08/11/2006

Crónica de um protesto sobre caos no Lg.Rafael Bordalo Pinheiro

Subject: chiado - caos no trânsito

"Ex.ª Senhora Vereadora Marina Ferreira,

Exmos./as Senhores/as,

A situação que abaixo descrevo, e sobre a qual reclamei já por duas vezes junto da Câmara, não só não motivou qualquer iniciativa da CML, de onde ninguém se dignou a responder, como tem vindo a ser agravada, com a sua repetição constante agora também durante o dia.

È do senso comum dos Lisboetas que as já muito ofendidas regras de transito e de civilidade são durante a noite completamente esquecidas, e que a fiscalização policial que as poderia fazer cumprir pura e simplesmente não existe. Mais do que falta de meios parece-me que se trata de falta de vontade nesse sentido. Ver a mesma situação repetir-se agora durante o dia passa no entanto qualquer limite de razoabilidade. Ainda mais tratando-se de uma zona nobre da cidade.

Agradeço assim a sua atenção para o assunto,

Melhores cumprimentos,

Filipe Mónica

.........................................

Exmºs Senhores/as,

Passaram já dois meses desde o envio deste mail e não tive até agora qualquer resposta. Volto assim a solicitar a V. atenção para o mesmo.

Com os melhores cumprimentos,

Filipe Mónica

"Exmos. senhores,

Em conversa telefónica com o departamento de tráfego da CML foi-me sugerido que escrevesse ao Eng. º Celestino Jesus. Agradecia assim por favor que lhe fosse reenviado este mail, assim como a quem possa interessar na resolução do problema que asseguir descrevo.

O assunto que me leva a escrever (de novo) diz respeito ao buzinão que todos os fins de semana se ouve entre aprox. as 23 e as 2h da manhã no Chiado, na zona do Largo Rafael Bordalo Pinheiro.

Após o encerramento do Bairro Alto ao trânsito automóvel todas as zonas envolventes passaram sofrer muito mais a nível de tráfego e estacionamento nocturno. O Largo Rafael Bordalo Pinheiro, que há muito espera um tratamento urbanístico/arquitectónico, tornou-se rapidamente num selvagem parque de estacionamento, onde na falta de qualquer policiamento àquelas horas reinam os arrumadores. De tal forma que todas as noites de 5ª a sábado o trânsito entope, levando ao desesper! o dos condutores que rapidamente transferem a sua ira para a buzina.

Acresce que um dos parques de estacionamento a que os condutores recorrem — o parque Chiado — tem uma única entrada automóvel pela Rua do Almirante Pessanha, cujo acesso é feito peça Travessa da Trindade, e a montante pela Rua Serpa Pinto e pelo Largo Rafael Bordalo Pinheiro. E acontece que todos os condutores que depois de muito tempo à espera chegam à porta do parque e encontram-no cheio, preferem naturalmente aguardar — por vezes 20 minutos — do que seguir, entupindo a rua que possui apenas uma faixa.

Ora tal situação revela-se fatal, não só para os restantes condutores que não se dirigindo ao parque de estacionamento têm que esperar, e que desesperam mais uma vez com a mão na buzina; mas principalmente para os moradores que, não só não conseguem dormir devido ao buzinão que se gera, como, sempre que necessitam de estacionar os seus carros nos lugares que têm reservados dentro do mesmo pa! rque não o podem fazer porque única entrada está vedada.

Contac tados os funcionários do Parque, dizem não ser a via pública da sua competência. E perante as sugestões de alteração de sentidos dentro do parque para transformar uma das saídas (o parque possui duas) em entrada, dizem pura e simplesmente tal não ser possível.

Não me parece, como tem sido sugerido por diversas vezes por serviços da CML que a solução deste problema passe pela acção fiscalizadora de autoridades como a PSP ou a Polícia Municipal, que claramente não têm meios para o fazer. Parece-me sim que toda a área necessita de ser pensada. Será certamente necessária a articulação entre a autarquia e a empresa proprietária do parque, cuja esfera de acção ultrapassa claramente o âmbito privado (e como tal deveria ser obrigada a coordenar as entradas e saídas com o planeamento da Câmara).

Mas parecem-me também possíveis intervenção a outros níveis, que passarão eventualmente pela sinalização de tráfego, a colocação de pilaretes inibidores de estacionamento, a de! limitação específica do estacionamento à superfície, a redefinição de sentidos de tráfego nas ruas envolventes, e certamente também pelo redesenho do Largo Rafael Bordalo Pinheiro, actualmente refém de uma ineficiente ilha central e de uma linha de eléctrico há décadas à espera de reabilitação ou remoção. Ficam as sugestões.

Agradecendo a atenção, fico a aguardar resposta.
Com os melhores cumprimentos,

Filipe Mónica"


Ao Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego,

Para os devidos efeitos, junto enviamos o Email id nº 85724, para o qual solicitamos a Vossa melhor atenção e posterior resposta ao munícipe.

Agradecemos que nos informem da resposta dada ao munícipe, referindo o nosso registo, para efeitos de estatística.

Com os melhores cumprimentos,

A Técnica,

Maria de Jesus Viegas Rodrigues
Técnica Superior de Relações Públicas e Publicidade

Divisão de Informação e Atendimento
CML - Câmara Municipal de Lisboa
Tel.: (+351) 21 722 28 54 / Fax: (+351) 808 20 31 31 /
jesus.rodrigues@cm-lisboa.pt
________________________________________________________

Tipo de Mensagem: Sugestão

Nome: Filipe Mónica

...
Assunto:
Exmos. senhores,

Em conversa telefónica com o departamento de tráfego da CML foi-me sugerido que escrevesse ao Eng. º Celestino Jesus. Agradecia assim por favor que lhe fosse reenviado este mail, assim como a quem possa interessar na resolução do problema que asseguir descrevo.

O assunto que me leva a escrever (de novo) diz respeito ao buzinão que todos os fins de semana se ouve entre aprox. as 23 e as 2h da manhã no Chiado, na zona do Largo Rafael Bordalo Pinheiro.

Após o encerramento do Bairro Alto ao trânsito automóvel todas as zonas envolventes passaram sofrer muito mais a nível de tráfego e estacionamento nocturno. O Largo Rafael Bordalo Pinheiro, que há muito espera um tratamento urbanístico/arquitectónico, tornou-se rapidamente num selvagem parque de estacionamento, onde na falta de qualquer policiamento àquelas horas reinam os arrumadores. De tal forma que todas as noites de 5ª a sábado o trânsito entope, levando ao desesper! o dos condutores que rapidamente transferem a sua ira para a buzina.

Acresce que um dos parques de estacionamento a que os condutores recorrem — o parque Chiado — tem uma única entrada automóvel pela Rua do Almirante Pessanha, cujo acesso é feito peça Travessa da Trindade, e a montante pela Rua Serpa Pinto e pelo Largo Rafael Bordalo Pinheiro. E acontece que todos os condutores que depois de muito tempo à espera chegam à porta do parque e encontram-no cheio, preferem naturalmente aguardar — por vezes 20 minutos — do que seguir, entupindo a rua que possui apenas uma faixa.

Ora tal situação revela-se fatal, não só para os restantes condutores que não se dirigindo ao parque de estacionamento têm que esperar, e que desesperam mais uma vez com a mão na buzina; mas principalmente para os moradores que, não só não conseguem dormir devido ao buzinão que se gera, como, sempre que necessitam de estacionar os seus carros nos lugares que têm reservados dentro do mesmo pa! rque não o podem fazer porque única entrada está vedada.

Contac tados os funcionários do Parque, dizem não ser a via pública da sua competência. E perante as sugestões de alteração de sentidos dentro do parque para transformar uma das saídas (o parque possui duas) em entrada, dizem pura e simplesmente tal não ser possível.

Não me parece, como tem sido sugerido por diversas vezes por serviços da CML que a solução deste problema passe pela acção fiscalizadora de autoridades como a PSP ou a Polícia Municipal, que claramente não têm meios para o fazer. Parece-me sim que toda a área necessita de ser pensada. Será certamente necessária a articulação entre a autarquia e a empresa proprietária do parque, cuja esfera de acção ultrapassa claramente o âmbito privado (e como tal deveria ser obrigada a coordenar as entradas e saídas com o planeamento da Câmara).

Mas parecem-me também possíveis intervenção a outros níveis, que passarão eventualmente pela sinalização de tráfego, a colocação de pilaretes inibidores de estacionamento, a de! limitação específica do estacionamento à superfície, a redefinição de sentidos de tráfego nas ruas envolventes, e certamente também pelo redesenho do Largo Rafael Bordalo Pinheiro, actualmente refém de uma ineficiente ilha central e de uma linha de eléctrico há décadas à espera de reabilitação ou remoção. Ficam as sugestões.

Agradecendo a atenção, fico a aguardar resposta.
Com os melhores cumprimentos,

Filipe Mónica
Site CML - Email do Munícipe, 2006-04-20 - 13:42:30

1 comentário:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Meus caros,

Desde os tempos do Eng. Abecassis que queixarmo-nos do trânsito lisboeta só serve para a gente se enervar.

É como estamos a falar para paredes.

Tanto faz serem coligações de esquerda, como de direita como do centro, é gente que não tem a mínima sensibilidade para esses problemas, estão-se nas tintas.