30/01/2006

Onde páram os cafés de Lisboa?

A propósito deste magnífico e oportuníssimo artigo de Albano Matos, no DN, acerca da memória dos velhos cafés onde nasceu a Europa, e da falta dela nesta Lisboa de balcões de bancos e seguros, e pseudo-cafés de espelhos e tv sintonizada no Sport Tv, assinalo aqui os cafés que ao pé de mim deixaram de o ser ou, simplesmente, foram submetidos a tratamento de choque pelos seus novos proprietários, sem que a clientela (*) gizasse o mínimo protesto:

Nova Iorque (virou sucursal banco), Granfina (abastardou-se - que saudades do galão e do croissant com fiambre!), Vává (idem - que saudades dos sofás e das lulas à sevilhana!), Sul-América (ibidem), Suprema (abastardou-se - que saudades do quiosque com decalcomanias!), Luanda (idem), Francforte (virou sucursal de banco), Roma (virou McDonald's), Capri (virou sucursal de banco), Salão Londres (idem) e Copacabana (ibidem). Num raio de 500mt, não está mal?!

PF

(*) Atenção: os livros de reclamações deviam servir também para isso!

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois, pois, nessa fomos todos comidos. Das coisas que Lisboa tinha algo de muito expecial, eram
os seus cafés, e a sua vida social.
Restam as memórias.

JA

Anónimo disse...

Em Madrid, na Gran Via, criaram um café-museu no café mais antigo - Chicote.