20/12/2006

Lisboa tem nova empresa municipal para o desporto

In Público (20/12/2006)

"A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem por maioria a criação da empresa municipal LX Desporto, com os votos a favor do PSD, a abstenção do CDS-PP e os votos contra da oposição de esquerda.
Segundo o vereador do Desporto, Pedro Feist, a Empresa Pública Municipal de Gestão de Equipamentos Desportivos Municipais terá como objectivo gerir os 35 equipamentos municipais, como piscinas, pavilhões e complexos desportivos, e as infra-estruturas restantes que estão em fase de construção. Além disso, estão a ser construídos mais nove equipamentos, que estarão concluídos a curto prazo, e está prevista a construção de mais 22, cujos concursos serão lançados ainda no actual mandato autárquico.
Pedro Feist adiantou que a empresa terá uma "estrutura muito leve", com três administradores, um quadro mínimo de 16 funcionários e 126 trabalhadores espalhados pelos equipamentos municipais.
Um dos objectivos da empresa é facilitar a gestão dos equipamentos. "Até agora, a autarquia tinha de recorrer a nove serviços diferentes para poder fazer a gestão dos equipamentos", justificou o vereador, acrescentando que a empresa irá permitir gerar mais receitas para o município. De acordo com o autarca, a Câmara de Lisboa tem dez milhões de euros de despesas na área do desporto e dois milhões de euros de receitas.
O deputado municipal Pedro Pinto questionou a autarquia sobre o que irá acontecer no Departamento de Desporto. Para este autarca do PS, a LX Desporto demonstra a incapacidade da autarquia de gerir o desporto e lembrou a extinção da empresa LisDesporto durante o executivo liderado por Pedro Santana Lopes.
Esta questão também foi levantada pelo deputado municipal comunista Paulo Quaresma, afirmando que a extinção da Lisdesporto "é a postura de que tudo o que vem dos outros e do passado é mau". Carlos Marques, do Bloco de Esquerda, recuou a Novembro de 2002, quando Santana Lopes levou à assembleia o fim da Lisdesporto, lembrando que, em cinco anos, a câmara criou sete empresas. "Estivemos contra a criação da Lisdesporto, como estamos contra esta e lamentamos que continuem a desbaratar o dinheiro do município com a criação de mais empresas." Lusa


Segundo me disseram, parece que a abstenção do CDS provocou uma fúria desenfreada a Pedro Feist, em pleno hemiciclo municipal.

PF

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