem actividades portuárias. Já agora, aquelas grades funcionam como uma fronteira, sempre que algum navio de passageiros [ou de outro tipo] ali atraca.

Para finalizar, gostava de vos agradecer este blogue. Por Lisboa.

Melhores Cumprimentos,
Pedro Baptista