27/02/2007

Governo quer levar o IPO para fora de Lisboa


Na gravura: O IPO é todo aquele terreno a cinza, com edifícios a roxo...


Para vender terreno por muitos milhões, o Governo prejudica todos os utentes...Levar o IPO para fora de Lisboa e para longe de um interface de transportes único, com Metro, autocarros, comboios, táxis, estacionamento, zona desafogada - é o projecto horrível do Governo. Infelizmente. Governo que vem agora dizer que não pode construir no mesmo local a nova unidade porque não podem parar os serviços. Mas há quem me diga e garanta que isso não passa de desculpas de mau pagador, porque podem perfeitamente fazer a coisa por fases, designadamente começando pela zona onde fica actualmente a unidade de alojamento - os doentes podem muito bem ser alojados num hotel na zona ou ser encontrada outtra solução, sse houver o que não há: vontade política. Construída essa 1ª fase, tudo seguiria um plano de trabalhos estudado. O que o Governo quer neste lançar de poeira é facturar muitos e muitos milhões na venda do «filet mignon» que é este terreno para que ali surja uma mega-urbanização em pleno coração de Lisboa e com aquelas características de qualidade de vida. Portanto, é mais uma vez o Orçamento do Estado a sobrepor-se à vida dos portugueses. Imaginam o que é esconder o IPO lá no meio de Porto Salvo (sem ofensa, evidentemente).

Mais: alguém hoje mesmo me fez notar o seguinte: os terrenos de Palhavã, onde está o IPO, foram cedidos a Estado exclusivamente para este fim. A alterar-se a situação, que farão os herdeiros do donatário? Que obrigações tem o Estado para com eles e oq eu dirá o respectivo testamento - se ainda for válido? (Uma questão a a profundar.)

Câmara tem muito a fazer

Já se pensou como é que se viabiliza essa tal mega-urbanização? Só alterando «ad hoc» o PDM. E para isso, só há uma entidade capaz de o fazer: a AML, por propostra da CML. E a CML vai nisso, sabendo que o Governo leva o IPO da Cidade para fora? Devia haver uma voz forte do Município (a tal autoridade de prestígio que o Município parece não ter para se afirmar, como há tempos sublinhava Ruben de Carvalho). Se Lisboa se quiser afirmar, tem aqui uma belíssima ocasião para começo de conversa: basta insurgir-se contra este programa marado do Governo, o de levar o IPO para fora de Lisboa. É mesmo urgente esse combate!

1 comentário:

Ads disse...

Sim, quando se falou em mudar as instalações do IPO começou-se logo a falar nos terrenos da Palhavã, e falou-se nessa condição de que uma vez que deixavam de ter uso publico voltavam ás origens...

Deixou-se de falar nisso entretanto, mas é uma questão bem interessante...