29/10/2004

Convento: nada de novo na sessão de 4ª

A sessão de esclarecimento que a Junta de Freguesia de Santa Catarina organizou (e não o grupo de moradores do Bº Alto, como por lapso aqui anunciei e pelo qual peço desculpas) na passada 4ª Feira (aqui noticiado), para apresentação do projecto da Amorim Imobiliária, não trouxe nada de novo. Todo este caso tem um máximo divisor comum: "o dia depois". A Misericórdia devia ter acautelado os interesses sociais aquando da transacção e não o fez. O Patriarcado devia ter ajuizado e tido uma palavra a dizer e não ajuizou nem disse. A CML devia ter exercido o direito de preferência e não o fez (sobretudo pelo valor irrisório da transacção). A Junta devia ter actuado antes da obra começar e não o fez. O IPPAR devia ter classificado o edifício e não o fez. Os moradores deviam ter-se organizado mais cedo e não o fizeram. À primeira vista quem está um passo adiante de todos estes agentes, e perfeitamente dentro da lei, é a Amorim Imobiliária, que já está a vender os apartamentos, antes mesmo de se saber o que a providência cautelar vai permitir fazer pelo retrocesso deste processo, e para que o Convento dos Inglesinhos não seja desvirtuado para todo o sempre, sabendo, como sabemos, quão misteriosos são os desígnios do Senhor...
PF

1 comentário:

Anónimo disse...

A Imobiliária Amorim joga o seu jogo, seguindo
a regras, e aproveitando-se do sono eterno das entidades
"responsáveis". Portugal é (e sempre foi) um paraíso, para a iniciativa privada (para o mal, e para o bem).

JA